UM MUNDO DE ‘CÃO’ E SUAS CONSEQUÊNCIAS!

PROFESSOR Me. CIRO JOSÉ TOALDO

 

            Na semana passada estive em um velório de um jovem. Sua morte estava relacionada ao ingrato mundo das drogas! Este é um tema polêmico, requer discussão, pois temos políticos, artistas e segmentos sociais defensores da liberação e legalização das drogas em nosso país. Entretanto, quando se observa o ‘caos’, sobretudo em família que conta com ‘usuário’, entendemos que estes entorpecentes não ajudam o ser humano evoluir.

            Neste submundo tão velado, pois o jogo de interesses é gigante, para quem está na ponta, o usuário é quem sustenta as grandes facções deste mundo de ‘cão’ com suas consequências funestas, como a morte e desgraça da família do jovem citado anteriormente.    

            Por onde começar a mudar este cenário? Obviamente pela escola, onde essa temática deveria ser tratada com maior perspicácia. Lembro, quando diretor de escola pública, havia o PROERD (Programa Educacional de Combate às Drogas e à Violência) que trazia o policial à escola e levava o estudante refletir nas consequências deste tipo de mundo. Será que ele ainda existe? Em 2017, quando se homologou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a temática sobre drogas não foi algo relevante. Infelizmente não há programas ou estudos que venham mudar a vivência de crianças, adolescentes e jovens que estão expostos à dura realidade ligada aos focos de tráfico em nosso país.

Além deste descaso no setor da educação, este mundo de ‘cão’, também compromete os frágeis Sistema de Saúde e de Segurança Pública. Como o Sistema Único de Saúde, SUS que não consegue atender ‘usuários’ e as consequências que as substâncias químicas que as drogas acarretam ao corpo humano. Em relação à Segurança Pública, basta acompanhar os confrontos entre os traficantes e polícia, onde se verifica operações de guerra! Portanto, este é um problemão presente no Brasil, os dados da ONU, afirmam sermos o segundo país da América com maior mercado de drogas.

Mercado este gerido na ilegalidade, fazendo surgir facções criminosas que ‘abraçam’ este mercado negro, fortalecendo-o e fazendo o tráfico se tornar ‘vantajoso, atrativo e de grande enriquecimento’. Essa dimensão gera obcecação, principalmente entre os jovens em situação vulnerável, tendo efeito em cadeia, onde os órgãos públicos, por meio de aparato policial e até judiciário, buscam reprimir as ações cruéis dos traficantes, contudo, essas facções tornam-se cada vez mais poderosas.

Neste contexto, em muitos casos, como no Município do Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão, um conjunto de treze favelas, a ação destas facções é intensa, especialmente pela atuação do Comando Vermelho (CV) que é a segunda maior organização do tráfico brasileiro, tendo em sua frente é o Primeiro Comando da Capital (PCC). O CV nasceu nas favelas do Rio de Janeiro, enquanto o PCC é originário de São Paulo, mas, são facções criminosas que além do tráfico de drogas, praticam assassinatos, assaltos, rebeliões e atividades terroristas.

Como exterminar este mundo de ‘cão’? Até quando iremos aos velórios de jovens, chorar por eles? Essa é a realidade que se encontra frente aos nossos olhos! A Cravolândia paulista é um dos maiores exemplos dos efeitos da droga para o ser humano! Até quando ficaremos de braços cruzados? Aliás, este é ano de eleições, portanto, propício para buscar alternativas em se viver numa sociedade mais equilibrada!

Pensemos nisto! Até o próximo!