O mundo pós guerra estava em crise. Prova disso não são só os desempregados e cidades destruídas, mas, principalmente, o que diziam os pensadores da época, num contexto de crise existencial da filosofia existencialista.

O que marcou, entretanto, foi a crise econômica, pois essa atingiu toda a população.

Nesse mundo em crise, também havia crise de soluções. Nem os líderes mundiais, nem os pensadores e filósofos; muito menos os economistas, podiam apontar, com segurança, o rumo a seguir. Era um mundo sem rumo em busca de direção. Buscavam-se novas alternativas.

Uma parte dela veio dos EUA na forma de financiamento. Também vieram dos EUA muitos produtos para suprir a Europa falida. O beleza dessa tragédia, ou desse panorama triste, é que a devastação da Europa foi o ponto de apoio para o desenvolvimento dos Estados Unidos que souberam tirar vantagem do vazio pós guerra.

É verdade, portanto, que a solução econômica estava se estruturando: crescimento da indústria norte americana e financiamento aos países arrasados.

Mas outra alternativa estava sendo implantada. Essa muito mais duradoura e eficiente, justamente por isso, mais lenta em sua implantação e resultados: investimento em educação.

Os estudantes da Europa e do Japão demonstraram que se pode mudar o mundo a partir da sala de aula. Esse é o ambiente propício para o nascimento, desenvolvimento e produção dos cérebros e das soluções. A guerra produziu novas tecnologias, mas foram as pesquisas do pós guerra que deram origem ao mundo infotecnovirtual que se instalou e proliferou a partir da segunda metade do século XX.

Dentro das escolas nasceram ideias e cresceram as pessoas capazes de reconstruir, de forma duradoura, o mundo que estava nascendo apontando não só a direção econômica, mas novas perspectivas para o século XXI.

Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação, filosofo, teólogo, historiador

Rolim de Moura- RO