Anaxágoras nasceu entre. (500 – 428  A.C.)

 

Anaxágoras um grande filósofo ele defendia a seguinte ideia, não favorável a qualquer forma do movimento, contrário, a possibilidade do não ser, aquilo que não é, não pode existir em si, o que é,  sempre será, jamais poderá não ser.

 

  A substância do ser, é única e totalmente imutável, determina por si só, não recebe outra substância porque a realidade é única pela sua lógica de funcionamento. O que não é,  não poderá ser. O mundo é apenas o ser.

 

Para ele qualquer forma de acontecimento, de qualquer tempo histórico, jamais poderá ser real, a realidade de certa maneira é uma ilusão, então o que o mundo é, seria o não ser do mundo.

 

Apesar dessa contradição na afirmação absoluta do seu pensamento, o não ser da sua formulação filosófica, é o que não poderá ser.

 

É que não existe nada  de novo no seu entendimento, nada nasce ou morre. O mundo é contínuo, o que sempre foi.  A repetição eterna das mesmas coisas. Do silêncio a morte do universo.

 

 O mundo é a repetição da  mesma substância,  tão somente essa repetição,  as mesmas coisas serão eternamente elas. As diferenças se dão nas formas, mas não na essência da matéria.

 

 O que é o fundamento desse conhecimento, a não ser a eternidade desse mesmo princípio.  O  único fundamental a formulação da teoria do conhecimento, saber é reconhecer a lógica da repetição eterna das mesmas  coisas.

 

 Porque a natureza é única, jamais poderia ser diferente, desejar construir a diversidade dela, seria simplesmente acreditar na ilusão.

 

Tudo atende apenas um único princípio, a natureza é o grande mecanismo, de refazer o mundo, então nada nasce ou morre.

 

 As coisas que existem estão num processo contínuo de refazer-se, o que morre, recompõe novamente. Com efeito, o mundo que é, jamais poderá não ser,  ele é tão somente a  eternamente dele mesmo.

 

 O  mundo tem exatamente essa natureza, que é projetada por diversos aspectos,  outras manifestações  na evolução da vida.  A natureza refaz eternamente a mesma coisa.

 

 Não tem como o mecanismo do mundo ser diferente, estamos aqui para reviver apenas a eterna repetição. É o caminho que o mundo tem para preserva a sua substância, mais especificamente a sua existência.  

 

O nascer e o morrer não são acontecimentos reais. Nada nasce ou morre o que acontece é que as coisas que existem se decompõem e se compõem novamente.

 

 Essa dinâmica constante confunde como se como  algo estivesse nascendo ou morrendo.

 

 As  coisas que morrem estão se decompondo e as coisas que nascem estão se  construindo, refazendo, mas não estão simplesmente nascendo, a ideia de algo nascer, é um equívoco de interpretação da natureza.

 

Para o entendimento de Anaxágoras, tudo que existe nesse mundo, qualquer forma de matéria, vai além dos quatro elementos colocados por Empédocles.

 

  As ideias dele na determinação das causas,  seria uma redução do mundo o que não é admissível para Anaxágoras.

 

As  quatro causas  que determinam as outras causas, terra, ar, água e fogo,  não são capazes de  explicar as multiplicidades das causas, por tais meios,  não podem facilitar os fenômenos a manifestarem. Era essa a compreensão de Anaxágoras.

  

Por isso defendia a seguinte formulação  ou ideia,  de que existem inúmeras produções  de fenômenos   dos quais vem todas as coisas.

 

 Mas essas coisas são únicas, apesar das suas diversidades, a multiplicidade é especifica, no sentido de ter apenas uma natureza.

 

A quantidade  das   possibilidades intui-se a    criar  as coisas,  é da mesma determinação  das coisas, já que elas são inumeráveis, indeterminadas,  favorecem   nas manifestações dos  diversos fenômenos no mundo, mas com apenas uma substância, diversas ontologias negariam o mundo.

 

 O mundo é multiplicidades deles.  Mas nada disso é novo, tudo remonta a um só princípio, cuja natureza é a negação da criação.

 

 O mundo de certa forma surgiu dele mesmo, não existiu uma força natural responsável pela sua criação, isso é mito, ideologia, o mundo só poderá ter fundamento por ele mesmo.

 

 Exatamente por essa análise da sua cosmologia, que tudo  é naturalista. Anaxágoras era ateu, não admitia a existência dos deuses.

 

O princípio da criação vem do não criado, quando determinada  lei da matéria,  funciona, visa atender o mesma  a natureza única da substância. Todas  as formas e todos os tipos de coisas,  serão eternas, e imutáveis.

 

 O principio fundamental da substância não possibilita em nenhuma hipótese a modificação.  O que é o mundo será eternamente o mundo.

 

 Nada transforma em nada, uma coisa não poderá transformar em outra coisa, essa é a ideia fundamental da sua teoria do conhecimento, porque nada pode ser limitado na sua própria lógica estrutural,  uma coisa  não poder ser e não ser ao mesmo tempo.

 

 Tudo  que existe nesse mundo  é infinito,  em todos aos aspectos, na sua essência  e na  natureza da sua qualidade,   a essência será eternamente a mesma, tudo é o que deve ser,  tudo  é apenas o que é,  não poderá ser outra coisa. Não existem de certo modo duas coias, o mundo é apenas ele mesmo.

 

 O  tamanho e a quantidade é da  sua natureza de substância,  o que deve não ser,  apenas aquilo que não é, jamais poderá ser.  O mundo será então a ilusão do seu contrário. Porque o antagonismo é apenas uma ficção. Uma irrealidade.

 

O princípio da substância pode ser  dividido ao infinito sem nunca deixar de ser,  pois o não ser,  não existe. Assim podemos dividir qualquer princípio material.

 

 Isso  porque qualquer substância ao infinito, sem que ela perca a sua qualidade ou sua natureza,  continuará sendo a mesma essência.

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É impossível deixar o fundamento da substancialidade, a essência é a compreensão da sua própria natureza, nada além desse fundamento.

Não  pode entender o mundo pela vontade,  o  que  deseja ser o  movimento  a respeito  do seu antagonismo.  

 

Com efeito, a diversidade da realidade é uma cegueira, pois o princípio do conhecimento  da matéria, não pode mais que uma explicação.

 

  O mundo e apenas a existência do ser, e, da explicação desse fundamento, pela teoria do conhecimento.  

 

Com efeito, o que existe é a explicação,  tão somente uma única substância, esse é o princípio mater da origem primeira da matéria.

 

Se existisse mais de uma substânncia, o mundo não poderia ser mundo, muito menos seria possível admitir a lógica da diversidade.

 

No  começo  da matéria, tudo era apenas uma realidade, não existia a diferença, motivo pelo qual a diversidade é de certa forma uma alienação.

 

 Tudo estava junto, nada era diferente de nada, por isso que as diferenças são superficiais, não reais, nada era distinto da diversidade,  tudo nasceu da  conceito de igualdade de semelhanças, mas jamais negando o princípio único da sua substância.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.