INTRODUÇÃO

A energia elétrica vem da força dos ventos, dos raios solares, da queima do gás natural e do óleo, do bombardeamento de átomos e da força das águas, como é o caso do Brasil. A energia do nosso país, é obtida principalmente por meio das usinas hidrelétricas. Sem duvida, a visão de uma hidrelétrica é grandiosa, essa obra gigantesca e complexa da engenharia impressiona, mas para que ela possa funcionar é necessário um recurso bem simples que é fundamental para a vida e encontramos na natureza, a agua. As usinas hidrelétricas são sem duvida vantajosas se levarmos em consideração o potencial hidráulico existente em nosso país. O Brasil tem disponível em seu território cerca de 12% de toda agua doce existente no mundo, e condições adequadas para sua exploração, tornando se assim uma potencia quando o assunto é utilizar a força da agua para produção de eletricidade. Das três maiores hidrelétricas do mundo, duas se localizam no Brasil, a Itaipu binacional que é uma parceria feita entre Brasil e Paraguai e a usina hidrelétrica de Belo Monte com capacidades geradoras de 14000MW e 11000MW respectivamente. Atualmente, o país conta com 173 hidrelétricas e 392 pequenas centrais de energia( que são usinas de tamanho e potencia relativamente reduzidos) responsáveis pela produção de cerca de 62% da energia utilizada no país. Mesmo com todos os pontos positivos, estudos recentes mostram que essa fonte energética não é tão limpa quanto se imaginava, acreditava-se que as emissões de gases poluentes e nocivos a atmosfera como o gás carbônico e o metano eram praticamente nulas, porém, estudos comprovam que com a inundação as arvores apodrecem liberando elevados índices de gases poluentes. Segundo Celio Bermann, professor de pós graduação do instituto de eletrotécnica e energia da USP, as usinas hidrelétricas emitem gases do efeito estufa mais ou na mesma proporção de usinas movidas a carvão, pois a matéria orgânica, a mata, sofre um processo de apodrecimento devido a inundação o que faz com que a agua se acidifique e haja a liberação de metano, que por sua vez tem uma capacidade poluidora 21 vezes mais forte que o gás carbônico.