Teoria do Consumidor

A microeconomia se direciona ao estudo da Teoria do consumidor, sabendo que sempre será referido as questões da produção dos bens e serviços, um dado problema do consumidor quanto à proporção em quantidade de bens e serviços a adquirir, consumir e possuir. Tendo sempre num quadro teórico comum: “O indivíduo tem necessidades que satisfaz com bens e serviços (e com outras coisas) Sujeitos às restrições que lhes são impostas pelo meio econômico.

As variações que ocorrem na oferta e na demanda se dá quando os agentes econômicos ao desejarem alcançar um novo objetivo, colocam, através do mecanismo de preços e de mercado, toda engrenagem econômica em funcionamento, fazendo com que a economia se ajuste aos novos desejos dos agentes. Existe um reajuste de comportamento às novas condições de mercado, até que, por movimentos sucessivos interdependentes, chega-se a um novo ponto de equilíbrio.

Tipo de mercado

Um mercado é um espaço onde compradores e vendedores interagem entre si, onde ocorre troca de produtos, poderá seguir padrões diferentes. Por exemplo, o mercado de carne bovina, é caracterizado por um grande números de vendedores e compradores, sendo o preço definido pela procura e pela oferta dos mesmos, sendo os preços fixados por todos, simultaneamente, numa tentativa de cada qual satisfazer a seus interesses próprios.

A concorrência perfeita, é o tipo de mercado que baliza o mecanismo de funcionamento do sistema de preço através da oferta e procura. Na zootecnia, isso é notório na produção de milho, onde existe um grande números de vendedores e compradores, onde nesse mercado há uma limitação no poder na exploração do sistema econômico e leva-o, através da concorrência entre os agentes econômicos, a uma situação de pleno-emprego. Sendo a concorrência o fator primordial em certos setores da economia, pode-se destacar o setor agrícola, que está tendo alto lucros veja outros agentes econômicos adentrar nesse ramo munidos de fatores de produção, ocasionando uma maior oferta do produto e consequentemente a queda dos preços, fazendo com que a taxa de lucro fique “normal”, quando, então, o incentivo para a transferência de setores de produção(recursos naturais, capitais, mão-de-obra) para esse setor desaparecerá. É neste tipo de mercado, que os consumidores tentarão obter uma mercadoria pelo preço mais baixo, o que tenderá a obter por um preço mais baixo, o que tenderá a igualar os preços de todos os vendedores. Não conseguindo vender o milho por um preço mais elevado que seus competidores, o vendedor terá que reduzir seus preços, para escoar a produção, até que todos sejam nivelados, forçando uma estabilização em um preço de equilíbrio que igualará a oferta e a procura.

O monopólio, é um tipo de estrutura de mercado em que a concorrência desaparece entre os vendedores, onde só existe um único fabricante ou fornecedor de um bem, ou serviço. O poder monopolista, se revela quando o produto não tem substitutos fazendo que o consumidor fique dependente do único fornecedor. O fornecedor fixa o preço no ponto onde haverá a maximização do seu lucro, havendo a denominada exploração monopolística.

O oligopólio, é um tipo de mercado, onde o mesmo produto é vendido por poucos dentro de uma estrutura que não é viscosa. Nessa estrutura, é inviável, visto que a procura é fluída, o que obrigaria os concorrentes a baixarem seus preços sucessivamente, numa luta sem tréguas. Podemos citar como exemplo, A multinacional Bunge que pratica oligopólio no setor de fertilizantes.

A teoria do consumidor, toma como ponto de partida uma série de dados de cunho psicológico, social, cultural. Dados esses que fogem da área da economia, ou seja, parte-se de uma situação onde gosto e preferência, entre os bens conhecidos, tomando-se como referência os preços dos bens e nível e renda. Dessa forma, é o interesse dos produtores, mais do que a preferência dos consumidores, que determina o perfil do consumo, cerceando, de várias formas, a capacidade soberana de decisão do consumidor. A estrutura de procura de bens e serviços finais, depende do comportamento dos consumidores; Já a estrutura da função da oferta de bens e serviços finais dependem do comportamento dos produtores.

Teoria da produção

A teoria da produção constituem a chamada teoria da oferta da firma individual. Ela desempenha dois papéis importantes:

· Servem de base para a análise das relações existentes entre produção e custos de produção: numa economia moderna, cuja tecnologia e processos produtivos evoluem diariamente, o relacionamento entre a produção e os custos de produção é muito importante na análise da Teoria da Formação dos Preços;

· Servem de apoio para a análise da procura da firma com relação aos fatores de produção que utiliza: para produzirem bens, as empresas dependem da disponibilidade de fatores de produção.

Conceitos básicos da teoria da produção

A produção é o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda em mercados. É importante ressaltar que o conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais, mas também a serviços, como transportes, atividades financeiras, comércios e outras atividades.

  A escolha do método ou processo de produção depende de sua atividade. O conceito de eficiência pode ser enfocado do ponto de vista técnico ou tecnológico, ou de ponto de vista econômico.

As formas como esses insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção, que podem ser intensivos em mão-de-obra (utilizam mais mão-de-obra em relação a outros insumos), intensivos em capital ou intensivos em terra.

Função da produção

O empresário, ao decidir o quê, como e quanto produzir, com bases nas respostas do mercado consumidor, variará a quantidade utilizada dos tutores, para com isso variar a quantidade produzida. Numa administração de fazenda que cria animais, o dono da fazenda com auxílio do zootecnista decidirá o que irá criar, como será o método de produção que irá utilizar, relacionado a tecnologias, mão-de-obra, capital e os hectares de terra que será utilizado e também qual será a oferta que ele irá proporcionar ao mercado para atender às necessidades do consumidor.

É possível representar a função produção, analiticamente, da seguinte maneira:

q = f(x1,x2,x3, ..., xn)

onde:

q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período;

 x1, x2, x3, ..., xn, identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção;

f indica que q depende, ou seja, é uma função da quantidade de insumos utilizados.

Para efeitos didáticos, costuma-se considerá-la com uma função de apenas duas variáveis:

q = f (N,K)

onde:

N = a quantidade utilizada de mão-de-obra;
K = a quantidade utilizada de capital.

Fatores Fixos e Fatores Variáveis de Produção - Curto e Longo Prazos

Fatores de produção variáveis são aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando o volume de produção varia. Por exemplo: quando aumenta a produção, são necessários mais trabalhadores e maior quantidade de matérias-primas.

Fatores de produção fixos são aqueles cujas quantidades não variam quando o produto varia. Por exemplo: as instalações da empresa e a tecnologia, que são fatores que só são alterados a longo prazo.

Lei dos rendimentos Decrescentes 

É tipicamente um fenômeno de curto prazo, com pelo menos um insumo fixo.  A nível de uma firma individual, não é fácil imaginar que um empresário racional permita que a situação chegue ao ponto de o produto marginal ser negativo. Antes que isso ocorra, ele por certo procurará investir em novas instalações, ou comprar mais máquinas. A nível agregado, existe um exemplo clássico na literatura econômica, denominado desemprego disfarçado, que pode ser verificado em agriculturas de subsistência, em países subdesenvolvidos. São agriculturas não voltadas ao mercado (por exemplo, a roça), com famílias muito numerosas, de sorte que a retirada de parte dessa população do campo não provocaria queda do produto agrícola (ou seja, a produtividade marginal na mão-de-obra é nula). A transferência desse tipo de mão-de-obra para as regiões urbanas, embora em atividades de pouca qualificação, pode ser um dos primeiros requisitos para que um país inicie um processo de industrialização e de crescimento econômico.

Exemplo: considerando-se dois fatores: terra (fixo) e mão-de-obra (variável), podemos verificar que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas para produzir arroz e se a quantidade de terra for mantida constante, os aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra utilizada na lavoura. Nesse caso, a produção de arroz aumentará até certo ponto e depois decrescerá, isto é, a maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá que a produção cresça até um máximo e depois passe a decrescer. Como a proporção entre os fatores fixo e variável vai se alterando, quando aumenta a produção, essa Lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis.

Economias do Escala ou Rendimentos de Escala

Os rendimentos de escala ou economias de escala representam a resposta da quantidade produzida a uma variação da quantidade utilizada de todos os fatores de produção, ou seja, quando a empresa aumenta seu tamanho.

Os rendimentos de escala podem ser:

Rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala): Ocorrem quando a variação na quantidade do produto total é mais que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Por exemplo, aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 20%. Equivale a dizer que a produtividade dos fatores aumentou.

Pode-se apontar como causas geradoras dos rendimentos crescentes de escala:

a) maior especialização no trabalho, quando a empresa cresce;
b) a existência de indivisibilidades entre os fatores de produção (por exemplo, numa siderúrgica, como não existe "meio forno"; quando se adquire mais um forno, deve ocorrer um grande aumento na produção).

Rendimentos constantes de escala: Ocorrem quando a variação do produto total é proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção: aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto também aumenta em 10%.

Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala): Ocorrem quando a variação do produto é menos que proporcional à variação na utilização dos fatores: por exemplo, aumenta-se a utilização dos fatores em 10% e o produto cresce em 5%. Houve, nesse caso, uma queda na produtividade dos fatores.

Referências

Albuquerque, Marcos Cintra Cavalcanti de, 1945 - Microeconomia/ Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque - São Paulo: McGrawHill, 1986.

MENDONÇA DE FARIA, Giuliana. Teoria da Produção. In: Teoria da Produção. [S. l.], 2012. Disponível em: http://professoragiuliana.blogspot.com/2011/06/aula-7-economia-empresarial.html. Acesso em: 3 set. 2022