Trabalho e Educação seu impacto nas instituições Sociais
Por Bernardo Alfeu Uachisso | 18/01/2024 | EducaçãoTrabalho e Educação seu impacto nas instituições Sociais
Algébrico Salomão Machaque
Crimilda João Matavele
Félix Filipe Mavie
Júlia Eugénio Bila
Zelia Alberto Buquê
Bernardo Alfeu Uachisso
INTRODUÇÃO
O Trabalho e Educação caracteriza-se como um fórum de discussão sobre as relações entre o mundo trabalho e a educação, enfocando temáticas como: trabalho na sua dimensão ontológica e nas suas formas históricas de trabalho escravo e trabalho alienado sob o capitalismo, formação profissional e educação nos movimentos sociais. Neste artigo veremos que as transformações ocorridas no mundo do trabalho, a partir de novas formas do homem organizar a produção de sua existência, tem um impacto direto nas instituições sociais, principalmente na família e na escola. Na educação formal, educadores e educandos vivem diretamente os resultados, geralmente conflituosos, da implantação de políticas educacionais formuladas de acordo com as novas demandas criadas pelas mudanças no mundo do trabalho. Ainda neste artigo veremos os conceitos de trabalho e as concepções estabelecidas entre trabalho e educação em diferentes tempos e sociedades, no intuito de entender os valores que permeiam tais ralações. Este estudo permitirá compreender, através de um embasamento bibliográfico, as várias maneiras como o homem vem organizando, no decorrer do processo histórico, os modos de produzir sua existência, que tem se modificado de acordo com as necessidades e interesses de uma classe dominante.
PERCEPÇÕES RELATIVAS A TRABALHO E EDUCAÇÃO
Ao desenvolver nosso trabalho cotidiano como educadores, fazemos constantemente referências a concepção trabalho-educação e percebemos a importância que o educando dispensa a referida concepção, devido o tema fazer relação direta com seus anseios e projetos. Sentimos nos dizeres e comportamentos dos alunos, através de suas experiências vividas no mundo do trabalho, somadas as que seus próprios familiares vivem, diferentes concepções na relação trabalho-educação.
Trabalho e educação são actividades especificamente humanas, inexistem fora do que concebemos como humanidade. O homem se humaniza através do trabalho. Ao transformar a natureza, na tentativa de suprir suas necessidades, o homem produz sua própria maneira de ser, de existir, sua essência. Agindo sobre o meio natural, trabalhando-educando, construindo e transmitindo o conhecimento necessário à existência, está se humanizando, ou seja, se fazendo diferente dos outros animais. Ao agir de forma consciente, segundo o marxismo, no ato de criar e recriar-se pelo trabalho, o homem também humaniza a natureza. Assim ao trabalhar está se educando, numa contínua condição histórica, de forma que sua essência é construída continuamente pelo trabalho e transmitida através das gerações, no ato de educar-se. Desta forma o homem não nasce homem, ele se faz pelo trabalho.
Fundamentos histórico-ontológicos da relação trabalho-educação
Trabalho e educação são actividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que lhe permitem realizar as ações de trabalhar e de educar? Ou o que é que está inscrito no ser do homem que lhe possibilita trabalhar e educar?
Perguntas desse tipo pressupõem que o homem esteja previamente constituído como ser possuindo propriedades que lhe permitem trabalhar e educar. Pressupõe-se, portanto, uma definição de homem que indique em que ele consiste, isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a educação como atributos do homem. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do homem, ou acidentais.
Na definição de homem mais difundida (animal racional), o atributo essencial é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela diferença específica. Conseqüentemente, sendo o homem definido pela racionalidade, é esta que assume o caráter de atributo essencial do ser humano.
CONCEITO DE TRABALHO
Trabalho é compreendido como atividade profissional, remunerada ou não, produtiva ou criativa, exercida para determinado fim. É um conjunto de atividades realizadas, por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. Ou trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos com o objetivo de atingir uma meta. Pode ser abordado de diversas maneiras e com enfoque em várias áreas, como na economia, na física, na filosofia, na história.
Para Marx, na segunda metade do século XIX, o trabalho era entendido como um instrumento de humanização dos indivíduos. Entretanto, no modo de produção capitalista o trabalho torna-se trabalho alienado e o ser humano torna-se coisa, um análogo às máquinas e ferramentas para a produção.
DO TRABALHO ARTESANAL AO ASSALARIADO
Com o advento do renascimento urbano e comercial pelo qual a Europa vai passar a partir dos séculos XII e XIII, intensifica o uso da moeda e muitos artesãos que viviam em suas aldeias, produzindo até então para a sua família e tendo o sustento complementando pelo trabalho agrícola, passam a ter a opção de 11 sobreviver do seu próprio trabalho na área urbana. Assim a produção que era de caráter doméstico, passa a atender o mercado em expansão. Nesta etapa, utilizando a mão-de-obra familiar, não havia ainda, a divisão do trabalho, nem a separação entre capital e trabalho. O crescimento das cidades, com a intensificação do êxodo rural, conseqüentemente faz aumentar a demanda comercial e o número de artesãos e de aprendizes de artesãos, os quais passam a receber um pagamento pelo trabalho, em alimento ou em dinheiro.
A emergência histórica da separação entre trabalho e educação
O desenvolvimento da produção conduziu à divisão do trabalho e, daí, à apropriação privada da terra, provocando a ruptura da unidade vigente nas comunidades primitivas. A apropriação privada da terra, então o principal meio de produção, gerou a divisão dos homens em classes. Configuram-se, em conseqüência, duas classes sociais fundamentais: a classe dos proprietários e a dos não-proprietários.
Com efeito, como já se esclareceu, é o trabalho que define a essência humana. Isso significa que não é possível ao homem viver sem trabalhar. Já que o homem não tem sua existência garantida pela natureza, sem agir sobre ela, transformando-a e adequando-a às suas necessidades, o homem perece. Mas o controle privado da terra onde os homens vivem coletivamente tornou possível aos proprietários viver do trabalho alheio; do trabalho dos não-proprietários que passaram a ter a obrigação de, com o seu trabalho, manterem-se a si mesmos e ao dono da terra, convertido em seu senhor. A partir do escravismo antigo passaremos a ter duas modalidades distintas e separadas de educação: uma para a classe proprietária, identificada como a educação dos homens livres, e outra para a classe não-proprietária, identificada como a educação dos escravos e serviçais.
A primeira modalidade de educação deu origem à escola. A palavra escola deriva do grego e significa, etimologicamente, o lugar do ócio, tempo livre. Era, pois, o lugar para onde iam os que dispunham de tempo livre. Pela sua especificidade, essa nova forma de educação passou a ser identificada com a educação propriamente dita, perpetrando-se a separação entre educação e trabalho.
Educação
Desde a época de Platão, o termo educação foi centro dos debates. Para ele era dar ao corpo e a alma toda beleza e perfeição que fosse possível. Émile Durkheim a considerava a preparação para a vida. Para Pestalozzi, a educação do ser humano deve responder às necessidades de seu destino e às leis de sua natureza. Para José Martí, é depositar em cada homem toda a obra da humanidade vivida, é preparar o ser humano para a vida.
Educação é o acto de educar, de instruir, é polidez, disciplinamento. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte.
Segundo Libânio (2002, p. 26), educação é um fenómeno plurifacetado, ocorrendo em muitos lugares, institucionalizado ou não, sob várias modalidades. O autor identifica a prática pedagógica em seus variados meios de ocorrência.
Para Paulo Freire (2003, p.10), a educação, “Como processo de conhecimento, formação política, manifestação ética, procura da boniteza, capacitação científica e técnica, é prática indispensável aos seres humanos e deles específica na História como movimento, como luta.”
A importância da educação no ambiente de trabalho
Cada vez mais, os pais têm se preocupado com a formação técnica de seus filhos e acabam esquecendo de ensiná-los sobre os comportamentos e atitudes adequados para cada situação. O resultado é que, na vida adulta, esses jovens profissionais acabam deixando de lado a preocupação com um hábito tão importante quanto o conhecimento: a gentileza. Atualmente, com a correria e o estresse do dia a dia, pequenas atitudes como cumprimentar as pessoas ao chegar e sair, agradecer, falar baixo, entre outras, são muitas vezes esquecidas dentro das empresas.
Entender e seguir o protocolo profissional é fundamental para uma boa convivência e uma boa imagem. Cada ambiente tem suas regras próprias, mas algumas são gerais, independente da cultura: apresentar-se quando chegar a um novo ambiente; informar à recepcionista seu nome, empresa e a quem procura; pedir licença de uma reunião para atender uma ligação importante e sair da sala para fazê-lo; ser receptivo a um pedido de favor de um colega de trabalho, são apenas alguns dos cuidados que devemos tomar no nosso dia-a-dia.
Além disso, procure manter o celular no silencioso durante todo o expediente para evitar incomodar os colegas. E fique atento aos toques escolhidos, pois eles também podem manchar sua imagem. Tenha sempre em mente: pessoas educadas, via de regra, se destacam. Não porque são cheias de dedos ou fricotes, mas porque são mais agradáveis e fáceis de conviver. O artigo permitiu demonstrar, através de uma análise sobre o modo como o homem organiza e concretiza a produção se sua existência no decorrer do processo histórico, alguns sentidos estabelecidos à concepção trabalho-educação, no intuito de entender um pouco melhor os valores que permeiam esta relação no contexto atual.
RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO
Desde a extemporaneidade, a humanidade já buscava, no trabalho, alternativas para satisfazer as suas necessidades básicas, mas com um certo equilíbrio. Com o passar dos anos, as relações sociais tornaram-se mais complexas, tornando as suas relações de trabalho também complexas, proporcionalmente. Na contemporaneidade há uma certa deseducação em relação ao homem e a natureza, tendo em vista, a fomentação ou a imensurável ganância pelo enriquecimento rápido. O homem está indo além dos seus limites destruindo-a e ele mesmo. Entende-se que o trabalho está sendo considerado desumano, imoral e responsável pelas consequências da exclusão social.
De certa forma, o trabalho deve dignificar o homem, refletindo nele a sua própria identidade, como ser criador, transformador e organizador da sociedade a que pertence. O trabalho é a característica que o diferencia dos outros seres, condicionando o seu próprio modo de vida e desenvolvendo-o de acordo às suas relações com a sociedade na qual está inserido. No mundo capitalista é diferente, porque o trabalho do homem não é visto como algo que satisfaz suas carências, mas como fonte acumulativa de riquezas, trazendo, como consequências, a transformação negativa da natureza e a degeneração ambiental. Para tanto, criaram máquinas sofisticadas que substituíram os trabalhos manuais, com alta produção e em curto espaço de tempo.
A educação tem um papel muito importante no que diz respeito ao mercado de trabalho, independentemente, de cursos profissionalizantes ou não. Ela ajuda a manter as pessoas empregadas, além de possibilitar a facilitação do emprego. Em nosso país o setor educacional também passou por essas transformações, quando buscou-se o ensino técnico para a qualificação do trabalho, excluindo, de certa forma, milhares de trabalhadores que, na ótica empresarial, não estão preparados à produzir qualitativa e quantitativamente
Enquanto isso, os considerados desqualificados prestam os seus duros, porém importantes, serviços recebendo apenas o mínimo para a manutenção da própria sobrevivência. As relações de trabalho estão, cada vez mais, abrangentes e os trabalhadores desmascarando seus medos e unindo forças através dos Sindicatos ou Associações para defender os seus direitos. O crescimento tecnológico também tem avançado assustadoramente em todos os setores e em todos os recantos do planeta, modificando o dia-a-dia das pessoas em busca de uma produção rápida e qualitativa.
A EDUCAÇÃO COMO PILAR BÁSICO
O sistema educacional tem apresentado uma infinidade de estratégias para a melhoria do seu currículo, por acreditar que a educação é um dos pilares que pode oferecer condições seguras para a mudança social ascendente, porém é necessário que esse currículo não fique restrito a professores, mas que, segundo MOREIRA e CANDAU, seja entendido como um conjunto de ações pedagógicas com intenções educativas, ou seja, é dever de todos aqueles que almejam e buscam uma sociedade desmascarada e alerta.
É preciso, ainda, entender que o processo ensino-aprendizagem, não se limite ao repasse de conteúdos a serem ensinados e aprendidos, tampouco a memorização por parte do aluno, pois tudo que é repetição é cansativo e desgastante, mas um conjunto de atitudes que contribuam na construção de saberes. Tanto o professor quanto o aluno devem estar envolvidos no processo, continuamente, questionando, refletindo, desenvolvendo capacidades cognitivas, relacionando conhecimentos e utilizando-os na construção de atitudes e valores.
Para se ter uma educação de qualidade e contribuir coma boa formação do cidadão, capaz de transformar a sociedade, positivamente, é preciso desapegar dos livros sem, no entanto, ignorá-los, vestir-se humildemente e admitir que ser professor não é ser dono da verdade, o sabe tudo, mas um mediador de ideias e um viabilizador da construção de conhecimentos. É preciso fazer menção à integração dos educandos em sala de aula, conservando a criatividade, a participação e a democracia de concepções. O sucesso do ensino-aprendizagem aparece a partir da troca de experiências, vinculadas ao currículo, onde cada um expõe a sua concepção através do diálogo, do debate etc.
A EDUCAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA
As leis da educação mencionam, explicitamente, que a formação do indivíduo faz-se necessário para o exercício da cidadania. De modo, que não há outro caminho, senão o da educação, para que se adquira conhecimentos necessários ao cumprimento dos deveres e o requerimento dos devidos direitos, previstos constitucionalissimamente. O desmascaramento, o senso crítico, o poder de decisão e produção, são resultados de uma educação consciente que busca a construção da legítima cidadania. Mas, afinal, qual é a importância da cidadania e como deve ser exercida pelos indivíduos? A cidadania é imprescindível em meio a sociedade, e a pessoa que a cumpre, está em plena posse dos seus direitos civis e políticos, previstos na Constituição, para com o estado livre e sujeita aos deveres que lhes são incumbidos. Sendo assim, entende-se que ser cidadão implica no exercício livre dos direitos e deveres de modo que sempre prevaleça o bem comum.
Por sua vez, as leis representam uma gama de normas e regras sociais a serem cumpridas, com intenções de oferecerem aos cidadãos uma vida mais agradável e, excepcionalmente, produtiva uns com os outros, ou seja, elas são, analogicamente, um conjunto de andaimes que suporta e enquadra as maneiras de realizar algo dentro da sociedade. Contudo, descumprir com a cidadania na escala social é, ao mesmo tempo, descumprir com as leis que lhe dão autenticidade. Aliás, esse déficit já é realidade em quase todos os povos e nações, com exceção a requerimentos dos direitos que não deixam de ser realizados.
No entanto, cabe a educação possibilitar, cientificamente, a construção da verdadeira cidadania que será indispensável ao indivíduo para viver, decentemente, na sociedade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, rege, em nível mundial, a respeito da efetivação e cumprimento. Há necessidade de se caminhar para uma cidadania multicultural planetária, construindo relações humanas baseadas na convivência emancipatória, amorosa, sensível e criativa, fortalecendo a cidadania, a democracia e o carácter público da educação. (Carta do Porto, Instituto Paulo Freire, 2004)
EDUCAÇÃO DEVER DA FAMÍLIA
A família é o primeiro espaço onde deve ser principiada a construção da educação para a cidadania, tendo em vista, ser ela a matriz da socialização na vida dos indivíduos. No entanto, ela está incumbida de uma das tarefas mais importantes na vida dos seus filhos, que é o de apregoar os princípios da socialização, da honestidade, do respeito e da tolerância, dentro das normas legítimas previstas nas leis.
E por ser o alicerce, a base da construção educativa, a família deve proporcionar aos seus filhos, de modo sistemático e afetivo, trampolins que possibilitem os seus desenvolvimentos cognitivos e culturais. Logicamente, não se poderia construir cidadania se não se considerasse, a priori, a educação, que não deixa de ser papel berçal e exclusivo da família que tem sonhos e que cumpre com as suas obrigações com responsabilidade e com muito amor, apostando em elementos que serão importantes à vida em comum.
EDUCAÇÃO TRABALHO E CIDADANIA
É absolutamente correto afirmar que nem sempre a educação vem atender as exigências emancipadoras dos indivíduos, uma vez que a pedagogia tecnicista é gerada em torno da profissão e da produtividade e jamais se preocupou com a marginalidade e com a abolição da ignorância e com o cumprimento do exercício da cidadania.
O ensino técnico tem objetivos específicos voltados à formação de recursos humanos com almejos na empregabilidade e na produção tecnológica. O desemprego, na maioria das vezes, é consequência do despreparo ao mercado de trabalho, pois uma empresa dispensa o interesse de contratar indivíduos que não possuem habilidades para a acelerada produtividade esperada no mercado.
A educação está contribuindo para superar o problema da marginalidade na medida que formar indivíduos eficientes, portanto, capazes de darem sua parcela de contribuição para o aumento da produtividade da sociedade. (SAVIANNI, 1995, P. 25)
No entanto, é necessário que as instituições educacionais reflitam e ajam com novas ações, visando a transformação da globalização em um processo igualitário em todas as esferas culturais, sociais e políticas. É inadmissível que a educação tenha, como papel principal, a formação de seres humanos como objetos aptos ao mercado de trabalho, quando a sua verdadeira tarefa é formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de produzir, ou seja, a sua incumbência, como compromisso social, é a de libertar e não alienar. A educação vem, ao longo dos anos, passando por várias transformações as quais, nem sempre, significam progresso, uma vez que certas inovações não atendem os almejos de uma sociedade justa, como dizia Paulo Freire, (1987, p. 158): “Se todo desenvolvimento é transformação, nem toda transformação é desenvolvimento”.
CONCLUSÃO
O artigo permitiu demonstrar, através de uma análise sobre o modo como o homem organiza e concretiza a produção se sua existência no decorrer do processo histórico, alguns sentidos estabelecidos à concepção trabalho-educação, no intuito de entender um pouco melhor os valores que permeiam esta relação no contexto atual. A partir desta concepção, vimos que, a necessidade de formação, segue as necessidades da produção. Para entender a gênese dos projetos políticos pedagógicos, com suas diretrizes, necessitamos entender como estas novas necessidades surgem a medida que muda o processo de produção, implantando uma nova concepção de mundo.
No contexto educacional, de um lado vimos, uma concepção salvacionista , a empregabilidade: a qual, habilita, para o mundo do trabalho, dissimulando, a garantia de inclusão . Refletindo no interesse do educando. De outro, a descrença: de que a aquisição de conhecimentos possa levar a superação da condição de excluído. Refletindo no desinteresse e em comportamentos indesejáveis dos educando. Para concluir, vimos que é necessário entender melhor a maneira como o homem organiza a produção de sua existência, sua forma de pensar e de ser.
REFERÊNCIAS
DUARTE, Newton. Educação escolar, teoria do cotidiano e a Escola de Vigotski. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 1999.
FERGUSON, Marilyn. A conspiração aquariana. 7. Ed. Rio de Janeiro: Record, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
TIBA, Içami. Professor, médico psiquiatra; Quem Ama Educa. Ed. Gente, 160ª – ed. 2004.
REVISTA, Faz Ciência, 08,01 (2006) pp. 291-306 UNIDOESTE ISSN 1677-0439.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 5. ed. Campinas: Autores Associados, 1995.
ALVES, Giovane. Reestruturação produtiva, novas qualificações e empregabilidade. Disponível