UM ENSAIO DA VIDA E SUAS RELEVÂNCIAS NA EDUCAÇÃO SISTEMATIZADA.

 … Se você leu até aqui, continue… pois ficaram muitas páginas para trás, das quais nunca voltarão, estas páginas aqui citadas se refere as nossas vidas que passa como um vento, daí surge esta necessidade de reflexão. No entanto, todas as nossas experiências de vida nos dão suporte para entender melhor a etapa da vida adulta e a maturidade. Quando a mim foi atribuída fazer este ensaio, fiquei refletindo por alguns dias sobre as diferenças que existe entre os seres humanos, de repente, neste momento percebi que estava entrando no portão da escola do qual eu trabalho no turno matutino... Foi quando, comecei a ver as diferenças nitidamente, vários modelos de carro, cada professor tendo um contexto social e a partir deste momento, eu comecei a pensar melhor “como fazer esse ensaio.” Foi olhando para o estacionamento e vendo os alunos entrando um a um, cada um com a sua forma única de ser, o seu jeito de andar, o seu jeito de olhar, que me fez refletir o quanto que a escola é um elemento de transformação da sociedade e do espaço cultural, o quanto eu precisava ser adulta (verdadeiramente) para conseguir elucidar os diversos problemas que eu enfrentaria nesta opção de vida de ser educadora. Foi quando eu me dei conta de que um por um que passava por mim demonstrava atitude de afeto, “Oi professora!” (Acenando) Um abraço (Afetuoso), “Estávamos com saudades!”. (E olha que eu nem havia chegado à sala dos professores, pois já faz parte da minha rotina ter este contato direto com meus alunos). Neste momento, eu me aproximei da sala onde é considerado um lugar, onde se planeja, discute ideias, que atrelam conteúdos, organizam o plano anual de trabalho, e novamente pensando e refletindo (será que estamos oferecendo condições de estímulos os mais variados possíveis para que o educando possa educar-se independente e autônomo?). O sinal dos professores tocou e eu fui em direção a minha sala ministrar as minhas cincos aulas seguidas. Porém, depois deste seminário eu nunca mais fui a mesma. A forma como eu ministrava as aulas foram agregando novos valores que me facilitavam (que veio a facilitar, “IDEIA DE MELHORAR”) para enfrentar situações das mais diversas.

Na semana seguinte eu comecei um trabalho de execução de um projeto cujo tema era “OS VALORES DE UM SER HUMANO”, sobre os valores que estão se perdendo no tempo, e para minha surpresa o tema teve uma grande repercussão entre os alunos e suas respectivas famílias, pois, começaram a frequentar a escola com muito mais assiduidade, a comunidade escolar, onde os professores de outras disciplinas também se envolveram de forma surpreendente. Eu percebi que um dos pontos culminantes para educar, é o educador perceber se o educando esta se apropriando do processo de aprendizagem com sujeito de sua própria vida e história. O aluno tem problemas de suportar, tão penosas em sua natureza, como as pessoas adultas. Por vezes, lidamos com alunos perplexos que agem segundo um ponto de vista que influência práticas erronias, e simplesmente as consideramos as piores. Momentaneamente não consideramos o contexto histórico familiar dos mesmos.

Foi então, que eu percebi o valor do silêncio, o valor de saber ouvir e o valor de ser ouvida. Sabemos que a busca dos resultados é um processo de aprendizagem e que as melhorias são contínuas, e que as margens de erro são normais durante o ano letivo e que serão corrigidas e diminuídas com o tempo, quando o professor observa cautelosamente e criteriosamente, ele tem sucesso em seus projetos executados.

Entretanto, para que este ensaio saia do papel e vá para as dimensões sociais é necessário que o educador realmente seja adulto e tenha maturidade em suas relações interpessoais, sabemos que estamos relacionando diretamente com vidas, com pessoas de diversos grupos sociais e temos que saber nos mobilizar para o crescimento e para a alta realização de um trabalho com qualidade, só trabalha em equipe pessoas que são adultas. Para tanto, é preciso saber adotar como ponto de partida da própria maturidade intelectual o alto conhecimento, que adquirimos pelo desenvolvimento intencional da capacidade de reconhecer os próprios sentimos, fraquezas, forças, impulsos, necessidades, valores e os nossos objetivos. Outro ponto fundamental é a capacidade de nos colocar no lugar do outro entendendo as suas necessidades, motivações, interesses e comportamentos. Ainda podemos acrescentar que na maturidade temos a capacidade de distinguir o que vem para crescer, para desenvolver no seio da sociedade e agregar também no que diz respeito às diferentes competências necessárias para um relacionamento interpessoal e intergrupal eficiente e positivo. 

Por vez no nosso ambiente de trabalho encontramos com algumas pessoas que trás consigo arraigado o medo do novo, e depois deste seminário as ideias de explanar cada aula seria uma nova expectativa, pois foi ai que percebi a grandeza de ter a consciência de que um professor planeja a aula para os seus alunos, e não o que eu estava acostumava vivenciar em alguns ambientes do qual eu frequentava, educadores sem nem um entusiasmo planejando a aula como se ele fosse o único na sala de aula, em determinados momentos cheguei a pensar “que o professor não tinha dimensão da diversidade de culturas que existia em sua sala de aula, pois ele se posicionava como dono da verdade única e absoluta”. 

Os valores do ser humano devem permitir que ele se avalie permanentemente, pois somos seres humanos em constante transformação, a educação não é uma mão única, podemos mudar as nossas atitudes reorganizar nossa conduta como educadores, aceitar melhor as opiniões dos nossos colegas de trabalho, buscar a ter qualidade nas relações humanas, um trabalho em equipe tem que ter propósitos e esforços das pessoas que estão inseridas no meio, para assim garantir um trabalho educacional de qualidade que permita a valorização de cada um, a motivação e a criatividade de autonomia. Quando entendermos que se faz necessário urgentemente, mesmo que seja paulatinamente que existe uma grande necessidade do professor entender a necessidade de mudança, pois sabemos que necessidade trata-se de desequilíbrio interno, estando neste estágio de compreender a vida com múltiplas facetas perceberemos então, que todo ser humano tem necessidade de diferentes ordens, que não se manifesta de forma homogênea: varia a função da personalidade, momento de vida, faixa etária, classes sociais e econômicas, nível de escolaridade e grupo profissional, a necessidade leva o ser humano a buscar a satisfação, mas para que se chegue a este estágio de satisfação o professor tem que passar pela motivação, esta energia positiva da motivação produz o impulso do profissional, refletindo em nossas ações cotidianas. É preciso como educadores, romper com este paradigma, de que a família é a parceira ideal para o crescimento intelectual do aluno, é ali que está arraigado sua cultura, seus sonhos. Devemos pensar na escola como mediadora do saber, onde o aluno passe por processo de desalienação e digo mas, tem que ser um ambiente que seduz, e dá alegria para que ele sinta vontade de voltar, para assim cumprimos nossa missão de verdadeiros educadores. O professor que não ama o que faz é o mesmo que, ferreiro bater incessantemente em um ferro frio, tentando transformá-lo em uma obra de arte. 

Msc Lima, Cristiana Ana