O movimento surrealista obteve precursores em um grupo “proto- surrealista” designado pela palavra Dada que se constitui como um movimento de contraponto de negação aos elementos formalistas e canônicos da estética vigente. Contudo esse discurso do Dada fora explanada por mim anteriormente.

Exemplificando do que foram expostos os dadaístas tomou corpo de uma insurreição contra tudo que era convencional e maçante nas artes, e contraponto que os surrealistas não se baseavam em um sistema literal e tampouco crítico.

Entretanto não se deve, portanto assumir uma posição rígida, pois após cerca de três anos (1918) de atividade escreveu-se um manifesto pelo seu autor Tristan Tzara, mas este, contudo não pretendeu fundamentar teoricamente seu “movimento”.

Na literatura o surrealismo é descrito sob duas vertentes; no seu sentido filosófico amplo como um dos polos mais relevantes para os quais a arte e o pensamento sempre foram atraídos e, especifico, como a ideologia de um grupo organizado de escritores e artistas.

Num ato reflexivo é a esse grupo ao qual me refiro que se deve a palavra surrealismo e o reconhecimento de suas primeiras manifestações.

Exemplifico o que foi exposto com tal relevância que a literatura surrealista representa um importante constituinte do sentimento humano, um amor pelo mundo dos sonhos e fantasias.

Do exposto é obvio há dualidade do racional e irracional e, portanto esse mundo acima exposto constitui em sua essência de mais irreversível o irracional.

O justificar que este mundo ao qual me refiro depende da inspiração e não das regras é dar julgo ao valor ao livre jogo da imaginação individual do que propriamente a codificação dos ideais da sociedade ou da história.

E, portanto o elemento livre da fantasia de Goya, Hieronymous Bosch, Salvator Rosa, por exemplo, é apenas parte um conceito total que é basicamente racional.

Por que justificar racional?... Pois a classe do motivo escolhido pelo artista e seu modo de visualizá-lo depende da tradição e se convergem aos de alguns artistas contemporâneos. 

Em contraponto, o grupo do surrealismo do século xx, revolucionou a arte de modo que os motivos representados nos espaços pictóricos e a coerência estilística do próprio quadro passaram a não ser convencional ou mesmo fantástico.

Embasada em uma vasta literatura surrealista bem como da teoria grande parte da qual se baseia nos métodos e descobertas da psicanálise.

Ressalvo que a estrutura e atitude desse grupo eram diferenciadas ao dos dadaístas, pois se identificava como um grupo fechado, fiel e doutrinário e, sobretudo, dominado, pelas ideias de Breton e motivado por ideias novas e estimulantes oriundas de sua interpretação das experiências de Freud.

Em observância ao que fora exposto, o movimento surrealista embasa suas origens ideológicas nos métodos de Freud que proporcionou ao artista um modelo para suas próprias investigações. O qual revela uma nova ideia de mundo a partir de imagens fantásticas do subconsciente.

Não obstante não quero aqui reproduzir simploriamente os fatos literais e tampouco assumir posturas totalmente rígidas acerca da vasta literatura cujo objeto de estudo trato nesta dissertação. Mas apenas explanar opiniões subjetivas dos desafios que aqui encontrei.

E, portanto considerar como um movimento de automatismo “psíquico puro” contradiz o argumento acima explanado: “O movimento surrealista embasa suas origens ideológicas nos métodos de Freud que proporcionou ao artista um modelo para suas próprias investigações. O qual revela uma nova ideia de mundo a partir de imagens fantásticas do subconsciente”.

Esbarraria em uma dubiedade reflexiva como pode imagens fantásticas do subconsciente se a aplicabilidade da teorização é concebida como registro psíquico em consequência a sua representação na materialidade.

Esse fato me remete a teoria da empatia cujo qual exprime um estado de sentimentos do “traço de união entre exterior e interior” onde orienta o sujeito para uma forma exteriorizada que o reflete.

Portanto, o que torna secundário a leitura que esta teoria representa e apresenta e, não obstante, tais definições de empatia exerce valorização acerca das posturas e atitudes dos artistas em relação à realidade.

O que torna pertinente na disposição para a forma que se manifesta sobre criação de imagens imageticamente expressivas e unificadas pelo sentimento, pois se remontarmos a vasta literatura existente sobre a teoria supracitada. Ao qual atribui aos objetos a propriedade de agirem sobre as nossas reações psicofísicas.