UMA VOZ NO DESERTO

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

Meus amigos leitores, a poucos dias afirmei que não escreveria a respeito de questões políticas, mas, como ficar calado frente aos absurdos vistos em nossa nação?  Infelizmente essa pandemia e seu sofrimento, traz brechas para espertalhões tirar proveito da desgraça alheia para se promover politicamente e economicamente.

Não irei aprofundar nestas questões polêmicas, mas, fico feliz em perceber o surgimento de vozes, em meio ao deserto que tende a levar o ser humano ao descrédito de tudo! Digo isto pelo fato de na semana passada, o Procurador Geral da República, Augusto Aras, ter entrado com pedido no STF, para liberar cultos religiosos no Brasil.

Este pedido tem significado, pois como é possível admitir que os templos fiquem fechados, justamente no momento onde a população precisa deles? Desta forma, o importante pedido de Aras corrobora para se explicar a harmonia sempre existente no país, inclusive demonstrada em nas várias Constituições, a respeito da ligação da religiosidade e o povo brasileiro!

O ‘deserto’ expresso neste artigo, refere-se a descrença e falta de objetivos levados pelo impedimento de não poder vivenciar a fé em sua essência. Obviamente que em cada realidade as determinações variaram, dependendo do tipo de decreto de governadores e prefeitos, mas, em muitos lugares do Brasil, manifestaram-se revoltas de padres, pastores e até de bispos que se colocaram contra a determinação de fechamento de templos (igrejas). Aliás, o caso de Aparecida do Norte (SP), aonde o prefeito da cidade fez apelo dramático aos brasileiros, pois a cidade definha com os constantes lockdow impostos pelo governador de São Paulo, exemplifica, como cidades que vivem o turismo religioso estão vivendo.

A questão religiosa permeia muitos campos da cultura e da história de nosso povo. Não há como esconder a nossa tradição com a religião e, neste sentido a voz neste deserto que tenta, sob todas as formas levar o povo ao ‘ateísmo’ ou, simplesmente como muitos entendem que ‘o Estado é laico’, contudo, tais ações não teriam a conotação de negar a necessidade de Deus na vida de um povo sofrido?

Em poucas linhas é difícil argumentar a importância da religiosidade. Neste artigo de opinião se provoca a discussão e debate para ampliar conceitos, tendo sempre a diversidade de argumentos. Não basta adentrar no modismo de falar em nome da ‘ciência’, sem dar importância aos resultados que ajudem o povo a enfrentar uma pandemia.

Portanto, deveríamos perguntar: por quais razões o ser humano deve ser impedido de frequentar seus templos religiosos, por alguns minutos por semana, sabendo que neles seguem-se os protocolos sanitários de segurança para não se disseminar o vírus do covid-19?  

Bom essa discussão está apenas começando, pois ainda o STF não julgou essa petição! Essa voz que se ergue neste deserto, precisa ser ecoada e respaldada em outras esferas, como por exemplo, nas escolas! Obviamente o debate, com as enormes polêmicas, apenas começou!

Deus seja nosso guia e salvação! Até o próximo artigo!