TERRA: EXÍLIO DOS REBELDES 

O presente texto estará estudando parte do Capítulo III de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (AK – 1864 – Ide), cuja instrução, atribuída a Santo Agostinho, assim discorre: 

“Que vos direi dos Mundos de Expiações que vós já não saibais, uma vez que vos basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número dos seus habitantes, indica que ela não é um Mundo Primitivo, destinado à encarnação de Espíritos apenas saídos das mãos do Criador. As qualidade inatas que trazem consigo são a prova de que já viveram, e que realizaram certo progresso; mas também, os vícios numerosos, aos quais são inclinados, são indícios de uma grande imperfeição moral; por isso, Deus os colocou numa terra ingrata para aí expiarem suas faltas pelo trabalho penoso e pelas misérias da vida, até que tenham mérito de irem para um Mundo mais feliz”. 

“Entretanto, todos os Espíritos encarnados sobre a Terra não são para aí enviados em expiação. As raças que chamais selvagens (1) são Espíritos apenas saídos da infância, e que aí estão, por assim dizer, em educação, e se desenvolvem ao contato de Espíritos mais avançados. Vêm, em seguida, as raças semi-civilizadas formadas desses mesmos Espíritos em progresso. Estão aí, de alguma sorte, as raças indígenas da Terra que cresceram, pouco a pouco, depois de longos períodos seculares, e das quais algumas puderam atingir o aperfeiçoamento intelectual (2) de povos mais esclarecidos”. 

“Os Espíritos em expiação (3) aí são, se assim se pode exprimir, estrangeiros; eles já viveram sobre outros Mundos, de onde foram excluídos em razão da sua obstinação no mal, e porque eram uma causa de perturbação para os bons; foram relegados, por um tempo, entre os Espíritos mais atrasados, e que tem por missão fazer avançar, porque trouxeram consigo sua inteligência desenvolvida e o germe dos conhecimentos adquiridos; por isso, os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes; são aquelas também para as quais as misérias da vida têm mais amargura, porque há nelas mais sensibilidade, e sentem mais o choque que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso”. 

“A Terra fornece, pois, um dos tipos de Mundos expiatórios, cujas variedades são infinitas”: 

“mas que têm por caráter comum servir de lugar de exílio aos Espíritos rebeldes à Lei de Deus”. 

“Aí esses Espíritos têm que lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e contra a inclemência da Natureza, duplo e penoso trabalho que desenvolve, a uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz reverter o próprio castigo em proveito do progresso do Espírito”. (Opus Cit.). 

Como o leitor terá notado, estive a inserir no texto em estudo, os números de um (1) a três (3) que, afinal, parecem traduzir e algo se identificar com as ideias de que o Espírito humano se desenvolve aos poucos, lentamente, da Inteligência Pré-Lógica à Concreta, e desta, à Inteligência Formal, que, por sua vez, atingirá as culminâncias de uma Super-Consciência, todas elas já tratadas em diversos textos de nossa autoria. 

E, por outro lado, devo ratificar tais raciocínios supra com o fato de que todos os Espíritos humanos em evolução psíquica, mental e espiritual, são Seres insurgentes à Lei, carregando todos eles, pois, ao íntimo de Si mesmos, uma espécie de reflexo psicológico ontogenético, ou seja, daquele mesmo ato de rebeldia verificado na Gênese do Ser em tempos primordiais, e que ainda não fora totalmente corrigido em sua interioridade psíquica ou espiritual. (Vide nosso e.Book: “Evolução: Jornadas do Espírito”). 

E, por isto, Santo Agostinho, em sua mensagem, adverte com todas as letras que a Terra: 

“Têm por caráter comum servir de lugar de exílio aos Espíritos rebeldes à Lei de Deus”. 

Ora: caráter comum é algo extensivo a todos, é caráter global, e, portanto, universal. Depreendendo-se, pois, que por toda parte da Obra Codificada no Século 19, ou seja, do Espiritismo mesmo, vemos que a ideia da Queda Espiritual dos Espíritos rebeldes à Lei é algo comum, estando, de fato, por toda parte, bastando que se tenham olhos de ver ou raciocínios o bastante para compreender. 

FINALIZO COM UM GRANDE ABRAÇO A TODOS:
Fernando Rosemberg Patrocinio
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