Teeteto

Alex de Sousa 

Resumo 

A obra “teeteto” é realizada em forma de dialogo entre Sócrates e o jovem Teeteto. O dialogo desenvolve-se em torno do que vem a ser o conhecimento e como podemos chegar a ele. Em todo o desenrolar da conversa, eles buscam a origem do conhecimento, o que ele vem a ser e como ele se apresenta a nós. De inicio, o jovem Teeteto afirma que o conhecimento é tudo aquilo que ele aprende com Teodoro em relação à geometria e as demais artes, como por exemplo, a arte do sapateiro. Mas de imediato, Sócrates refuta a sua ideia, dizendo não querer saber, o que se pode conhecer ou que se tem conhecimento, mas sim, o que é o conhecimento em si mesmo. Nesta mesma linha de pensamento, em que o conhecimento é aquilo que eu aprendo, Sócrates vem questionar a subjetividade cognoscitiva dos sofistas que não se interessavam em buscar a verdade. Os sofistas, no entanto, falavam aquilo que as pessoas queriam ouvir, isso não é conhecimento segundo Sócrates. Conhecimento é falar das coisas como elas são e não como as pessoas gostariam que elas fossem. O conhecimento não é aquilo que vemos ou fazemos e sim o que está inerente àquilo que vemos ou fazemos, ou seja, como disse Sócrates: “Se lhe pergunto o que é lama basta dizer-me que é terra molhada, não precisa dizer-me a quem ela se emprega”. Sócrates, ainda fala que só podemos ter conhecimento de algo se antes conhecemos a sua essência. No texto aparece, varias vezes discursos de Protágoras a respeito de sua ideia: “O homem é a medida de todas as coisas, da existência das que existem e da não existência das que não existem”. Se pensarmos como Protágoras, podemos cair no risco de subjetivizar o conhecimento e acontecendo isso, podemos não ver a sua essência. De certa forma, Sócrates desconsidera o argumento de Protágoras, mas não o rejeita completamente, pois de alguma maneira a sua ideia pode nos ajudar a chegar ao conhecimento ou a confirmá-lo. Contudo, se o conhecimento é algo inerente ao ser que se fala ou que se vê, só podemos chegar a ele pela razão e não pelos sentidos. Pois, segundo Sócrates, a essência das coisas se encontra no mundo das ideias e o mundo das ideias esta ligado a nossa razão, ou seja, se vemos algo e conhecemos a sua essência é porque isto já estava em minha alma (razão) e como minha alma já esteve no mundo das ideias antes de vir ao mundo me faz conhecer a essência das coisas. Sendo assim, é só preciso de uma ajuda para poder dar a luz desse conhecimento que já está dentro de mim. Por fim, Sócrates justifica ter que parar a discussão para defender-se de uma acusação feita contra a sua pessoa e os dois param o discurso sem dar uma definição aceitável do que seja o conhecimento.