UM HOMEM
Publicado em 09 de maio de 2014 por LEILA APARECIDA DOS SANTOS
UM HOMEM
Quase vinte anos de convivência, ainda não havia visto tamanho desespero diante de uma perda. Ouvia seus prantos há alguns metros de distância e não havia sequer uma pessoa que não escutasse e que não se comovia.
Foi ali debaixo do chuveiro, dava à impressão que toda a sua dor fosse também para o ralo. Era tanta a dor expressada naquele choro...
Uma pessoa sempre tão contida, forte, não demonstrava muito suas emoções e estava tão frágil, não que eu não sentisse, porém estava mais contida e a preocupação agora também era voltada para ele.
Como dói, só quem já sentiu sabe bem o que é este sentimento.