O presente trabalho objetiva conceituar transposição didática, contextualização e interdisciplinaridade e analisar a importância das suas aplicações na prática docente. Para tal utilizaremos como recursos o artigo científico de base: “Transposição Didática, Interdisciplinaridade e Contextualização” de Guiomar Namo Mello, e os artigos científicos complementares “A Transposição Didática: a passagem do saber científico para o saber escolar” de Lurdes de Fátima Polidoro e Robson Stigar e por fim “Interdisciplinaridade: Origem, Conceito e Valor” de Clarissa Corrêa Fortes

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho objetiva conceituar transposição didática, contextualização e interdisciplinaridade e analisar a importância das suas aplicações na prática docente. Para tal utilizaremos como recursos o artigo científico de base: “Transposição Didática, Interdisciplinaridade e Contextualização” de Guiomar Namo Mello, e os artigos científicos complementares “A Transposição Didática: a passagem do saber científico para o saber escolar” de Lurdes de Fátima Polidoro e Robson Stigar e por fim “Interdisciplinaridade: Origem, Conceito e Valor” de Clarissa Corrêa Fortes. A realização deste trabalho nos possibilita compreender que a Transposição didática é a transformação do conhecimento em conhecimento escolar a ser ensinado e que a Contextualização consiste numa estratégia para a construção de significações trazendo importância ao cotidiano do aluno, e a Interdisciplinaridade utiliza conhecimentos de várias disciplinas para a compreensão de uma situação problema. Assim para Fortes “A interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de interação real das disciplinas no interior de mesmo projeto de pesquisa.” (FORTES p. 7 apud JAPIASSU 1976, p.74). Desta forma, a transposição didática, contextualização e a interdisciplinaridade são três partes inseparáveis que transformam o conhecimento a ser ensinado para o aluno. Além disso, o professor exerce a função de transmitir o saber de forma clara e objetiva, trabalhando com práticas de ensino - aprendizagem que possibilite desenvolver o aluno critico.

Devido à agilidade da informação, do conhecimento e do saber, a escola tem apresentado obstáculos para acompanhar esta dinamicidade, sendo necessário encontrar meios para que a mesma “não fique alheia á realidade científica circundante”. Em presença desta necessidade surge a Transposição Didática, “que é um instrumento pelo qual analisamos o movimento do saber sábio, para o saber a ensinar e, por este, ao saber ensinado”. O didata francês, Yves Chevallard conceitua Transposição Didática, como a produção do objeto de ensino em objeto de saber escolar, não constituindo somente uma mudança de lugar, mas um processo de transformação, onde é explícita a diferença entre saber acadêmico e o saber escolar onde o professor e o aluno devem repensar os mecanismos utilizados. Como afirma Chevallard estas modificações ocorrem tanto na fase externa, “plano do currículo formal e dos livros didáticos, quanto na interna, no decorrer do currículo em ação, em sala de aula”, diante deste processo de transformação observam-se várias problemáticas, onde há distinção entre os elementos do conhecimento produzido e o aprendido. O material didático é visto como um dos instrumentos de Transposição Didática no processo de construção do saber e aprendizagem, mas não devem ser o único a ser utilizado, mas ser repensado, diante da demanda da realidade social e científica da atualidade. A autora critica a transmissão do Ensino Religioso, sendo este fundamentado no conhecimento produzido pelos “sábios” e aceito por unanimidade pelo corpo científico.