TRABALHANDO COM AS DIFERENÇAS FÍSICAS E MENTAIS NAS ESCOLAS

Por Maria Gorete ALVES TELES | 17/12/2024 | Educação

UCAM-UNIVERSIDADE CAMPOS MENDES

MARIA GORETE ALVES TELES

 

 

 

 

 

 

TRABALHANDO COM AS DIFERENÇAS FÍSICAS E MENTAIS NAS ESCOLAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VERA/MT

2015

UCAM-UNIVERSIDADE CAMPOS MENDES

MARIA GORETE ALVES TELES

 

 

 

 

TRABALHANDO COM AS DIFERENÇAS FÍSICAS E MENTAIS NAS ESCOLAS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Educação Inclusiva Especial e Políticas de Inclusão

                                                                                           Aluna: Maria Gorete Alves Teles.

                                                                                           Formação acadêmica: Licenciatura em História

 

 

 

 

 

 


 

VERA/MT

2015

TRABALHANDO COM AS DIFERENÇAS FÍSICAS E MENTAIS NAS ESCOLAS

MARIA GORETE ALVES TELES

 

RESUMO

 

Muito se fala em inclusão social, escolar, de qual forma se resolveria esse dilema, quem são os responsáveis, a quem cabe a responsabilidade de dar apoio aos portadores de algum tipo de deficiência. Este artigo tem como mostra um pouco sobre a realidade que os portadores de algum tipo de deficiência vivem, relatando que a escola é o lugar ideal para promover o rompimento das correntes, onde o preconceito é passado de pai para filho. Também destaca sobre a falta de equipamentos adequados para que essas pessoas possam ter acesso aos lugares públicos, como anda o preparo dos professores em relação a poderem estar trabalhando com os alunos especiais. Tudo o que foi debatido neste artigo teve como referências os seguintes autores: AUSUBEL (1968), ROGERS (1988), SÁ (2002), MOTA (2002), SOARES (1989), ZOÍA (2006), BRASIL (1977), ANACHE (1994), MAZZOTTA (1996), FIGUEIREDO (2009).

 

Palavras chaves: inclusão, Educação Especial, escola.

 

INTRODUÇÃO

              O assunto discutido neste artigo está relacionado com inclusão escolar no Brasil, de que forma ocorre, relata também sobre a situação dos professores, a falta de treinamento, a falta de material didático para receber esses alunos especiais.

              Está pesquisa tem o intuito de mostrar um pouco sobre a realidade de pessoas que sofrem porque são diferentes das outras pessoas consideradas normais. Afinal tudo o que é diferente assusta, mas os indivíduos portadores de algum tipo de deficiência precisam ser respeitados, e, ter um espaço na sociedade.

              A inclusão é algo que está na moda se tornando algo do interesse de todos, órgão públicos e privados, mostrando uma preocupação em inserir essas pessoas no convívio com outras pessoas. Mesmo assim ainda existem alguns que se recusam a aceitar a conviverem com portadores de deficiência, seja ela pequena ou mais grave. A partir do momento em que a sociedade sentir a presença desses indivíduos perceberão que são pessoas agradáveis e sinceras.

Figueiredo (2009, p.121), afirma que a Educação Infantil é a porta de entrada pra inclusão escolar, sendo “este nível de ensino marcado pelo desenvolvimento das aquisições lingüísticas, atitudinais, afetivas, sociais e psicomotoras, em que as crianças interagem com muito mais liberdade”.

 

              Partindo desses fatos, os motivos que levaram a elaboração deste artigo, são os seguintes:

·       Mostrar que é possível conviver com pessoas diferentes;

·       Destacar a importância que o portador de alguma deficiência tem em ter um pouco de autonomia;

·       Levantar questões sobre as escolas brasileiras, se elas estão aptas a receberem essa nova clientela.

Dentro desse contexto fica explicito de que a escola não é a única responsável pela promoção da inclusão, precisando ter apoio das famílias dessas crianças, da comunidade escolar e da sociedade em geral.

A escolha do tema a ser desenvolvido neste artigo teve como referências autores como: AUSUBEL (1968), ROGERS (1988), SÁ (2002), MOTA (2002), SOARES (1989), ZOÍA (2006), BRASIL (1977), ANACHE (1994), MAZZOTTA (1996), FIGUEIREDO (2009). Para dar maior credibilidade para o assunto tratado na pesquisa.

 

Desenvolvimento

O tema escolhido para o desenvolvimento deste artigo esta relacionado com as diferenças entre os alunos, não aquela relacionada a cultura social, religioso ou racial, mas aquela onde envolvem as diferenças físicas e mental, quando indivíduos portadores de necessidades especiais sofrem preconceitos tanto de adultos quanto de crianças. Muitas vezes é algo que passa de pais para filhos, uma herança que não é bom. São correntes que precisam ser quebradas.

A educação ensinada nas escolas pode ser a saída para romper essas correntes. Incluindo no currículo escolar uma disciplina voltada para o assunto, tal como Educação para todos, englobando pessoas de todo tipo, não é correto ser voltado diretamente para Educação Especial, porque seria uma discriminação para quem não tem nenhuma deficiência. Já que queremos ser tratados todos iguais.

No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Instituto dos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e os Surdos Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff . (MAZZOTTA, 1996, p. 75).

 

              A sociedade sempre foi preconceituosa, desde tempos mais remotos é possível buscar fatos marcantes na História de um país ou de um povo. Na bíblia tem partes que se refere a uma pessoa com Lepra, como uma peste ou uma doença contagiosa, é verdade que ela é contagiosa. Nos dias atuais a Lepra é chamada de Hanseníase, é transmissível, mas de fácil tratamento, sendo gratuitos os medicamentos, fornecidos pelas unidades de saúde do SUS.

“O outro, o diferente, o deficiente, representa muito mais coisas. Representa consciência da própria imperfeição daquele que vê, espelham suas limitações, suas castrações. Representa também o sobrevivente, aquele que passou pela catástrofe em potencial, virtualmente suspensa sobre a vida do outro. Representa também uma ferida narcísica em cada profissional, em cada comunidade. Representa um conflito não camuflado, não explicito em cada dinâmica de inter-relações”. (ANACHE,1994, p. 123 apud AMARAL).

 

              Como foi possível observar o desconhecido sempre amedrontou o ser humano, sendo sua defesa o desprezo pelos indivíduos diferentes. Isso continua até os tempos atuais, vivemos em um mundo onde se cultiva a individualidade, cada um por si, e aqueles que são especiais são menosprezados. Deixando a maior responsabilidade para as escolas de mostrar para crianças e adolescentes especiais que eles são tão importantes quanto as outras crianças e adolescentes.

De acordo com: (BRASIL, 1977, p. 12) “[...] incentivar-se a integração desses alunos no sistema regular de ensino, sempre que possível, e sem prejuízo da qualidade do atendimento”.

[...] deve se pautar no respeito e no convívio com as diferenças, preparando os educandos para uma sociedade mais justa e solidária, contrária a todos os tipos de discriminação [...] Os professores precisam tratar das relações entre os alunos. Formar crianças para o convívio com as diferenças. (ZOÍA, 2006, p. 23).

 

              Quando se fala em inclusão social, fica a dúvida: será que realmente está sendo realizado?  Será que as pessoas estão se esforçando ao máximo para que ela realmente se concretize? Acontece que muitas vezes as próprias pessoas responsáveis por cuidar que a inclusão aconteça, acabam impondo vários empecilhos, tais como falta de rampas, apoio para as mãos, coisas simples, dificultando tudo.

A partir do momento que se formar uma parceria entre os profissionais da educação, onde cada um respeite o espaço do outro, quando aprenderem a trocar ideias. Então estarão preparados para que possam mostrar aos seus alunos que eles também precisam respeitar as diferenças e conviver com elas, abrindo um espaço para que todos participem e se sintam bem dentro do âmbito escolar.

“[...] uma pedagogia de assimilação cultural, de adoção de novos padrões linguísticos ditos cultos na excludência daqueles que marcam a identidade cultural do núcleo familiar” (MOTA, 2002, p. 7). Ou como diria Soares (1989), é dessa forma que na nossa escola, diferença vira sinônimo de deficiência.

              Quando colocado em sala de aula alunos especiais, é preciso pensar antes no preparo dos professores, além de ter na escola outros profissionais como fonoaudióloga, fisioterapeuta, que frequente ou que as crianças portadoras de necessidades especiais tenham transportes adequado para estarem se locomovendo até o local de atendimento de tais profissionais da saúde. Além de todo o suporte pedagógico que a escola precisa ter, o suporte da saúde, é preciso que a escola se prepare com o espaço físico, como rampas, banheiros adequados e corrimões.

              Todo esse despreparo em receber esses alunos especiais acaba colocando abaixo o projeto de inclusão.

Sá (2002, p. 75) reconhece que é perfeitamente viável e desejável optar-se pela criação de escolas específicas para as minorias, na medida em que isto a elas

interessem, para atender ao preceito institucional segundo o qual participar de um processo educacional é um direito ao qual devem ter acesso todas às pessoas.

 

A proposta educacional presente sugere uma aprendizagem, dentro de teorias que respeitem as mínimas condições de inclusividade e relevância com que os conteúdos possam ser trabalhados de forma significativa e motivadora (AUSUBEL, 1968; ROGERS, 1988).

              A escola sendo um lugar onde se dedica a educar pessoas tem a obrigação de elaborar projetos onde o principal tema seja o de conscientizar os seus alunos sobre o respeito que se deve ter pelo próximo, seja ele branco, preto, indígena, gordo, magro, deficiente físico, deficiente mental, ou até mesmo de outro país. É preciso mostrar a seus alunos que as diferenças são apenas detalhes que somos todos iguais. Para que a escola possa concretizar tal fato é preciso que todo o corpo docente da escola se interesse e participem, zeladora, merendeiras, vigias, secretárias, direção, coordenação e professores, todos devem contribuir. Mas a responsabilidade maior é do professor, já que ele tem um contato maior com os alunos.

 

CONCLUSÃO

O tema tratado nesta pesquisa pode não ser algo inusitado, mas é algo que precisa sempre ser lembrado e debatido, portanto tem uma importância relevante para ser sempre lembrado e sempre que possível, ser levado a público.

Esta pesquisa teve os seus objetivos alcançados, concluindo assim que a escola pode ser o principio da inclusão de pessoas consideradas diferentes fisicamente e mental, no convívio da sociedade, podendo circular naturalmente sem se sentirem constrangidos. Tendo os mesmos direitos das outras pessoas.

A pesquisa lembra que o professor não é o único responsável por esses alunos, mas toda a comunidade escolar, não os tratando de forma diferente, mas tratando todos igualmente.

Pretende-se através deste artigo propagar para as outras pessoas que porventura venha a ter acesso a ele, levar à outros que é possível sim vivermos e convivermos com aas diferenças naturalmente e socialmente. Transformando o mundo num lugar onde todos tenham o mesmo direito de ir e vir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

ANACHE, Alexandra Ayach. O deficiente e o mercado de trabalho: concessão ou conquista?. Editora Pesquisa. 1994

 

AUSUBEL, David Paul. Educational psychology: a cognitive View. New York: Holt,

Rinehart and Winston, 1968.

 

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Geral. Centro Nacional

de Educação Especial. Plano Nacional de Educação Especial 1977/1979. Brasília:

MEC; CENESP, 1977.

 

FIGUEIREDO, R. V. A educação infantil e a inclusão escolar. Heterogeneidade, cultura e educação. Revista Brasileira de Educação, Brasília: SEE, v.15, n.1, p.121-140, jan.-abr.2009.

 

MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: História e Política Públicas- São Paulo: Cortez, 1996

 

MOTA, Kátia. A linguagem da vida, a linguagem da escola: inclusão ou exclusão? Uma

breve reflexão lingüística para não lingüistas. Educação e Contemporaneidade, Salvador,

v. 11, n. 17, p.13-26, jan./jun. 2002.

 

SÁ. Nídia Regina Lima de. Cultura, poder e educação de surdos. Manaus: Editora da

Universidade Federal do Amazonas, 2002.

 

SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1989.

 

ZOÍA, A. Todos iguais, todos desiguais. In: ALMEIDA, D. B. de (Org). Educação: diversidade e inclusão em debate. Goiânia: Descubra, 2006. p. 13-25.

 

 

 

 

 

Artigo completo: