Um poema por mais abstrato que for.
Por mais surreal que seje.
Por mais significados que tenha.
Por mais estranho que pareça.
Precisa ainda ser parido, sentido, lido, vivido, amado e esquecido.
Para finalmente florescer tão visceral quanto possível.
Tão carnal quanto os instintos, tão real quanto à vida e ao mesmo tempo belo e verdadeiro.
Para que possa transcender a condição humana e transpassar como uma seta a couraça para atingir em cheio profundamente a alma e finalmente operar o milagre, libertando.