TEORIAS CURRICULARES: QUAIS SÃO E COMO INFLUENCIAM O CONTEXTO EDUCACIONAL

Angélica Alves do Nascimento, Edivania Marques da Silva, Shuellem Felix Viana, Suzana Bispo do Nascimento, Tailliny Burgo de Oliveira&Tatiana Gabriel da Silva Noya Menezes[1]

Prof.ª Dra. Jedida Melo& Prof.ª Dra. Edlucia Turiano[2]

Introdução

            Currículo é uma construção histórico-cultural que se modifica ao longo do tempo. Portanto, é fundamental para o professor, além do conhecimento acerca dos temas relacionados ao currículo em suas áreas de atuação, mas também as ideias expressas neste.

              Sendo assim, o conceito de currículo foi se transformando e sendo objeto de estudo, o que levou a várias abordagens da teoria curricular.

              Nessa perspectiva, podemos definir três teorias: as tradicionais, críticas e pós-críticas.

Desenvolvimento

     De acordo com algumas teorias, currículo é sempre resultado de uma seleção: de um universo mais amplo de conhecimento e saberes, seleciona-se aquele que vai compor o currículo, ou seja, uma trajetória, um caminho a ser percorrido.

                Nesta perspectiva, o currículo deveria contribuir para a total e plena construção da identidade dos alunos, entretanto de acordo com Silva(2005) este, também configura-se como resultado de um processo que reflete os interesses particulares das classes e grupos dominantes, tornando-se uma peça de reprodução e alienação de um pequeno grupo social, baseados na cultura dominante, sendo este estreitamente relacionado às estruturas econômicas e sociais mais amplas.

 O currículo deveria ser organizado pela comunidade escolar, ou seja, por todos que fazem parte do processo educacional.

                Dentro desse contexto podemos distinguir três teorias curriculares: as tradicionais, críticas e pós-críticas.

                As teorias tradicionais seguem um modelo de ensino convencional, centralizador, pautado no ensino e aprendizagem.  O currículo utilizado nessa abordagem atua de forma capitalista, reproduzindo a estrutura da sociedade.

                 Já as teorias críticas, originaram-se através de diversas críticas e movimentos iniciados nos anos 60. Esse período foi marcado por diversos movimentos no Brasil e no mundo. Esses movimentos contribuíram para a criação e reafirmação das teorias críticas.

         A teoria pós-crítica se configura por meio de uma posição, por um currículo multicultural, entendendo, respeitando e apreciando outra cultura, podendo ser diferente, baseando-se nas ideias de aceitação, prestígio e familiaridade amigável nas diversas culturas existentes.

                 As teorias pós-críticas têm um olhar desconfiado para conceitos como emancipação, libertação, autonomia, alienação, supondo uma essência subjetiva alterada que precisa ser restaurada. O poder é descentralizado. Essas teorias são subjetivas e sociais, não estão a favor de conhecimento congruente, centralizado e singular, assim como a função do modelo exercido nas escolas e instituições de ensino.

Conclusão

Portanto a problemática do currículo no Brasil, não está no que ele contempla ou deixa de contemplar, é na forma como ele está organizado e fundamentado.

Podemos dizer que temos teorias antigas para práticas modernas.

O currículo no Brasil sempre esteve voltado para a formação de mão-de-obra para suprir as necessidades das grandes empresas e não para construção de cidadãos críticos, cientes de seu papel na sociedade.

Referências

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003

SACRISTÁN, J.G; PÉREZ GÓMES, A.I. Compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: ArtMed,2000.

[1]Mestrandas em Ciências da Educação – FICS

[2]Doutoras em Educação – FICS e UEP