TEMPOS DIFÍCEIS EM TEMPOS DE PÁSCOA
Publicado em 17 de abril de 2017 por Mariléa Cruz
Tempos difíceis para um Brasil que se tinha como um Oasis. Brasil que não tinha terremoto, vulcão ou o que quer que o valha e que não sofria com as penúrias de guerras e que se acreditava um povo sem preconceito.
Diante de tantas mazelas que afligem-nos, o brasileiro busca no humor a fuga para sofrer menos com as conseqüências do que já veio e do que está por vir.
Ver o noticiário em qualquer dos veículos é desanimador e vivenciar o que há de melhor ao dar boas notícias ou recebê-las passou a ser uma raridade. Por outro lado não há como fugir porque não ver é pior que não enxergar e se chegamos a este ponto é porque tentamos todo o tempo fingir que não víamos.
Qual a saída, não sei. Fiquei sem saber sobre o que escrever, mas como a esperança é a última que morre, mesmo que cheguemos ao fundo do poço, em tempos de Páscoa, acredito que iremos ressurgir e a exemplo disto temos o próprio Cristo que ressuscitou para nos salvar e que passados mais de 2000 anos, permanece como motivo de fé e esperança num mundo melhor.
Não sei se serve de alento, mas é só esticar um pouco o olho e vislumbrar o que há no entorno para saber que não estamos isolados, ao contrário, estamos mais do que queríamos, integrados a um mundo que apesar de agrupar humanos, se tornou desumano.
Não sou pessimista, vejo-me como vítima de uma realidade que nos intimida, mas que não nos supera. Considero que a humanidade passa por ciclos que contrapõem comportamentos e idéias e de que de tempos em tempos, as mudanças acontecem para que não se forjem conceitos que preponderem de forma unilateral e o equilíbrio entre o bem e o mal deixe de prevalecer.
Desistir, jamais. Posso responder apenas por mim e, por isso, usei a primeira pessoa, mas prefiro pensar que como a necessidade de um mundo melhor não é só minha, que aqueles que lerem este artigo a ele reajam com força, coragem e fé.