Uma breve analise sobre as Empresas familiares: vantagens e desvantagens.
Por Hezio Jueston Leandro Filho | 02/09/2016 | AdmHezio Jueston Leandro Filho
Inicialmente devemos saber o que vem a ser empresa, assim em seu conceito, segundo por J. X. Carvalho de Mendonça como
"a organização técnico-econômica que se propõe a produzir a combinação dos diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens ou serviços destinados à troca (venda),, um esperança de realização de lucros, correndo riscos por conta do empresário, isto é, daquele que reúne, coordena e dirige esses elementos sob sua responsabilidade".
Porém nos atentaremos a um subgênero de empresa, que vem a ser a empresa familiar, quem vem a serem aquelas que têm um vinculo, ou estão ligadas entre familiares as pelo menos duas gerações, tendo assim uma influência recíproca na política geral tanto da firma quanto aos interesses e objetivos da família, assim podemos finalizar dizendo que sua historia e sua origem estão unidas devido família, sustentando os componentes da família a gerencia. (Donnelley,1976).
Sabemos que todas as empresas estão sujeitas a alguns desafios, tanto na parte dos empregados e empregadores, quanto na parte financeira, como também nas mudanças de leis nas suas concorrências e etc., porém quando falamos em empresas familiares também teremos problemas, mas essa empresa tem ameaças próprias que além de afetar sua organização, também afetará sua família. (FORTES)
Segundo Lodi(1989), temos cerca de 90% das empresas como familiares, quando ela cita as empresas familiares, ele também cita uma cronologia, onde pode ser chamada de cronologia da gloria a ruína, pois é dividida em três fases onde segundo a primeira geração cria a empresa e constrói todo patrimônio, a segunda geração utiliza do patrimônio e a terceira destrói. Ele também fala que 20% de todas as empresas familiares enfrentam problemas relacionados a sucessão e o que é pior, é que para esses problemas poderem ser resolvidos são necessários cinco anos.
Isso tudo ocorre por em raros casos a segunda e a terceira geração, diferente da primeira, não vai ter o mesmo espírito de empreendedor, vale ressaltar que nem sempre o problema é esse, em alguns casos temos gerações que recebem a empresa com algum tipo de problema deixado pelos seus antecedentes, onde desta forma, dificulta sua continuação.
Outra característica que temos da empresa familiar é como ela se organiza, nas palavras de Donnelley(1976) temos que
Os laços de família constituem um fator, entre outros, que determina a sucessão nos cargos administrativos; esposas ou filhos dos atuais ou antigos dirigentes máximos encontram-se no conselho administrativo; as ações praticadas por um membro da família refletem-se na reputação da empresa, independentemente de sua ligação na administração; a posição do parente na firma influi em sua situação na família; cada membro da família precisa chegar a um acordo quanto às suas relações com a empresa ao determinar sua própria carreira a seguir.
Como falamos a pouco, alguns autores entendem que a empresa familiar, de certa forma, está fadada ao fracasso, já que sua terceira geração, geralmente destrói aquilo que ela construiu, porém alguns autores como Kanitz, entendem que ao contraio dela está fadada ao fracasso, uma relação familiar, como a de pai e filho vem a ser fundamental para a preservação da empresa.
Porém nem sempre teremos essa relação nas empresas visto que muitas vezes o próprio filho escolhe algo diverso da empresa para sua formação ou então escolhem áreas que possam da a elas um leque de escolhas, não ficando presos somente a trabalhar na empresa, temos com exemplo a escolha de cursos como o de administração ou o de direito, que além te der um conhecimento de como administrar uma empresa ou ter um conhecimento das leis, ajudando também essa administração do local, deixa eles livres para poderem escolher outras profissões caso essa não dê certo.
Além do problema do filho não quere seguir 100% a carreira do pai ou da mãe, como administrador da empresa, muitas vezes o próprio responsável tenta evitar que o filho tenha a empresa como sua única escolha de fonte de renda futura, já que eles já passaram por muitos problemas financeiros, ou com os próprios empregados, como citamos no começo do texto, assim ficando um pouco tenebroso que o filho não consiga suportar tais problemas.
Fora esse medo dos filhos não conseguirem se dá tão bem com os problemas, existe o medo de ambas as partes de concentra a fonte de renda em um só lugar, ficando assim todos refém da renda empresa, caso essa venha um dia falir, ou fechar, todos sentiram o peso desse fato, então alguns optam por distribuir a renda em locais diferentes, mas com falamos acima, ainda que exista esses problemas, quase todos optam por uma empresa familiar.
Mas para Donnelley(1976) famílias bem situadas conseguem enfrentar de forma brilhante todos os problemas que a empresa poderá passar, seja ele organizacional, ou financeiro , resolvendo de forma mais célere todos eles, já que ali existe um interesse comum. Outro ponto positivo que ele traz em sua obra é que devido a empresa ser familiar, tem uma reputação maior no mercado, assim quando necessário, devido o nome que empresa tem, e devido ser de cunho familiar, poderá de forma mais fácil arrumar empréstimos em bancos ou em associações financeiras.
Esse nome e essa reputação não servem somente para os de fora, mas para os próprios funcionários, pois ali existira uma confiança.
De forma resumida e listada, podemos separar essas vantagens e desvatanges fazendo uma citação do site “saldopositivo” onde nos mostra como vantagens
O ambiente é sempre mais informal, pelo menos, na relação entre os familiares que, em muitos casos, são também as chefias.
O processo de decisão é mais rápido, uma vez que não há necessidade de consultar diversos acionistas ou passar por processos complexos.
Há uma maior capacidade de transmitir valores familiares e maior facilidade de comunicação.
Há uma maior flexibilidade na gestão diária. Quando as empresas são relativamente pequenas, como na maioria dos casos em Portugal, questões como marcação de férias, faltas ou outras similares são sempre fáceis de gerir dentro do contexto familiar.
O empenho dos familiares que gerem uma empresa é, normalmente, maior que noutro tipo de gestão. Por isso, os planos são feitos a longo prazo, porque também há uma maior estabilidade ao nível de capital e dos seus detentores.
Em situações de crise, este tipo de empresas tende a demonstrar a importância da entreajuda entre todos. Como há uma relação familiar, o apoio é sempre mais intenso e descomprometido. Todos trabalham para o bem comum.
Porém por outro lado temos as desvantagens como
Se houver um conflito no campo profissional, ele acabará inevitavelmente por contaminar a parte pessoal. E o inverso também é verdade.
Muitas vezes, há desajustamentos entre as posições de capital e o perfil para exercício de determinadas funções, o que pode provocar conflitos. Normalmente, quem avança com o capital exige ter determinada posição, mesmo que isso não signifique ser a melhor pessoa para o lugar.
À medida que as empresas crescem, existe a necessidade de escolher um ou vários sucessores para dirigir a empresa e ficar com a posição dos fundadores. Nem sempre existe na família alguém com a mesma capacidade ou até interesse para agarrar o negócio. Este é, talvez, o maior drama das empresas familiares, o processo sucessório. Os números da Associação Portuguesa das Empresas Familiares mostram que metade das empresas familiares portuguesas estão ainda na primeira geração, 31% na segunda e apenas 15% já passou para a terceira. Quando o processo sucessório não é preparado com tempo e cuidado, muitas vezes, leva ao fim da própria empresa.
Para manter o poder dentro da família é necessário ter um bom suporte financeiro, caso contrário só diluindo o capital é possível crescer. Em 86% das empresas familiares a maioria do capital é detido pela família. E em apenas 3% das empresas as famílias têm uma posição no capital da empresa abaixo dos 50%.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As vantagens e desvantagens de ter uma empresa, disponível em:<familiarhttp://saldopositivo.cgd.pt/empresas/as-vantagens-e-desvantagens-de-ter-uma-empresa-familiar/>.
DONNELLEY, R. G. A empresa familiar. São Paulo: Abril-Tec, 1976.
MPSITTI, Camila C.; FREIRE, Francine S.. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA EMPRESA FAMILIAR SOB A PERSPECTIVA DE SEUS DIRIGENTES. 2006. 29 f. - Curso de Psicologia, Universidade Paulista, Araçatuba, 2006.
DONNELLEY, R. G. A empresa familiar tem suas vantagens e desvantagens, o importante é identificá-las e compreendê-las. v. 2. Boston.