Os PROBLEMAS DOS IMÃOS DA IGREJA DE CONRÍNTO apenas?

Galatas 2.17 à 2017  Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não!

Um dos grandes problemas que as igrejas incorrem ainda em nosso tempo, diz respeito a opulência individual entre seus participantes. Interessante notar que isto advêm de épocas remotas, onde a maioria dos participantes do corpo de Cristo,  consideram-se mais santificados que outros.  Uns por falar que lêem mais a Palavra, outros por orar mais, outros por cantar melhor, alguns por  achar que são levitas deste tempo, outros pela oferta que dão, alguns pela quantidade de vezes que vão à igreja e nisso tudo, esquecem-se de onde vieram e porque estão. Deus não faz acepção de pessoas, nem tem preferidos.

Onde está a igreja de Conrínto nos dias atuais?   

Os irmãos da igreja de Conrinto, se alvoroçavam em dizer-se  melhores que os demais dado a sua pujança, e nisso, faziam-se uns melhores que outros. Os que detinham melhores posições menosprezavam os que eram de poucas posses ou  portadores de dons que Deus os agraciara.

Isto levou o povo que dela fazia parte, a desconsiderarem o amor fraternal, O VÍNCULO da perfeição, a unidade com O cabeça, distanciavam-se do amor recíproco, da mesma esperança e faziam-se sobremodo uma unidade contendiosa, em que o direito individual era tido como propriedade alheia, dado à esta falta de união, seus participantes eram levados a se contenderem em litígios em tribunais. A equidade deixara de ter razão, era cada um por si e se Deus quisesse, seria por todos. Mas o direito individual tinha que ser observado custasse o que custasse. A lei do talhão “olho por olho e dente por dente” imperava. O lado espiritual não existia só o lado carnal.

Uma igreja de muitos dons, mais de pouca sabedoria nos Fruto do Espírito. E isto levada aquela igreja à contendas, inclusive, quando partiam o pão. Nem nisso os mais fracos e menos percebidos eram considerados. Quem podia mais chorava menos.

Deus nunca precisou de homens para demonstrar que ele é Deus. Mas Deus conta ainda hoje com os homens para que estes homens digam  quem Ele é. Que divulguem quem é Deus e o que ele deseja de cada um.   

Se Deus não contasse com cada um de nós, teria deixado os anjos virem proclamar o Evangelho do arrependimento (1ª Pedro 1.12). Vejamos que como encarregados de anunciar as Boas Notícias, não sejamos encontrados como sendo a própria notícia. Devemos ser servos e servo é para servir e não ser servido. Não como aquela igreja em que  seus maiorais gostavam de se servirem da boa fé dos menos agraciados. Procuremos ter a preocupação que se não fosse a misericórdia do Senhor, nem igreja haveria para estarmos nela.

Que mérito há se cada um se julgar melhor? Nenhum. E estaremos ganhando os nossos galardões já aqui. O que esperamos é sermos galardoados nos céus. Este sim é o galardão que as coisas daqui não corrói.  

Se as minhas ações podem atrapalhar a jornada do meu irmão, que tipo de religioso sou que não suporto ser afrontado? Que fruto há que não consigo perceber como devo agir? Tenho procurado realmente ser como Cristo deseja, ou quero que o evangelho seja como eu penso e determino?  Sabemos que na Bíblia está escrito muitas determinações, orientações, indagações e preceitos para que a nossa jornada seja tida como proveitosa. Infelizmente, poucos se dispõem à realmente viver o que lêem ou pregam. Fácil é pregar para os outros, quão distante é viver o que se prega ou o que se escuta como conveniente.

Aquela passagem que em Gálatas 2.20  não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim,  deve ser observada com mais cuidado se realmente desejamos nos despir do velho homem. Sem que o velho homem traga saudade ao novo homem, que busca caminhar em novidade de vida perante Deus e perante os homens.

Título eclesiástico e posição em ministério, não podem fazer com que a minha compreensão eu esteja em melhor condições perante Deus  ou ser mais privilegiado que os demais. Todos estão lutando num mesmo ideal, desde o maior ao menor, e, está sujeito aquele que pensa ser o melhor, ser deixado para trás. Cada um pense sobre esta questão. Os dons de Deus que cada um é portador, não faz ninguém melhor ou mais santo. As qualidades demonstradas pelos Fruto do Espírito Santo sim.

Houve necessidade de Paulo repreender a igreja de Corinto. Assim como Jesus repreendeu as 7 Igrejas da Ásia. A causa da divisão estava centrada no enfraquecimento espiritual da Igreja. Acusações de um para com o outro. As discórdias pessoais levam à contendas e estas naquela época eram tratadas por alguém fora da fé e do corpo. Ninguém queria perder nada. Coisas genéricas eram levadas aos tribunais e estas demandas eram trazidas para dentro da igreja. Razão de haver uma igreja fora dos planos do seu Senhor. Felizmente esta igreja ficou nos dias de Paulo, ela não existe nos dias de hoje. Será?

Sabemos que muitas igrejas estão mais preocupadas com  seus sistemas de governos do que com sua verdadeira missão, que é PROCLAMAR COM SEU TESTEMUNHO a grande DOUTRINA DE JESUS: AMOR ao PRÓXIMO, sem que  isto seja somente demonstração de emocionalismo. Avivamentos têm acontecido, mas a orientação doutrinária precisa ser difundida, para que não só haja uma igreja com os dons, mas seja encontrada cheia da maturidade dos FRUTOS ESPIRITUAIS, onde cada um  suporte o outro em amor, no vínculo da perfeição que nos une DENTRO DA UNIDADE DO CORPO DE CRISTO.

Valdir Carvalho – Cascavel- 06.5.2009 – Cascavel-Pr