Ana Paula Konrad

RESUMO

A natureza é o que cerca o homem. A relação que se estabelece entre ambos gera equilíbrios e desequilíbrios. Ao longo da história, o homem não se limitou ao papel de expectador dos processos naturais e sempre exerceu nítida função de agente transformador da natureza, ocasionando conseqüências diversas. É nesse contexto que o presente trabalho pretende caracterizar os diferentes elementos que compõem a paisagem entre a cidade de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, demonstrando as variações de temperatura e uso e ocupação do solo. A técnica utilizada abrange levantamento bibliográfico e documental e, especialmente, a coleta de dados, colhida na rodovia MT 251, e na área urbana de Chapada dos Guimarães, em trabalho de campo, realizado em 17 de agosto de 2009. Constata-se que há interferência nas características climáticas, assim como na vegetação, ora pela ação antrópica ora pela variação do relevo (altitude), no trecho percorrido.

Palavras-chave: Agente Transformador. Uso e ocupação do solo. Alterações Climáticas.

INTRODUÇÃO

No cenário atual, o homem se configura como um dos maiores agentes de transformação da natureza. Embora tais transformações ocorram naturalmente nesse meio, é o homem o responsável, pela maior e mais rápida ação de transformação no meio natural. No decorrer de sua historia, o homem passou a se utilizar da natureza como recurso para sua existência e desenvolvimento. Assim o homem se apropria de frações de recursos naturais e os utiliza conforme a sua necessidade.

Buscando entender um pouco dessa dinâmica esse trabalho busca discutir as formas de uso e ocupação do solo e a variação da temperatura, através de técnicas de observações de campo e coletada de dados.

Nesse sentido, como subsidio teórico foi levantado referencial bibliográfico sobre a temática, e como subsidio prático foi realizado um trabalho de campo no dia 17 de agosto de 2009 num trajeto percorrendo a MT-251 entre a cidade de Cuiabá e Chapada dos Guimarães em Mato Grosso. Como recursos, além das observações empíricas, foram feitas fotografias, medições de temperatura, umidade relativa do ar, altitude e hora da coleta, que ajudaram melhor na compreensão e explicação dos fenômenos abordados.

As paradas para observação e coleta dos dados foram definidas previamente seguindo uma escala de parada de 6 quilômetros e de 10 minutos para calibração dos equipamentos, observação e coleta dos dados. No total perfizeram-se 15 pontos de observação e coletas de dados. Para a coleta da temperatura no campo utilizou-se o equipamento Higrômetro, para efeito comparativo da mesma utilizou-se também os dados da estação climatológica automática instalada no Bairro Shangri-lá em Cuiabá. Desta forma utilizou-se duas estações, sendo uma móvel e outra fixa, para fazer a comparação da influencia do uso e ocupação do solo nos diferentes pontos em relação a um mesmo ponto.