Teoria Keynesiana do Estado.

1883-1946.

Teoria econômica de Estado formulado por John Maynard Keynes 1883-1946, sua formulação teórica surgiu nos anos 30 diante da forte crise da economia liberal e da não proteção da sociedade produtiva, pelo liberalismo econômico.

O liberalismo econômico sempre defendeu a tese, que o mercado deveria regular o desenvolvimento produtivo pela teoria do mercado livre, que consiste na não  intervenção da economia por parte do Estado político.  

A questão do fracasso do liberalismo, no desenvolvimento da economia, o liberalismo jamais deu ao desenvolvimento a total  integração da sociedade, parte significativa da mesma sempre ficou fora do processo produtivo.

Desse modo provocando crises constantes, o liberalismo econômico nunca conseguiu o pleno desenvolvimento, o que significa ser apenas uma ideologia política do modo liberal da produção.  

Foi nesse sentido diante de crises profundas, sem saída pelo princípio da aplicação do liberalismo puro, que Keynes formulou a sua teoria da intervenção pelo menos parcial do Estado na economia.

Então no ano 1930, diante da crise de vinte nove, no lastro da crise econômica mundial,  Keynes, percebendo que o liberalismo não conseguiria dar solução a crise,  Justificou com efeito,  que seria necessária a intervenção do Estado.

Foi quando formulou sua tese, defendendo que o Estado deve dentro dos parâmetros do desenvolvimento liberal, e não na defesa da sociedade socialista. Portanto, a natureza do Estado nessa situação é ser um parceiro do capitalismo, salvar a própria sociedade produtiva.

Desse modo, o Estado tem o dever de intervir na economia, para não deixar acontecer à falência do próprio capitalismo, com a finalidade também de garantir o pleno emprego e a retomada do desenvolvimento econômico.  

 A segunda justificava da intervenção do Estado na economia, tem como finalidade o controle da inflação e por outro lado, numa situação permanente de crise, deve estabelecer por parte do Estado, o mínimo de previsibilidade para o desenvolvimento da economia.

Na realidade em diversos tempos históricos, todas as vezes que o capitalismo entrou em crise, tanto em economia do primeiro mundo, como no chamado capitalismo em desenvolvimento, o Estado foi na prática obrigado a  intervir de alguma forma.

Mas as ideias de Keynes nunca foram com o objetivo de mudar a concepção liberal da economia e por outro lado, nunca teve como objetivo a mudança da ideia na forma de realização política de Estado.

 Não na modificação da forma de produção, mudando o modo produtivo. Keynes jamais defendeu o Estado como organização política total da produção, como dono dos meios de produção.

Na superação dos modelos, a iniciativa privada na sua ideologia política, sempre teria que comandar o mecanismo produtivo, não era favorável que os meios de produção fossem concentrados nas mãos do Estado, superando desse modo o papel da burguesia.

 Edjar Dias de Vasconcelos.