TEMPO QUENTE

                                               AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Solitário,

Em um galho de uma árvore a cantarolar contente.

Tempo quente! tempo quente! tempo quente!

No mais forte ou ameno sol de primavera, inverno, outono ou verão.

A claridade do dia na sua contemplação.

Pelas luzes do sol que todos os dias variam por assemelhar a uma qualquer ação.

As fervuras por algo que deva se cobrir,

Janelas e portas que propiciam novidades ao se abrir.

Lá pelas tantas da vida por se chorar ou sorrir,

Ritmos que ensaiam danças alegres pra se divertir.

Pelo sol conveniente a receber as visitas dos estranhos, conhecidos ou parentes,

Correntes das diversas espécies de várias gentes.

Dos galhos das árvores a pular com o vento repente,

Pelo sorriso alegre daquilo que está contente.

No meio dos frutos, folhas, franjas ou galhos,

Sozinho a atrair uma fêmea procedente.

Das coisas que são como urgente,

De onde sai uma majestosa beleza de cantoria, demais coerente,

Pelo dia ensolarado e emergente.

Ou pela noite escura que assombra pelo sol de nascente a poente.

A ensaiar a sua canção como oponente,

Imagens que se apresentam as eficazes lentes.

À cantarolar contente, em um galho subsequente.

Pássaro solitário que voa sempre rente,

Ao chão, ao poste, ao muro, ao topo das árvores, edifícios

Ao infinito ou a qualquer coisa como consequente ou inconsequente.

Na sua liberdade esplendorosa e coerente.

Tempo quente! tempo quente! tempo quente!