TEMPESTADE E PAZ (soneto)
Publicado em 10 de setembro de 2009 por Antônio Manoel ALVES RANGEL
Um vento forte ruge no deserto,
rasga montanhas lívidas de areia,
indo atingir, envolta em fina teia,
a aranha negra que se esconde perto.
A tempestade cai, no chão semeia,
entre pirâmides, traçado incerto,
num Egito distante, entreaberto
a sonhos e visões em que se enleia.
Mas a sombra desfaz-se por completo.
Logo a paisagem plúmbea de concreto
desaparece, e surge, longe, o Sol.
Livres, sobreviventes, caminhamos,
contrariando o sábio Nostradamus,
sob a luz desse esplêndido arrebol.
rasga montanhas lívidas de areia,
indo atingir, envolta em fina teia,
a aranha negra que se esconde perto.
A tempestade cai, no chão semeia,
entre pirâmides, traçado incerto,
num Egito distante, entreaberto
a sonhos e visões em que se enleia.
Mas a sombra desfaz-se por completo.
Logo a paisagem plúmbea de concreto
desaparece, e surge, longe, o Sol.
Livres, sobreviventes, caminhamos,
contrariando o sábio Nostradamus,
sob a luz desse esplêndido arrebol.