<p>Nos dias atuais é cada vez maior o uso das tecnologias de
informação e comunicação na sociedade. No contexto escolar deveria estar
ocorrendo o mesmo, entretanto muitas vezes não é essa a realidade. Em muitas
escolas o que se vê ainda são alunos lendo textos em folhas de papel, copiando
textos do quadro e, em contrapartida, a sala de informática vai ficando
esquecida pelos professores. Desta forma, o despertar para a leitura é pouco
(começam a aparecer as dificuldades na leitura), pois a realidade dos alunos
está cercada de celulares, Ipods, computadores, entre outras tecnologias. Com
este trabalho pode ser observada a importância de métodos de prevenção e de
intervenção nessas dificuldades, a fim de melhorar a aprendizagem. Para
contornar esse problema apresenta-se uma proposta de utilização de computadores
em sala de aula, através de várias atividades que levarão a turma a uma leitura
mais prazerosa, como por exemplo, criação de blogs e e-mails, leitura de
notícias em sites variados, entre outras. Sugere-se, então, o desenvolvimento
de um trabalho voltado para a tecnologia, uma vez que a utilização dos mais
variados programas de computador fará com que os estudantes apresentem um
melhor desempenho em suas leituras. </p>

<p>Nos dias de hoje, tanto em escolas públicas como
particulares, é comum encontrar alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem nas mais diversas áreas; entre elas, destaca-se a dificuldade na
leitura e a dislexia. Para piorar a situação, a grande maioria dessas escolas
não possui um psicopedagogo que possa intervir nessas dificuldades. Esta falta
dificulta o trabalho do professor, que fica sobrecarregado e que muitas vezes
não sabe como lidar com esses problemas. </p>

<p>Como explica Vicente Martins, professor da Universidade do
Vale do Acaraú (Sobral, Ceará), em seu artigo Dislexia e mau leitor: as
diferenças: </p>

<p><i>"A dislexia é uma síndrome de origem neurológica.
Pode ser genética (desenvolvida) ou adquirida (depois de acidente vascular
cerebral, o AVC). O disléxico é potencialmente um mau leitor, embora consiga
ler. O disléxico lê, mas lê mal, sua leitura é lenta e sofrível. Só um
neurologista, a rigor, tem a competência técnica, em equipe multidisciplinar,
juntamente com psicólogos e pediatras, afirmar se uma criança é ou não
disléxica." </i></p>

<p>Completando seu pensamento, deixa claro que <i>"A
dislexia é, pois, uma síndrome para atendimento médico, embora não se trate de
uma doença."</i> </p>

<p>Essas informações são muito importantes para professores e
principalmente para psicopedagogos, pois os mesmos não devem confundir dislexia
com uma simples dificuldade de leitura, e nem devem pensar que todas as
crianças que leem mal são disléxicas. Faz-se necessário um estudo por parte
desses profissionais, a fim de que não rotulem e não tratem seus alunos de
maneira equivocada.</p>

<p>No livro Manual de dificuldades de aprendizagem,de Jesus
Nicásio García, são levantados alguns fatores que interferem na aprendizagem da
leitura. Alguns deles são: os neuropsicológicos, os psicomotores e sensoriais,
os cognitivos, entre outros. </p>

<p>A partir de várias leituras que foram feitas, pode-se
levantar algumas hipóteses que levariam os discentes a apresentarem dificuldade
de leitura. Entre elas estão: </p>

<p>·a má alfabetização;</p>

<p>·a falta de estímulo para a leitura, ou seja, muitas vezes o
aluno não tem um professor e nem pais que o levem a ter vontade de ler; </p>

<p>·pouca ou nenhuma leitura, pois faltam livros, revistas,
jornais,..., tanto na escola como em sua casa;</p>

<p>·problemas visuais;</p>

<p>·problemas emocionais;</p>

<p>·textos que não são do interesse da criança.</p>

<p>Uma das alternativas a ser tomada pelos professores a fim de
que os alunos passem a gostar de ler, e consequentemente sejam diminuídas as
dificuldades na leitura é o uso dos computadores. Faz-se necessário, então, que
os educadores revejam seus métodos tradicionais de ensino, com o objetivo de
tornar a aprendizagem mais prazerosa, atraente e relacionada com a realidade
dos educandos.</p>

<p>Luis Carlos de Menezes, no artigo intitulado A língua em
todas as disciplinas, publicado na revista Nova Escola, afirma que: </p>

<p><i>"Buscas pelo conteúdo de enciclopédias ou por letras
de música podem ser feitas pela internet. Nada impede que, além de escreverem
agendas e diários e publicarem notas nos murais da escola, eles enviem torpedos
por celular, conversem em chats ou enviem mensagens por e-mail. Se houver
equipamentos suficientes, os alunos podem registrar e editar seus textos em
computadores."</i></p>

<p>A revista Nova Escola, na reportagem Tecnologia ao alcance de
todos, revela que o interesse aumenta quando os alunos digitam seus trabalhos e
fazem pesquisas em sites. Essa mesma edição deixa claro que: </p>

<p><i>"O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao
uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de
possibilidades. "O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o
professor deve gerenciar", diz Silvia Fichmann, da Escola do Futuro da
Universidade de São Paulo."</i></p>

<p>Nessa mesma matéria, a revista traz algumas dicas sobre
tecnologia para os professores. Entre elas estão: saber o que os alunos gostam
de usar na Internet, fazer um debate com os que utilizam o MSN, criar uma
comunidade da escola no Orkut, entre outras; ou seja, o importante é ir atrás
de atividades que façam com que a leitura torne-se mais agradável.</p>

<p>Pode-se concluir que existem diversas formas de trabalhar
com a leitura dos alunos através do uso da tecnologia, e mais especificamente
do computador. O que falta em muitos casos é um pouco de criatividade e de
boa-vontade por parte dos educadores, a fim de tornar o ensino menos maçante. É
muito melhor fazer a leitura de um texto em um site de interesse da turma, ao
invés de ler um texto estagnado em uma folha de papel. Acredita-se que através
da introdução das Tic's as dificuldades na leitura diminuirão, pois o que se vê
em muitos casos é uma metodologia que não está adequada a aprendizagem da
turma, fazendo com que assim surjam as dificuldades.</p>

<p><b>Referências</b></p>

<p>GARCIA, Jesus Nicásio. <b>Manual de dificuldades de
aprendizagem.</b> Porto Alegre,Artmed, 1998.</p>

<p>MARTINS, Vicente. <b>Dislexia e mau leitor: as diferenças.</b>
Disponível na Internet no endereço <a href="http://www.ondeir.rec.br/">www.ondeir.rec.br</a>.</p>

<p>MENEZES, Luis Carlos de. <b>A língua em todas as
disciplinas.</b> Revista Nova Escola. São Paulo, n. 221, p. 90, abril 2009.</p>

<p>NOVA ESCOLA. <b>Tecnologia ao alcance de todos.</b> São
Paulo, n. 195, p. 31, set. 2006.</p>