Thiago de Faria Paiva

Discente do Curso de Educação Física Bacharelado do Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO

 

       O que é um primeiro socorro? Primeiro socorro é o método inicial e temporário aplicado a acidentados e/ou vítimas de doença súbita, num esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e minorar o sofrimento. O primeiro socorro equivale, conforme a situação, na proteção de feridas, imobilização de fraturas, controla de hemorragias externas, desobstrução das vias respiratórias e realização de manobras de Suporte Básico de Vida. Qualquer pessoa pode e deve ter formação em primeiros socorros. A sua implementação não substitui nem deve atrasar a ativação dos serviços de emergência médica, mas sim impedir ações intempestivas, alertar e ajudar, evitando o agravamento do acidente. Qualidades do socorrista: •. Autocontrolo e sentido de responsabilidade. • Capacidade de organização e liderança. • Capacidade de comunicação. • Capacidade para tomar decisões. • Compreensão e respeito pelo outro. • Consciência das suas limitações.

          Os métodos de imobilização e remoção de vítimas de trauma têm vindo a ser modificadas ao longo dos anos com o objetivo de estabelecer o conjunto de procedimentos mais adequados que maximize a segurança na mobilização das vítimas de trauma. Os princípios que asseguram uma imobilização efetiva da vítima de trauma são os que a seguir se enumeram: 1. Assegurar desde o início a estabilização manual e o alinhamento da coluna cervical, até à substituição mecânica (estabilizadores laterais de cabeça); 2. Verificar a função neurológica nas extremidades; 3. Aplicar um colar cervical, preferencialmente de duas peças, adequado ao tamanho da vítima; 4. Imobilizar o tronco antes da cabeça; 5. Evitar o movimento do tronco da vítima para cima ou para baixo, no dispositivo de imobilização; 6. Evitar o movimento do tronco da vítima para a direita ou esquerda, no dispositivo de imobilização; 7. Evitar o movimento anterior do tronco da vítima, no plano; 8. Assegurar que a imobilização torácica não inibe a excursão torácica ou provoca compromisso ventilatório; 9. Imobilizar eficazmente a cabeça de modo a que esta não se mova em qualquer direção, incluindo rotação; 10. Proporcionar, se necessário, o preenchimento do espaço sobe a cabeça; 11. Manter a cabeça numa posição neutra e alinhada; 12. Proporcionar que nada inibe ou dificulta a abertura da boca, por parte da vítima; 13. Imobilizar os membros inferiores de modo a que estes não se movam, mesmo nas situações em que o plano é lateralizado; 14. Manter a bacia e os membros inferiores numa posição neutra alinhada, 15. Assegurar que os membros superiores estão imobilizados ao plano ou tronco de forma adequada; 16. Assegurar que a imobilização não compromete a circulação distal em qualquer membro; 17. Reavaliar a vítima na sequência de qualquer movimento brusco/inusitado, que possa comprometer uma lesão instável da coluna, enquanto o dispositivo de imobilização é aplicado; 18. Elaborar todo o processo de imobilização num espaço de tempo adequado; 19. Reavaliar a função neurológica nas extremidades.

Abordagem posterior com vítima sentada em veículo:

 1. A execução desta técnica deve ser antecedida de uma estabilização lateral da cabeça; 2. O 1º elemento coloca-se por trás da vítima; 3. Coloca as suas mãos lateralmente sobre os pavilhões auriculares da vítima, sem movimentar a cabeça (figura 2); 4. Os dedos deverão ser distribuídos de forma a proporcionar uma estabilização estável da cabeça da vítima; 5. Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra o elemento mobiliza lentamente a cabeça, até conseguir o alinhamento (exceto se contraindicado); 6. O 1º elemento (se possível) aproxima os seus braços e apoia-os no banco, nos apoios de cabeça ou no seu tronco, para se preservar mais estável.

Abordagem anterior com a vítima de pé:

1. Posicionando-se exatamente em frente da vítima, o 1º elemento coloca as suas mãos de ambos os lados da cabeça sobre os pavilhões auriculares, sem movimentar a cabeça (figura 3); 2. Se a cabeça não está ordenada numa posição neutra o 1º elemento mobiliza lentamente a cabeça, até conseguir o alinhamento (exceto se contraindicado); 3. Deve ser mantida a pressão suficiente para suportar e estabilizar a cabeça.

Abordagem com a vítima em decúbito dorsal:

1. O 1º elemento posiciona-se atrás da cabeça da vítima, na posição de ajoelhado ou deitado; 2. As mãos do 1º elemento são operadas de cada lado da cabeça da vítima, colocando as palmas da mão sobre os pavilhões auriculares desta (figura 4); 3. Os dedos de ambas as mãos do 1 elemento devem ser utilizados de forma a proporcionar uma estabilização eficaz e segura; 4. Ao estabilizar a cabeça da vítima, os cotovelos e/ou os antebraços do 1º elemento podem ser apoiados no chão ou nos joelhos (para um suporte adicional).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REIS Isabela. Manual de primeiros socorros. Edital Ministério da saúde 2010.Disponível em:Acesso 14 maio 2018.

VALENTE Miguel etal. Técnicas de extração e imobilização de vítimas de trauma. Disponível em: Acesso 14 maio 2018.