TRAGÉDIA, SENSACIONALISMO  E AÇÃO!

     A cada dia ficamos perplexos com tantos acontecimentos, especialmente quando envolvem tragédias que ceifam vidas de maneira absurda. Esse artigo refere-se às barbaridades, mortes, deslizamentos e demais fatores climáticos relacionados com as chuvas que tomaram conta de cerca de 50 municípios de Santa Catarina, no final desse ano de 2008. Parece que estamos frente ao dilúvio. O governador, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), afirmou que o Estado enfrenta a "pior tragédia climática da história catarinense".

      Vendo e observando tantas imagens das águas tomando conta das casas, ruas e cidades, a memória nos traz a lembrança dos tempos de infância quando também víamos rios que transbordavam e, as enchentes provocavam tragédias arrastando casas, levando animais e causando enormes transtornos para milhares de pessoas. Infelizmente essas calamidades, verdadeiros pesadelos, continuam fazendo parte da história da humanidade. 

     Em meio a imagens e relatos que acompanhamos pelos meios de comunicação, acreditamos que esses devem ser momentos para se deixar de lado o sensacionalismo e se deve promover a solidariedade e caridade, para  ameninar a dor e sofrimento das pessoas atingidas por esse tipo de tragédia. Não esquecendo que será pela nossa ajuda e solidariedade que elas poderão reconstruir o que perderam.

     Não podemos continuar admitindo que em nosso meio exista a prática do sensacionalismo e que se tire proveito da desgraça alheia; aliás, muitos famosos meios de comunicação do Brasil, sabem fazer bem isso. Infelizmente vivemos na sociedade individualista, pouco preocupada com as catástrofes alheias. Também convivemos com aquelas pessoas que apenas sabem se lamentar; para elas nada está bom; se ganham dez, querem vinte e, sempre insatisfeitas, tornam-se criaturas amargas. Portanto, diante tragédias e de tanta barbaridade que assola nosso país e nesse momento, o Estado de Santa Catarina, deveríamos fazer uma reflexão a respeito de qual o sentido que damos para nossa existência! Será que já nos perguntamos o que estamos fazendo neste mundo? Não devemos esquecer que nossa passagem é curta, deveríamos erguer a cabeça e, perceber que podemos praticar o bem e, fazer com vontade a parte que nos cabe.  

     A tragédia catarinense e as tragédias que assolam o Brasil e o mundo a cada dia, sempre deixam traumas; mas com elas também vamos aprendendo a valorizar as coisas simples da vida, como a nossa família. É preciso acreditar mais solidariedade, agir mais e ser menos apegados aos bens materiais.

     Que Deus nos ajude a sermos menos mesquinhos, que possamos esquecer de nossos problemas e dificuldades e, que o espírito do natal toque nosso coração para ajudar quem precisa. O importante é não ficar com os braços cruzados.

       Senhor Nosso Deus, dai forças aos que são atingidos por catástrofe; que não entrem em desespero e que acima de tudo, libertem-se dos traumas que os fenômenos naturais deixam em suas mentes e corações. Amém.