Dezenas de associções marroquinas marcharam, durante a semana passada, manifestando seus desacordo com a política do estado em relação ao tratamento da apropriação das terras e das heranças.

Para este fim foram organizadas marchas do povo amazigh para defender o direito à terra e à riqueza, o que foi objeto da imprensa nacional e estrangeira, explicando o motivo do protesto contra a inundação de grandes áreas de Sous e dos rebanhos das pastagens, diante do excesso da lei, e dos regulamentos instado na lei. 13-113, bem como da retirada das tribos de suas terras em nome da autoridade coletiva, visando a atribuir estas terras ao Alto Comissário para Água e florestas.

A praça das "Nações Unidas" na capital econômica de Casablanca conheceu esta semana vários movimentos e um afluxo de centenas de pessoas de origem berbere, vindos de diferentes regiões do Reino, ativistas de mais de 80 associações nacionais, expressando a insatisfação e o "silêncio" dos responsáveis governamentais, indiferentes quanto ás queixas do povo de Souss, prejudicados pelos roubos das terras fundiárias e heranças.

Os participantes da marcha apresentaram slogans que denunciaram a falta "dos direitos dos amazighs" dos  roubos das terras , da máfia dos pastores rentistas, bem como dos arrendatários e exploradores em Tiznit, Aittaa Aitha, Taroudant ou Tata", exigindo assim uma solução da crise que afeta os "pastores nômades".

 No mesmo contexto, Hamo Al-Hasnawi, porta-voz oficial da associação coordenação “Agal”, esclareceu que “a questão não é relacionada apenas com os nomades, bem com aqueles que detém meios e formas de organização do setor ao longo da história, apoiando um tipo da máfia violenta ou milícias armadas dos moradores, utilizando todas as formas violentas e ataques atrozes.

Em fim, todos os atores associativos expressaram a rejeição do fenômeno renovar a propriedade florestal e a pilhagem das heranças, jutificado pelos porcos salvagens e répteis venenosos que invadem as zonas, pondo em risco a natureza e a floresta, no sentido da lei 11-133, considerada “Injusta”, ela visa “a criar assentamentos pastorais que podem afetar o tecido sociocultural e a economia das regiões de Souss ”,

Isso segundo as associações não leva em consideração os interesses dos povos nativos destes lugares deserticos ou montanhosos. Essa marcha forte, iniciada pelos povos vindos de fora das cidades grandes, da praça das "Nações Unidas" em Al-Bayda em direção à praça da "Vitória", isso foi no quadro de uma série de manifestações e reivindicações, da coordenação da Associação "Agal", em parceria com diferentes atores activistas  da causa amazigh,  coincidindo com o primeiro aniversário do início do movimento da Terra  pela falta de pasto.

Lahcen EL MOUTAQI-

Professor universitário- Rabat- Marrocos