UM POTENCIAL ESQUECIDO!

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

“Canta tua vida, tua fé constante, meu Capinzal cheio de ardor”. “Ouro é um jardim colorido, cujo povo unido, faz florir mais e mais”. Estes são alguns dos dizeres que compõe as letras dos belos hinos de Capinzal e Ouro. Estas cidades coirmãs que aprendi, desde a tenra idade a valorizar e sentir orgulho, afinal, elas fazem parte de minha vida!

Estes hinos me levam ao deslumbre e a emoção e, também servem como estimulo para se buscar uma nova visão a respeito do potencial histórico e cultural, abundante nesta região. Inúmeras vezes, impelido pelo desejo de narrar a minha própria trajetória, mencionei os vários monumentos históricos, sobretudo relacionados com Capinzal, a Terra onde nasci!

Resgatar a memória de um povo é fundamental para manter viva a sua história. Toda vez que me reporto a essas questões, não posso deixar de mencionar os meus saudosos avós: Anselmo Toaldo (paterno) e Ciro Dambrós (materno), pois com sabedoria contavam as belas narrativas, repleta de detalhes sobre estas duas cidades.

Este resgate histórico, em muitos municípios do Brasil tem favorecido o turismo! E, por que não, trazer para Capinzal e Ouro essa discussão? Santa Catarina é um dos estados brasileiros que mais tem investido no turismo. Cada região, município e, até mesmo em suas particularidades, há planejamentos que podem trazer dividendos aos cofres públicos e para os particulares.   

Quando me lembro de Capinzal e Ouro, tenho em mente monumentos que podem se tornar atrações turísticas, com suas histórias e outros aspectos. Citando alguns: Ponte Pênsil Padre Mathias Michelliza; Igreja Matriz São Paulo Apóstolo; Colégio Mater Dolorum; Antigo Frigorifico Ouro; Estação Ferroviária e Caixa d´água que abastecia as locomotivas e as Antigas instalações da Madeireira Hachmann e sua garbosa Chaminé!

Inicialmente poderiam ser feitos estudos e debates na busca de alternativas viáveis ao empreendedorismo turístico! Ressalto que de todos estes que foram destacados, corta-me o coração, em cada visita à Capinzal e Ouro, perceber a situação de degradação do ‘Frigorifico Ouro’, atualmente desativado e sendo uma propriedade particular; contudo, deveria ser tombado como patrimônio histórico do município. Tenho grande emoção ao ver este monumento, que rememora trajetórias de minha vida e, foi de representatividade econômica e histórica, portanto, essa construção deveria receber uma atenção das autoridades locais.

As fachadas destes monumentos deveriam ser mais exploradas. Suas histórias precisam ser conhecidas, principalmente para as gerações mais novas sentir o prazer de entender que seus antepassados estão vinculados com eles. Contudo, esse revigorar não dependerá apenas de um segmento, trata-se de um trabalho de conjunto, onde o poder público até poderá estar na frente, entretanto, a comunidade precisa abraçar este tipo de empreendimento.

Estive nos interiores da grande Curitiba, com minha família, aonde fomos a um café colonial. Ele situa-se no meio rural, em uma casa antiga de poloneses, onde o café é servido e os objetos antigos da família são adornos magníficos. E, impressionei-me com o grande número de pessoas que frequentavam aquele recinto.

Capinzal e Ouro apresentam potenciais, por vezes esquecidos, mas deveriam ser analisados e trabalhados para o empreendedorismo do turismo local! Vamos pensar nisso?

Meus queridos municípios de Capinzal e Ouro, jardins que fazem parte de minha existência, aliás, trazem um colorido especial para as páginas de meu viver!

Pensem nisso! Caso deseje, mande sua opinião ou contribuição no e-mail: [email protected]