UM DIA NO TRABALHO

sabe aquele dia que não dá vontade de levantar da cama, assim me sinto neste momento. Apática, desanimada, descrente das pessoas, desmotivada, decepcionada e por ai vai. Sabe, por mais que nos decepcionamos com as pessoas, ainda há a esperança de que há alguém em quem possamos confiar, aquele amigo do peito, irmão, que você se preocupa, escuta e mesmo sabendo que não resolve dá conselhos e seria uma das poucas pessoas que você ainda confiaria.

Justamente por isto, paguei um preço alto por confiar nas pessoas e entendi que há pessoas que não compensa, que não faz falta a ninguém, na primeira oportunidade te apunhala é exatamente como estou me sentindo.

Porém, a necessidade de ter de levantar e ir a luta obrigou-me, afinal o dia seria longo, um longo sábado, dia de reposição de aula, devido a greve por melhores condições de trabalho, salário, vários  sábados para repor,  férias  então nem pensar por imposição de nossos governantes, acredito que para  eles é uma forma de nos castigar, só esqueceram de um detalhe: não somos máquinas e até essas uma hora pifa. Mais  até ai sabíamos dos riscos e o assumimos.

Atestados médicos então vai “chover”, ninguém aguenta, é um risco que vão correr e  pagaram para ver.

Quem vem lendo meus artigos entendem um pouco do que se passa em nossa cidade e para ajudar no trabalho encontramos colegas desanimadas, mau humoradas, doentes, uma querendo puxar o “tapete” da outra, difamando umas as outras, torcendo para o mal, desmotivadas e a fofoca corre solta  por natureza o que é até normal num ambiente onde só trabalham mulheres, essas o “bicho” danado para tentar prejudicar umas as outras.

E apenas uma brincadeira feita por algumas de nós para melhorar os ânimos, o ambiente de trabalho anda pesado, transforma-se numa  proporção tão desnecessária a ponto de coordenação e direção ameaçar em exonerar, abrirá sindicância, cortar bolsa, pelo amor de Deus o que é isto. Estas por sinal são pessoas que até então admirava. Hoje passei a repensar a respeito, será que vale a pena não sei, claro que falhas todas nós temos eu tenho, ninguém é perfeito e se o  fossemos não teria graça.

Agora querer prejudicar colegas de trabalho de tantos anos, daí é o fim da picada mesmo porque Já houve na Instituição coisas graves, que se fosse mexer iria dar muito pano para a manga e justamente estas não foram levadas a sério, para o bem de todos terminou por ali mesmo.  E porque uma brincadeira que não traria consequências a ninguém foi tão mal interpretada, será que estas pessoas ainda merecem o nosso respeito, não sei o que pensar.

Acreditava que coordenação e direção tivessem um pouco de respeito pelas colegas, ninguém precisa gostar de ninguém, o respeito sim este tem de haver e levar em conta o tempo de trabalho com a mesma e o quanto esta pessoa é importante para a instituição.

É como diz uma amiga: Estas pessoas precisam voltar ao lugar de origem, como ocorre na maioria dos cargos, já subiu a cabeça, esqueceram-se de onde vieram e para onde irão.

Quando cheguei á instituição na manhã de hoje, com certeza o tsuname já estava por lá, isto tudo porque falamos que iríamos trocar de religião, assim não precisávamos ir trabalhar aos sábados como algumas colegas já o fazem, era para ser só uma brincadeira, afinal não há nada de mais, nada que nos comprometa, seria uma forma de tornar o nosso trabalho mais leve, ameno é claro que não íamos deixar de ir, quem nos conhece saberia disto.

Não estou nem ai, para o que os outros pensem ou deixam de pensar, afinal ninguém paga minhas contas, até ontem não as conhecia não me importo, para mim estas pessoas que dizem ser “amigas”, são as mais perigosas. Porém o meu Deus nunca me deixou na mão e tenho certeza que não será desta vez.

Agora acusar pessoas que não podem se defender porque tem um cargo inferior ai já é demais, são bolsistas, estão aprendendo e são leais, estão fazendo um favor em trabalhar aos sábados e férias, pois pelo contrato não são obrigadas  este é o obrigada que recebem.

Bom, há pessoas que brigão, chorão, discutem, ficam chateadas, magoam-se e há até as que pensarão em  processar por calúnia, esta última até me atrai, ganharia uma boa grana, porém eu prefiro escrever, desabafar de outra forma, uma forma de escape me acalmar para então “discutir” o problema, se o fizer antes  de cabeça quente posso magoar algumas pessoas.  

Acredito que isto não irá muito longe não, nem é para tanto.

Prometo escrever desfecho a respeito assim que tudo terminar.