Tempos difíceis para um Brasil que se tinha como um Oasis. Brasil que não tinha  terremoto, vulcão ou o que quer que o valha e que não sofria com as penúrias de guerras e que se acreditava um povo sem preconceito.

Diante de tantas mazelas que afligem-nos, o brasileiro busca no humor a fuga para sofrer menos com as conseqüências do que já veio e do que está por vir.

Ver o noticiário em qualquer dos veículos é desanimador e vivenciar o que há de melhor ao dar boas notícias ou recebê-las passou a ser uma raridade. Por outro lado não há como fugir porque não ver é pior que não enxergar e se chegamos a este ponto é porque tentamos todo o tempo fingir que não víamos.

Qual a saída, não sei. Fiquei sem saber sobre o que escrever, mas como a esperança é a última que morre, mesmo que cheguemos ao fundo do poço, em tempos de Páscoa, acredito que iremos ressurgir e a exemplo disto temos o próprio Cristo que ressuscitou para nos salvar e que passados mais de 2000 anos, permanece como motivo de fé e esperança num mundo melhor.

Não sei se serve de alento, mas é só esticar um pouco o olho e vislumbrar o que há no entorno para saber que não estamos isolados, ao contrário, estamos mais do que queríamos, integrados a um mundo que apesar de agrupar humanos, se tornou desumano.

Não sou pessimista, vejo-me como vítima de uma realidade que nos intimida, mas que não nos supera. Considero que a humanidade passa por ciclos que contrapõem comportamentos e idéias e de que de tempos em tempos, as mudanças acontecem para que não se forjem conceitos que preponderem de forma unilateral e o equilíbrio entre o bem e o mal deixe de prevalecer.

Desistir, jamais. Posso responder apenas por mim e, por isso, usei a  primeira pessoa, mas prefiro pensar que como a necessidade de um mundo melhor não é só minha, que aqueles que lerem este artigo a ele reajam com força, coragem e fé.