No início, logo quando os portugueses chegaram América, a economia trabalhista era baseada na troca (escambo) em um primeiro momento havia um certo acordo, prevalecendo sempre o português, mas não deixando de haver acordo. Conforme o tempo vai passando, o índio vai percebendo que a exploração desnecessária dos portugueses não é nada bom.

Diante dessa situação muitos Índios começaram a se negar ao escambo, outros a fugir, e muitos à serem iludidos a irem viver em Portugal.. Muitos deles mal sobreviviam a viagem, e enquanto os que ficavam eram escravizados. Mesmo sendo escravizados, os que ficavam ainda eram poucos, e diante de tantas revoltas a mortalidade dos Índios era muito grande. Nesse período surge a oportunidade dos portugueses de comprar africanos que foram escravizados em troca de cachaça, fumo, açúcar e etc. E com um "certo apoio" da Igreja, esse "comércio" cresce, e passa a dar muito lucro, tanto para o senhor de engenho quanto para o traficante de africanos escravizados. E por volta de 300 anos foi que o sistema trabalhista na América portuguesa era totalmente escravagista, situação em que o escravizado sustentava seu senhor, era mau tratado, não era respeitado como ser humano, e toda a economia dependia de sua força de trabalho.

No aspecto religioso temos muita diversidade, pois além de muita informação dos Jesuítas, grupo Católico ao qual foi dada a missão de combater o crescimento protestante, nós temos em seguida os Cristãos novos, eram grupos de judeus convertidos pela igreja católica ao cristianismo a força, eles se concentravam em Pernambuco e Maranhão, muitas vezes exercitando suas praticas judaicas às escondidas da Igreja, pois estavam sob a inquisição. Já no século XVII Temos a migração judaica para o Recife, durante a invasão holandesa, defendida pelo Príncipe Maurício de Nassau trazendo uma liberdade religiosa para os judeus. Muitos dos africanos escravizados, já eram catequizados, mas não podiam frequentar igrejas onde os "brancos" já frequentavam, diante disso, os mesmos organizavam as irmandades, onde todos se viam e tratavam como irmãos, praticavam caridades, ajuda aos enfermos e todo tipo de auxílio ao próximo, e não deixavam de aceitar "brancos" em seus encontros.

Por volta do século XVI o movimento protestante calvinista, lutou mas acabou sendo derrotado na Colônia, se instalou no Rio de Janeiro e posteriormente no Maranhão, mas em seguida foi derrotado na guerra pelo governador Mem de Sá.

Com tanta diversidade, a maioria dos africanos, praticavam a religião de seus ancestrais, trazida da África, dentre as principais temos o Calundús e o Candomblé, o Calundú originado da parte centro-ocidental da África baseava-se no uso de ervas e a pratica do curandeirismo, já o Candomblé baseado num politeísmo de orixás(deuses ou santos) era praticado em terreiros, e sempre com o acompanhamento de um "sacerdote" ou pai/mãe de santo, e tem seu ápice em meio a possessões, onde a divindade se comunica com o membro. E não menos importante, mas finalizando nós observamos o movimento "Santidade Indígena" , os indígenas já tinham sua religiosidade muito aguçada, mas logo após a obrigada catequização dos jesuítas, ela aos poucos foi se desaparecendo dentre tantas culturas, mas a seita da divindade indígena reuniu inúmeras regiões , comandada pelo Pajé de nome Antonio, era uma religião que unia a doutrina Cristã com as práticas indígenas de seus ancestrais, um forte movimento que praticava profecias em que todos eles dominariam os portugueses, mas que com muitas revoltas e expedições militares acabou por ser extinguido.

Felipe D'Ávila