Acredito em utopias! Penso que os avanços na literatura educacional possam transformar positivamente os cenarios cada vez mais preocupantes que ocorrem no ensinar e no aprender.  Concordo que somente as ações de um coletivo heterogêneo possam escrever uma história mais digna de todos.

As perguntas mais intrigantes que carrego no momento são: uma Educaçao que se classifica como sendo algo de todos é realmente feita para todos? Porquê sempre a Educação é colocada numa posição de heroína, capaz de sanar todas as mazelas sociais? Será que vamos obter todas as respostas? Será que precisamos de todas as respostas para obter uma escola almejada? Será a formação docente um motor capaz de reverter e transformar a escola que temos hoje?

Formar professores é apenas um alicerce para um resultado positivo na garantia de uma educação mais democrática e acessível. Uma educação de qualidade está além de abertura de vagas, mesmo que um grande começo seja ter escolas para todos e professores bem capacitados.

A cena que temos no momento são dos professores do ensino básico recebendo a conta dos baixos desempenhos discentes, ao passo que os docentes das acadmeias buscam enfeitar e colorir suas carreiras e currículos. Uma classe com ações tão repartidas, tão particularizadas, na busca de interesses tão egocêntricos e que acabam tomando o espaço de medidas que seriam necessárias para termos concretizados o que só temos nos discursos.

Enquanto as transformações estiverem presentes apenas nos discursos, a realidade será o único terreno que teremos verdadeiramente para prosseguir com a nossa caminhada. Talvez, a hipoteca seja ainda uma preocupação maior que a construção dos sonhos que queremos acreditar.