TEXTO BASEADO NO ARTIGO “COMO SABER SE UMA NOTÍCIA É FALSA?”
AS FAKE NEWS E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO.


As notícias falsas ou fake news como são popularmente conhecidas, é uma peculiaridade do século não por nunca terem existido antes, mas infelizmente por se propagarem com mais rapidez e ganhando assim espaço crescente no mundo inteiro, seja através dos novos meios de informações, como por exemplo as redes sociais ou até mesmo pelos meios tradicionais, como jornais televisivos ou impressos. O termo contém mais de um significado, podendo ser histórias fabricadas por um meio de comunicação, histórias divulgadas por pessoas que fingem ser um meio de comunicação, notícias que contém informações incorretas ou que sejam tendenciosas. Desta maneira, fica difícil saber hoje em dia quem conta mentiras e quem fala a verdade, pois além do seu rápido poder de propagação, as fake news são bem estruturadas, revestidas de artifícios que lhes conferem aparência de verdade como diz o Professor Doutor Diogo Rais. As redes sociais no Brasil é um grande porta-voz das fake news, cerca de 12 milhões de pessoas divulgam notícias falsas, sendo seu assunto principal a política. Além disso, segundo uma pesquisa da consultoria Kantar feita com 8.000 pessoas de quatro países (Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e França), as redes sociais são o meio informativo que mais perdeu a credibilidade nos últimos tempos, a cada 100 pessoas ouvidas, 58 disseram ter menos confiança no noticiário visto em redes sociais, devido as fake news. Nos meios tradicionais, apesar de ser um pouco mais difícil as fake news também existem. O jornalismo tem como papel principal fabricar notícias tendo como base a realidade em primeiro lugar, mas alguns atuantes da área estão literalmente “fabricando” os fatos. Os jornalistas não devem produzir notícias falsas e exorbitantes, não devem corromper a notícia devido os interesses comerciais do veículo ou dos anunciantes e muito menos escrever conforme a sua própria ideologia, incluindo o vínculo político. E o que vemos hoje é o contrário, é completamente “normal” matérias emolduradas, a realidade sendo reconfigurada e realçada segundo os ideais de seus publicadores e também de seus leitores/telespectadores. Mas existem formas de mudar isso e acabar de vez com as fake news, algo que acontece no jornalismo americano e serve de exemplo para todo o mundo, é a profissionalização de uma equipe de repórteres que verifica a veracidade dos fatos antes de serem noticiados, lá a reportagem é o centro do jornalismo. O trabalho profissional de reportagem não é fácil, é uma atividade jovem, mas em seus melhores momentos provou ser um incomodo aos autocratas e uma grande base para governos democráticos e transparentes. E para ter total confiança nos provedores de notícias, existem indicativos de qualidade comprovativa, alguns deles são: Jornalistas e meios de comunicações responsáveis tem a disposição de se auto corrigir e pedir desculpas por informações equivocadas, apresentam vários pontos de vista em determinada matéria que fale sobre algo controverso, identificam suas fontes quando possível, seguem em frente com a notícia independente das consequências políticas, demostram exatidão, na apuração da veracidade dos fatos buscam evidências contrárias ao que noticiam, investigam evidências e pistas a favor e contra seu palpite, assinam as matérias e identificam a fonte das informações.


REFERÊNCIAS
SCHUDSON, Michael. Como saber se uma notícia é falsa?.
O que é "Fake News". Portal Mackenzie, São Paulo, 13 de abr. 2017. Disponível em:
.
Acesso em: 24 de nov. 2017.
‘Fake news’ alteram hábitos do público, indica pesquisa. Folha de S. Paulo, São
Paulo, 31 de out. 2017. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/10/1931635-fake-news-alteram-habitosdo-
publico-indica-pesquisa.shtml>. Acesso em: 24 de nov. 2017.
Como saber se uma notícia é falsa. G1, 03 de abr. 2017. Disponível em:
.
Acesso em: 24 de nov. 2017.