Resumo

O presente estudo transcreve informações sobre a síndrome TDAH, bem como seus sintomas, e quais e frequências de sintomas que precisam ser identificados para se fazer um diagnóstico da criança que apresenta o transtorno. A importância do conhecimento do professor que atua na educação infantil sobre o tema que atinge 5% das crianças e adolescentes de todo o mundo com relação a patologia chamada de Transtorno do Déficit de Atenção e HiperatividadeÉ muito importante conhecer os sintomas deste transtorno para tratar com a situação de maneira confiante. A demora em diagnosticar o caso pode trazer sérias consequências para o desenvolvimento da criança.

Palavras chaves: Educação Infantil, Professor de Educação infantil, TDAH


 

1 INTRODUÇÃO

 

         Este estudo se refere ao conhecimento do que é TDAH e como administra o trabalho com este na educação infantil. Verifica-se que muito profissionais desta etapa desconhece ou conhece muito pouco sobre essa patologia, cada vez mais presentes nos ambientes escolares.

            A importância do que está presente nos indicadores das grande percentagens de crianças portadoras do TDAH nas escolas, em torno de 3% a 6% da população de 5 a 14 anos, de acordo com Rodhe e Benczik (1999). Essas informações refletem a necessidade de práticas pedagógicas adequadas para por em prática com as crianças portadoras do transtorno, começando com estas intervenções desde o inicio da escolarização da criança e também como suporte para os profissionais que atuar na educação infantil.

            A pesquisa foi realizada levando em conta a qualidade apresentada sobre o assunto em livros, artigos e teses, contendo estudos e informações sobre o que é o transtorno e suas características marcantes, como diagnosticar, conhecimento dos professores sobre o TDAH, formação dos profissionais da educação infantil e como algumas estratégias podem ajudar a sanar ou amenizar o transtorno com alunos durante o processo ensino aprendizagem para inclusão de um aluno na sala de aula.

           

 

2 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

 

2.1 Conceitualização

            Em um passado não tão distante, crianças que eram excluídas por serem repetentes, inquietas, e também desatentas, nada mais eram que elas eram portadoras de TDAH (transtorno de déficit de atenção e Hiperatividade). Na atualidade, os educadores e familiares têm  vários suportes para  contribuir  com o trabalho com este tipo de criança, como ajuda de profissionais especializados na área e pesquisa de metodologias que auxiliam para desenvolver suas atividades. Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade se constitui em uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde.

            Segundo Ferreira (2014, p.111) o Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade “é caracterizado pela incapacidade de dispor da atenção e sustentá-la, de modular o nível de atividade e de moderar ações impulsivas”. Estas incapacidade  acaba prejudicando o ser humano a desempenhar suas habilidades e competências de maneiras cognitivo e vida social. O comportamento agitado gera desconforto nas relações entre a criança portadora da patologia  no ambiente familiar, amigos, os professores e demais pessoas do seu convívio. Acaba sendo rejeitadas e excluídas com frequência das brincadeiras e de possíveis convites para encontros sociais. Na escola não é diferente começam  apresentar dificuldades  de aprendizagens, antes ocultadas por comportamentos próprios da idade.

            Com relação à hiperatividade, as pesquisa relatam que é uma síndrome, que tem como sintomas principais a atividade motora excessiva, atividade superior à que é habitual, geralmente acompanhada de um déficit de atenção, no entanto, existe também o Distúrbio do Déficit de atenção sem Hiperatividade. O transtorno nasce com o indivíduo e os sintomas começam a ser mais evidentes quando a criança entra para a escola, para o infantário. A doença vai acompanhando o crescimento e deve ser devidamente diagnosticada e tratada, não sendo, pode prolongar-se pela sua vida.

Ansiedade, inquietação, euforia e distração frequentes podem significar mais do que uma fase na vida de uma criança: o exagero de conduta, diferencia quem vive um momento atípico daqueles que sofrem de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, doença precoce e crônica que provoca falhas nas funções do cérebro responsáveis pela atenção e memória. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizagem e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

 

2.2 Tipos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

            A classificação dos tipos de Tipos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) passou por longos anos de estudos e pesquisas por especialistas multidisciplinar do mundo todos para pode chegar a critérios para definição de um diagnóstico de uma pessoa que sofre com a patologia. Estes critérios estão presentes no manual de classificação de doenças mentais, Dicionário de Saúde Mental-DSM- 5 de maio de 2013.

            Conforme o manual DSM-5 existe três classificações para síndrome:

  1. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com predomínio de sintomas de desatenção.
  2. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com predomínio de Hiperativo/Impulsivo.
  3. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade combinado com predomínio de desatenção/ hiperatividade.

2.2.1 Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade com predomínio de sintomas de desatenção.

            Mahone apud Fereira (2014, pg.112) relaciona os sintomas que a pessoa apresenta seis ou mais pelo menos seis meses seguidos:

(a) falha em prestar atenção aos detalhes ou comete erros por falta de cuidado nos trabalhos da escola, no trabalho ou em atividades ( por exemplo, deixa passar detalhes), o trabalho é impreciso);

(b) encontra dificuldade para sustentar a atenção em tarefas ou atividades de lazer ( por exemplo, em manter-se focado durante palestra, conversas ou ao ler texto longos);

(c) parece não escutar quando falam diretamente com ele ( a mente parece estar em outro lugar, ainda que na falta de outras distrações óbvias);

(d) não segue instruções (inicia tarefas, mas rapidamente perde o foco e é facilmente desviado, falha em determinar os deveres da escola, tarefas domésticas ou tarefas no trabalho);

(e) encontra dificuldade em organizar tarefas e atividades ( por exemplo, na realização de tarefas sequenciais e para manter materiais e pertences em ordem, o trabalho é desorganizado, não consegue administrar bem o tempo e tem dificuldade em cumprir metas);

(f) evita, parece não gostar e é relutante para se engajar em tarefas que requerem esforço mental sustentado (como uma tarefa de escola ou, para adolescentes mais velhos e adultos, preparação de relatórios, preenchimento de formulários ou revisão de textos longos);

(g) perde objetos necessários às tarefas e às atividades ( por exemplos, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, trabalhos, óculos, celulares etc);

(h) distrai-se facilmente com estímulos externos ( em adolescentes mais velhos e adultos, podem incluir pensamentos não relacionados ao contexto);

(i) é desatento em atividades diárias, tarefas dirigidas e para transmitir recados ( em adolescentes mais velhos e adultos, retorno de chamadas, pagamento de contas e compromissos) (Fereira (2014, p.112).

  1. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com predomínio de Hiperativo/Impulsivo.

Esse tipo de características é definido pelas pessoas que apresentam seis ou mais sintomas de maneira constante pelo menos 6 meses e se apresentarem instáveis  com a idade do individuo, ser mais desatento ou inquieto do que o esperado para uma determinada idade. Mahone apud Fereira (2014, pg.112) cita os sintomas de hiperatividade e impulsividade tais como:

(a) está sempre inquieto ou mexe as mãos ou os pés, ou se contorce na cadeira;

(b) é inquieto durante atividades nas quais os outros estão sentados (pode deixar o seu lugar na sala, escritório ou lugar de trabalho ou em outras situações que requerem que ele se mantenha sentado);

(c) corre ou sobe nos móveis e movimenta-se excessivamente em situações inapropriadas (em adolescentes ou adultos, isso pode estar limitado ao sentimento de inquietação ou confinamento);

(d) é barulhento e ruidoso demais durante jogos, lazer ou atividades sociais;

(e) está sempre “pronto para começar”, agindo como se estivesse “ligado a um motor”. Sente-se desconfortável ao ficar parado por muito tempo, como em restaurantes, reuniões etc. É visto pelos outros como inquieto e agitado, difícil de lidar;

 (f) fala demais;

(g) dá uma resposta antes de a pergunta ter sido completada (adolescentes mais velhos ou adultos podem completar as frases dos outros e intrometer-se em conversas);

(h) tem dificuldade em aguardar sua ou esperar em uma fila;

(i) interrompe ou intromete-se nas atividades dos outros (entra em conversas, jogos ou atividades); pode começar a usar as coisas dos outros sem pedir ou receber permissão; adolescentes ou adultos podem se intrometer ou assumir controle do que os outros estão fazendo (Fereira, 2014, p.112).

 

  1. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade combinado com predomínio de desatenção/ hiperatividade.

 

É caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos

tipos: desatento e hiperativo / impulsivo.

 

  1. A Vida escolar o tdah

 

A presença do TDAH na vida da criança causa vários problemas em todas

esferas, na família, nas relações sociais, e principalmente no ambiente escolar.

Segundo Rohde e Mattos (2003) apud Moreira, ocorre um grande impacto no desenvolvimento educacional de crianças com TDAH. A desatenção e a falta do autocontrole, características do transtorno, intensificam-se em situações de grupo, dificultando, ainda mais, a percepção dos estímulos relevantes, a estruturação a execução adequada das tarefas.

As crianças com TDAH, já na Educação Infantil podem encontrar dificuldades em adquirir conceitos básicos para o desenvolvimento das habilidades acadêmicas, portanto, a prontidão escolar prejudicada. Isso acontece porque sua atenção executiva esta sendo prejudicada pela patologia.  Benczik apud Rodrigues e Galato (2014) relata que:

Os pacientes não prestam atenção em detalhes, como acentuação de palavras e troca de sinais nas contas, frequentemente pulam folhas nos cadernos ou trocam as matérias, os trabalhos são desorganizados, eles perdem constantemente materiais e datas de entrega de atividades, apresentam atividades inacabadas, entre outras coisas. Muitas vezes dão a impressão de estarem com a mente em outro lugar, ou de não executarem o que acabaram de falar (Galato, 2014, p.19).

 

A maioria das crianças com TDAH deseja ter um bom rendimento escolar, como as demais crianças. No entanto, a dificuldade de concentração e motivação, aliada a uma estrutura escolar inadequada para esses alunos, dificultam o seu desempenho, levando-os normalmente a conflitos com professores e colegas de turma. Na população em geral, de 10% a 15% das crianças apresentam dificuldades de aprendizagem; em portadores de TDAH este número sobe para próximo de 40%. Crianças que são atendidas nos primeiros anos escolares têm maior probabilidade de solucionar o problema, já que a detecção precoce e a intervenção o quanto antes são fatores que melhoram o prognóstico do transtorno. Portanto quando se descobre e trata o transtorno, seja ele de atenção ou hiperatividade e procurar sanar ou amenizar menor será as dificuldades para este aluno.

 

 

  1. Educação infantil

 

3.1 A Educação infantil e a legislação

 

            A legislação educacional trata com muita atenção da etapa, onde as crianças desenvolvem suas primeiras tentativas em sua vida de aprendiz, denominada mesma, mas um caminho que servirá de base para o ensino fundamental. A Educação Infantil  constitui a primeira etapa da educação básica assim declarada na LDBEN de 1996, citado no seu art. 29 “ A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade”.

            A Educação Infantil é responsável em oferecer suporte que vão ajudar a desenvolver na criança com relação processo de ensino aprendizagem segundo Oliveira e Oliveira (1973 p.21,22) apud Both (2012 p.164) ”faz-se necessário que o professor tenha bem claras as necessidades que caracterizam acesso a informação, habilidades especificas e atitudes próprias da criança que frequenta a educação infantil”. Nesta etapa também se faz necessário levar em conta outros indicadores como descreve Both (2012):

Conhecimento ou informação - fator essencial para a comunidade e a aprendizagem humana; habilidade intelectual – atividades de ensino desenvolvidas na escola; estratégias cognitivas – estímulos gerados pelo ambiente e pela atividade cerebral; habilidades psicomotoras – maturação neurofisiológica; domínio de atividades psicomotoras; atitudes – comportamentos humanos com agir, pensar, conviver ( Both, 2012,  p. 164 e 165).

 

            Nesta etapa da educação que a comunidade escolar e professor serão os primeiros a se depararem com a diversidade de situações representativas de dificuldades de aprendizagens como condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas; com deficiências ou bem dotadas; trabalhadoras ou que vivem nas ruas; de populações distantes ou nômades; de minorias linguísticas, étnicas ou culturais; de grupos desfavorecidos ou marginalizados. Dentro dessa diversidade estão incluídas crianças portadoras da patologia TDAH. Portanto é suma importância que este profissional tenha conhecimento, uma boa formação, para ter a sensibilidade de saber trabalhar com boas praticas para atender os asseios deste educando que requer cuidados especiais, sem que o mesmo não seja excluído do processo ensino aprendizagem, nível de ensino que faz um elo entre a educação infantil e a do ensino fundamental. O professor ou outros profissionais que atua na educação infantil devem ter a sensibilidade para que na hora certa consigam saber distinguir entre criança arteira ou aquela que precisa de ajuda de uma equipe multidisciplinar para fazer um diagnostico, a fim de dar os primeiros passos para ajudar a incluir esse aluno da forma mais tranquila possível.

  1. Formação do profissional da Educação Infantil

Quando foi afirmando pela LDBEN/1996, que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, assegurando a todos o direito à educação, surgiu à necessidade de estabelecer qual a formação dos profissionais que atuam nesta etapa. Essa lei estabelecia inicialmente que os profissionais da educação infantil tivesse uma formação mínima em nível médio. Estas regras legais que buscam uma qualidade para a educação encontrou muita dificuldade para ser atendida por falta de profissionais por varias secretarias municipais. Para atender as exigências da lei os municípios recorreram a estratégias para a formação dos seus profissionais através de formação continuadas para seus profissionais. Mas com o passar dos anos, novas resoluções e deliberações foram norteando a formação dos profissionais que atua na educação infantil.

Segundo Parâmetro Nacional de Qualidade Para a Educação Infantil assegura que:

 

Os profissionais que atuam diretamente com as crianças nas instituições de Educação Infantil são professoras e professores de Educação Infantil, a habilitação exigida para atuar na Educação Infantil é em nível superior, pedagogia ou modalidade normal, admitindo-se, como formação mínima, a modalidade normal, em nível Médio (Brasil p. 38 /2006).

 

O profissional que atua na educação infantil além de sua formação exigida ele deve ser um pesquisador para sempre estar aprimorando a sua prática, para ser produtor e superar assim, o simples ato de distribuir conhecimento.

  1. Conhecimento do professor de educação infantil sobre TDAH

A literatura de artigos de tese de mestra e outras sobre TDAH  contém algumas pesquisas junto a profissionais da educação sobre se eles estão preparados para trabalhar com as crianças  com o diagnóstico de TDAH.  Referente a pesquisa realizada na rede municipal de Curitiba com 20 professores, foi constato  que quando se trata de formação de professor para atende este tipo de necessidade segundo Amaral:

Quando questionados em relação a sentirem-se preparados para atender crianças com diagnóstico de TDAH, 13 professoras responderam que não estão preparadas e 6 responderam que sim. E, se possuem alguma capacitação ou preparação adequada para o trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, 13 responderam que não e somente 6 responderam que tem preparo.Quando a questão referiu-se a formação do professor hoje, se é suficiente para atender os alunos com TDAH em salas de aula regulares, todos responderam que não (Amaral,2016,p.7).

 

Segundo Cardoso apud Moreira (2006);

 

(...) a necessidade da escola ter professores que conheçam sobre o transtorno para não atribuírem um rótulo aos alunos que apresentam temporariamente, os comportamentos desatento, hiperativo e impulsivo no contexto escolar, pois é provável que a falta de informação sobre o TDAH possa suscitar encaminhamentos inadequados e prejuízos no desenvolvimento das habilidades que envolvem o processo de ensino aprendizagem (CARDOSO, 2007, p.91).

Outro dado interessante é a respeito da formação do docente, pois 28 dos professores, ou seja, 70% afirmaram não terem informação, orientação e capacitação para lidar com o TDAH, o que demonstra uma falha na formação acadêmica dos professores (Moreira, 2011, p.41).

 

Convém citar um dado interessante apontado sobre este assunto é o resultado importante citado por Andrade apud Morreira com pesquisa realizada com professores da rede municipal de ensino de Natal:

 

O resultado encontrado apresentou uma grande falta de conhecimento sobre o que é o transtorno, levando alguns professores a pensarem que alunos com TDAH são deficientes mentais (DM), como comprova a fala de um dos entrevistados: Não sei o que é TDAH. Hiperatividade é o menino muito agitado que não para quieto, danado. Não sabia que tinha hiperatividade. Para mim ele era deficiente mental. Um dia, a mãe chegou na sala e disse que ele era hiperativo. Ele fica sem prestar atenção, é descansado e sem interesse (Morreira, 2011, p.41).

 

            Referente a informação sobre TDAH  o professor tem o papel fundamental no processo de aprendizagem e na saúde mental de crianças e adolescentes com TDAH. Em primeiro lugar, procure o máximo de informação a respeito do transtorno (Rohde , Benckik,1999, p.83).

            Segundo Drielly, o que é possível perceber é a falta de conhecimento dos professores mediante o transtorno. Se não há entendimento, não é possível criar estratégias e maneiras para trabalhar com essas crianças. "Um dos maiores erros que os professores cometem é de não elaborarem atividades na qual a criança com o transtorno tenha habilidades, geralmente a professora espera do aluno o mesmo dos outros, não sendo uma atitude favorável para o desenvolvimento da criança", afirma.

            O professor, pela própria identidade de gestor que seu trabalho lhe concede, desenvolve um processo permanente de aprendizado, visto aos desafios inerentes à sua profissão. Portanto o professor tem estar sempre buscando e pesquisando  novas tendência, estratégias para melhorar e adaptar  ao seu ato de ensinar.  Por fim a sala de aula é um espaço complexo, em que professor e aluno interagem constantemente na busca da articulação de conhecimento, gestão de organização do tempo, confrontação de valores e construção de normas e regras. Dentro desse processo, a individualização de cada um dialoga com a necessidade de respeito à diversidade de alunos. O professor tem vários alunos para atender e ensinar e não somente a criança com TDAH em questão. Cada um desses alunos tem necessidades, dificuldades e áreas de potencial (Rohde, Benckik,1999, p.84).

            A instituição de educação infantil necessita de professores qualificados e capazes de planejar e tomar decisões, refletir sobre a sua pratica e trabalhar em parceria para oferecer respostas adequadas a todos os sujeitos que convivem numa escola. Portanto, não basta ter o titulo, mas a formação adequada para o enfrentamento das diferentes situações que a tarefa de ensinar implica.

 

  1. Estratégia para trabalhar com crianças com TDAH

 

Nas estruturas atuais e por exigência legais as instituições educacionais, principalmente na Educação infantil, a criança passa mais tempo com o professor do que os próprios familiares, isso faz com que o professor conheça as habilidades, competências e os comportamentos que os alunos apresentem. Portanto, uma vez que identifique e com ajuda de profissionais multidisciplinar o aluno com TDAH, o professor passa a ter um papel importante na inclusão dessa criança ao ambiente escolar. Essa grande responsabilidade acontece por ser o professor o condutor do processo educativo e por estar mais tempo com o aluno. Os professores quando se depararem com situações de inclusão de alunos com TDAH devem procurar mudar sua postura pedagógica, como planejar suas atividades diárias a fim de amenizar os efeitos prejudiciais do transtorno. O papel do professor é elaborar o máximo de soluções possíveis para os alunos TDAH. De acordo com pesquisadores existem varias atividades, atitudes e estratégias que podem ser uteis e eficazes para tornar o trabalho com esse tipo de educando.

Segundo Rohde & Benckik sugerem varias dicas para deixar o trabalho mais prazeroso e fácil com essas crianças:

Sente com a criança.....a sós e pergunte como ela acha que aprende melhor; Lance mão de estratégias  e recursos de ensino flexíveis até descobrir o estilo de aprendizado do aluno. Isso irá ajudá-lo a atingir um nível de desempenho escolar mais satisfatório; Encoraje uma estrutura para auto-informação e monitorização. A cada semana, sente com a criança alguns minutos e dê-lhe um retorno sobre como ela está se saindo em sala de aula. É necessário  que seja um agente ativo do processo de aprendizagem; Assinale e elogie os sucessos da criança tanto quanto possível. Ela já convive com tantos fracassos que precisa de toda a estimulação positiva que puder obter; Procure afixar as regras de funcionamento em sala de aula visível. As crianças sentem-se reasseguradas sabendo o que é esperado delas; Sempre que possível, transforme as tarefas em jogos. A motivação para a aprendizagem certamente aumentará; Avalie mais pela qualidade e menos pela quantidade das tarefas executadas. O importante é que os conceitos estejam sendo aprendidos (Rohde &Benckik, 1999,p.85,86).

 

            Outra forma de aproveitar o potencial dos alunos com TDAH é trabalhar com jogos e brincadeiras. Por meio destes recursos, é possível desenvolver e praticar a psicomotricidade da criança tão importante para o desenvolvimento integral dela. Segundo Drelly, "quando uma criança brinca, tudo em volta dela se transforma, ela reflete, ordena, reconstrói”, organiza ideias e passa a desenvolver melhor o conhecimento aprimorando a função linguística, transformando cada dia em algo inovador e criativo, estabelecendo regras e limites.

  1. Considerações finais

 

Com a elaboração deste trabalho teve-se a oportunidade de conhecer um pouco sobre o que é TDAH, seus sintomas principais, quem e como podemos identificar se uma criança é portadora ou não do transtorno, sem ficar rotulando ou achando que são agitadas, impacientes e com imensa dificuldade de atenção, socialização e aprendizagem ao   ponto de  achar que o aluno é indisciplinado e de mau comportamento. Entendemos a partir desta pesquisa relevante que devemos sempre buscar identificar o que esta se passando com este individuo, e através de ajuda de uma equipe multidisciplinar buscar as melhores alternativas para contornar o problema, sem excluir a criança do sistema educacional.

De acordo com Ferreira o papel da escola é usar intervenções de auxiliar para com os alunos com TDAH e ainda:

O sucesso do desempenho do aluno com TDAH na escola envolve a participação ativa do professor e dos familiares no processo de aprendizagem. É necessário que o docente saiba identificar o aluno com possível TDAH e que ele tenha o conhecimento suficiente sobre o tema para poder tomar atitudes para manejar os sintomas observandos em sala de aula e fazer as intervenções necessárias (Ferreira, 2014, p. 119).

 

            Por fim, convém salientar que se o individuo não receber um tratamento, seja qual for a intervenção necessária, no tempo certo a sequelas tende em aparecer através de outras patologias ligadas as funções cerebrais dos alunos, com resalta ferreira;

O TDAH é, portanto, uma desordem que, se ocorre, mantém-se por toda a vida e causa inúmeros prejuízos em varias áreas do funcionamento do individuo.  Seu tratamento,, além de ser multidisciplinar, envolve uma força-tarefa para estabelecer estratégias de manejos dos sintomas, com a colaboração conjunta do individuo, dos pais, dos professores e da comunidade (Ferreira, 2014, p. 119).

 

 

 

 

 

 

Referências

Amaral. A. B. et.al. A formação do professor para trabalhar com criança que apresentam diagnostico de TDAH no ensino fundamental na rede municipal de ensino de Curitiba. Revista Eletrônica do Curso de Pedagogia das Faculdades OPETISSN 2175-1773 2013

 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. De 23 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em 7 setembro 2016.

 

BRASIL. MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO. Secretaria da Educação Fundamental.

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 Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica Parâmetros acionais de qualidade para a educação infantil/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica – Brasília. DF

 

Both, Ivo José,Avaliação Planejada, aprendizagem consentida: é ensinando que se avalia, é avaliando que se ensina – Curitiba: InterSaber,2012

 

FERREIRA, Maria Grabriela Neuropsicologia e aprendizagem. Curitiba: InterSaberes, 2014.

 

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Moreira, S. C. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade : Estratégias no processo de ensino aprendizagem em aulas de educação física / Sandro Cezar Moreira. – Volta Redonda: UniFOA, 2011.

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 Rohde, Luís Agusto P. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: o que é? Como ajudar? / Rohde, Luís Agusto P.; Edyleine B. P. Benczik-Porto Alegre: Artes Médicas  Sul, 1999.

 

 http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/132/artigo319429-1.asp, acessado dia 29/10/2016