SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR AMADEUS – SESA

FACULDADE AMADEUS – FAMA

CURSO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

ADINELMA ALEXANDRE DA SILVA

CYNARA KEILLA PEREIRA FELICIANO

JOSÉ PAULO NUNES DOS SANTOS

PÂMELA GUIMARÃES DE SOUZA

ESTUDO DE CASO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

ARACAJU

2012

ADINELNA ALEXANDRE DA SILVA

CYNARA KEILLA PEREIRA FELICIANO

JOSÉ PAULO NUNES DOS SANTOS

PÂMELA GUIMARÃES DE SOUZA

ESTUDO DE CASO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

Relatório de atendimento Clínico apresentado à Faculdade Amadeus como um dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica.

Orientadora: Profª Msc. Cássia Virgínia Moreira de Alcântara

            ARACAJU

       2012

Dedicamos este trabalho a DEUS, cuja presença foi fundamental não só nesta caminhada, mas também na construção do ser humano que somos.


AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho só foi possível graças:

O Deus  primeiramente, pela vida e por ter nos dados saúde e bravura para ter vencido mais esta etapa.

Aos nossos pais, que sempre nos incentivaram com suas palavras de conforto, amor e carinho, afim de que pudéssemos dar continuidade a essa jornada psicopedagógica.

Aos nossos irmãos tão queridos, tão presentes nesta caminhada, presença constante e encorajadora.

Aos nossos professores, principalmente a nossa orientadora Prof  Cássia Virgínia de Alcântara pela atenção, dedicação e competência, que nos orientou sempre.

À C.M.A.L., no nosso muito obrigado pela cooperação e calorosa atenção, no tocante aos trabalhos desenvolvidos nesta importante unidade assistencial.

A psicopedagogia não é necessária apenas quando a criança apresenta problemas de aprendizagem, mas sempre que se puder, se quiser e se precisar melhor ainda mais o desempenho do indivíduo que aprende, maximizando suas potencialidades cognitivas”.

Lino de Macedo ( 1992, p. VII )

RESUMO

Este trabalho representa um esforço referendado no nosso relato sobre a experiência no Estágio Supervisionado Clínico, como também registra todo o trabalho terapeuticamente desenvolvido com o indivíduo, enquanto sujeito interagindo no processo de aprendizagem. Através dele, buscamos contribuir para o aprendizado, ainda que isto, hoje, pareça ser uma opção por obscuros e complicados atalhos. Mas é certo também que essa experiência foi para nós uma rota preparatória, como todo um referencial psicopedagógico, permeado no desenvolvimento de atividades de construção de pensamento, passando por etapas e demonstrando através dos resultados obtidos, em conhecimento alicerçado numa perspectiva psicopedagógica, baseada na história do desenvolvimento e nas relações de aprendizagem do sujeito, uma vez que a educação opera em função do ser humano, refém de suas experiências, êxito e fracassos, portanto, de sua maneira de ser, sedimentada ao logo de sua trajetória pessoal, social e profissional.

Palavras chaves: aprendizagem, Psicopedagogia,  sujeito.

SUMÁRIO

I INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………..11

2 APRESENTAÇÃO DO CASO .................................................................................14

3 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA ....................................................................18

   3.1 DIMENSÃO COGNITIVA .................................................................................19

   3.2 DIMENSÃO AFETIVA ......................................................................................21

   3.3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA .............................................................................33

4 A DEVOLUTIVA E O ENCAMINHAMENTO ....................................................36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................39

REFERÊNCIAS ............................................................................................................40

ANEXO A – TERMO DE CONSENTOMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ....41

ANEXO B – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ..................................................46

APÊNDICE A – FICHA DE PLANEJAMENTO –CEV (CONTRATO DE ESTABELECIMENTO VINCULAR) .......................................................................48

APÊNDICE B – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – CEV ...........................49

APÊNDICE C – FICHA DE ANÁLISE DA SESSÃO – CEV.................................50

APÊNDICE D – FICHA DE PLANEJAMENTO – EOCA .....................................51

APÊNDICE E – FICHA DE DESCRIÇÃO – EOCA ...............................................52

APÊNDICE F – FICHA DE AVALIAÇÃO – EOCA ..............................................53

APÊNDICE G – FICHA DE PLANEJAMENTO – SESSÃO LÚDICA ...............54

APEÊNDICE H – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO LÚDICA ..................55

APEÊNDICE I – FICHA DE AVALIAÇÃO LÚDICA ..........................................56

APÊNDICE J – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO ................................................................................................................57

APÊNDICE L -  FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO .........................................................................................................................................58

APÊNDICE M – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO.59

APÊNDICE N – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA ...............................................................................................................60

APÊNDICE O – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA................................................................................................................61

APÊNDICE P – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA ................................................................................................................62

APÊNDICE Q – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – DESENHO EM EPISÓDIOS ..................................................................................................................63

APÊNDICE R – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – DESENHO EM EPISÓDIOS ..................................................................................................................64

APÊNDICE S – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – DESENHO EM EPISÓDIOS ..................................................................................................................65

APÊNDICE  T – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – SESSÃO LIVRE.

.........................................................................................................................................66

APÊNDICE U – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – SESSÃO LIVRE ....67

APÊNDICE V – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – SESSÃO LIVRE ...68

APÊNDICE X – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – SERIAÇÃO ................................................................................69

APÊNDICE A-A – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – SERIAÇÃO ................................................................................70

APÊNDICE B-B – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – SERIAÇÃO ..................................................................................71

AÊNDICE C-C – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – CONSERVAÇÃO DE MASSA ................................................72

APÊNDICE D-D – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – CONSERVAÇÃO DE MASSA .................................................73

APÊNDICE E-E – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – CONSERVAÇÃO DE MASSA..................................................74

APÊNDICE F-F – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – LIGUAGEM ( LEITURA E ESCRITA) ..................................75

APÊNDICE G-G – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – LINGUAGEM (LEITURA E ESCRITA) ...............................76

APÊNDICE H-H – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – LINGUAGEM (LEITURA E ESCRITA) ...............................77

APÊNDICE I-I – MATERIAL  UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM) ...........................................................................78

APÊNDICE J-J – MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM) ...........................................................................79

APÊNDICE L-L – MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM) ..............................................................................80

APÊNDICE M-M– MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM)...............................................................81

APÊNDICE N-N – PLANEJAMENTO DA SESSÃO – RACIOCÍNIO LÓGICO –(MATEMÁTICA)......................................................................................................82

APÊNDICE O-O – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – RACIOCÍNIO LÓGICO (MATEMÁTICA)............................83

APÊNDICE P-P – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – RACIOCÍNIO LÓGICO (MATEMÁTICA)............................84

APÊNDICE Q-Q – FICHA DE PLANEJAMENTO DA ANAMNESE..................85

APÊNDICE R-R  – FICHA DE DESCRIÇÃO DA ANAMNESE..........................86

APÊNDICE S-S  – FICHA DE AVALIAÇÃO DA ANAMNESE...........................88

APÊNDICE T-T  – FICHA DE PLANEJAMENTO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA...........................................................................................................89

APÊNDICE U-U  – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA...........................................................................................................90

APÊNDICE V-V  – FICHA DE AVALIAÇÃO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA...........................................................................................................93

  

                        

 


1 INTRODUÇÃO


O presente Relatório de Estágio Supervisionado Psicopedagógico clínico vem atender a necessidade de relatar a experiência de Estágio Supervisionado de Psicopedagogia Clínica realizada na Faculdade Amadeus sob a supervisão da professora – orientadora Cássia Virginia Moreira de Alcântara. Ele tem como objetivo apresentar os resultados da investigação diagnóstica realizada no período de 26 /3/12 a 19/6/12, tendo em vista a identificar as causas que expliquem os sintomas inerentes ao caso em estudo. Visa também apresentar sugestões para o tratamento adequado à natureza do caso.

Para realização do Estágio foi montada pelo corpo discente a sala de atendimento psicopedagógico, a qual era composta pelos seguintes objetos: Família terapêutica, fantoches, teatro, mesa, cadeiras, espelho, tapete numéricos, estante, jogos educativos e pedagógicos de letras e números, alinhavo, lego, jogo da memória, jogo da seriação de acontecimentos, dama, quebra – cabeça, avião e carrinhos.

A seleção da criança para o atendimento clínico deu-se através de convênio firmado com a Creche C.M.A.L situada na Rua Frei Paulo, n° 685 no bairro Suissa – Aracaju – SE. Ela foi fundada em 26/03/1947. Sua visão é prestar assistência educacional em tempo integral a crianças de 3 a 5 anos, visando fortalecer os vínculos familiares. A instituição visava o esclarecimento do problema de aprendizagem identificada pela creche, e por isso fez o encaminhamento da criança, através da assistente social L.C.O.

A matriz de atendimentos foi elaborada pela professora – orientadora Cássia Virginia Moreira de Alcântara e foi estruturada em 12 sessões assim divididas: Entrevista Inicial (análise da queixa, enquadramento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido); sessão inicial com a criança – CEV (Contato de estabelecimento vincular) no qual foi feito uma sessão lúdica (Hora do Jogo); a EOCA (Entrevista Operatória Centrada na aprendizagem); Aplicação das Provas Projetivas (Par Educativo, Desenho em Episódio e Família Educativa); Sessão livre; Provas Operatórias (Seriação e Conservação de massas); Anamnese; Provas Pedagógicas e a Devolutiva.

A realização das sessões ocorreram duas vezes por semana às terças e quintas feiras no horário das 14h00min às 14h50min, com duração de 50 minutos cada sessão, entre os meses de março a junho do ano de dois mil e doze.

Além disso, foram feitas entrevistas com a assistente social L. C.O, a professora D. e a mãe do cliente V.

Essa matriz está respaldada nas seguintes referências teóricas Epistemologia Convergente, Jorge Visca e também foram utilizados os seguintes autores para fundamentação teórica: Piaget, Weiss, Fernandez, Bossa e Paín.

A Epistemologia Convergente uma matriz que compreende a contribuição dos aspectos afetivos, cognitivos e do meio social educacional no processo da aprendizagem do indivíduo e as possíveis diferenças apresentadas. Ela foi criada por Jorge Visca (1935 – 2000), o qual foi criador de uma linha que propõe um trabalho Clínico utilizando-se da integração de três linhas da Psicologia: Escola de Genebra (Psicogenética de Piaget), Escola Psicanalítica (Freud) e Psicologia Social (Enrique Pichon Riviere), é uma das abordagens mais modernas da Psicologia e que fornece muitos subsídios para o trabalho e construção social e histórica da identidade profissional. A Epistemologia Convergente, a qual faz convergir, três abordagens conhecidas, uma dimensão clássica, clínica, propondo diagnóstico, tratamento correto, prevenção, etc. Em Visca compreendemos que a aprendizagem depende das seguintes estruturas: a cognitiva/afetiva/social.

 As problemáticas de aprendizagem estão indissociavelmente ligadas a alguns aspectos desses três fatores: sempre compreendidos de modo Inter dinâmico. Visca reporta-se muito a Piaget e sua Epistemologia Genética. Piaget dividiu o desenvolvimento humano em quatro etapas universais que não são “queimadas”, mas vividas de acordo com cada sujeito.

De acordo com Visca (1991), o primeiro nível (até 2 anos), corresponde à inteligência sensório motor. O segundo nível (de 2 a 7-8 anos) corresponde à inteligência pré-operatória. O terceiro nível (de 7-8 anos a 11-12 anos) corresponde à inteligência operatória. O quarto nível (a partir de 12 anos a 14-15 anos) corresponde à inteligência formal ou hipotética dedutiva.

A partir desse estudo de Jean - Piaget são aplicadas, no diagnóstico as provas – exames clínicos de Piaget para verificar o nível cognitivo em que o sujeito se encontra, pois segundo Visca “... ninguém pode aprender acima do nível da estrutura cognitiva que possui” (1991, p.52).

Na Epistemologia Convergente os fatores afetivos e sociais possuem uma grande influência no desenvolvimento/aprendizagem do ser humano.

Assim, observamos que no atendimento clínico é possível identificar, analisar e checar esses aspectos, processos, níveis e modalidades de aprendizagem do cliente – aprendente – ensinante que impedem ou dificultam a aprendizagem saudável com o objetivo trabalhar na busca da superação dos sintomas que o levam ao não aprender.

2 APRESENTAÇÃO DO CASO


Dados pessoais

Nome: C.J. S; Data nascimento: 13 / 03 / 2008; Sexo: Masculino; Idade: 4 anos; Escolaridade: Infantil; Escola: C.M.A.L; Pai: A.C.M.N; Idade: 45; Profissão: Pintor; Escolaridade: 1° grau; Mãe: V.S; Profissão : Auxiliar de cozinha; Escolaridade:1° Grau; Irmãos: C.M (10 anos),e C.A (12 anos).

Motivo do encaminhamento

Não se devem fazer conclusões precipitadas afirma Weiss (2001, p.47).

{ }. é  fundamental durante  a queixa, iniciar-se a reflexão sobre as duas  vertentes de problemas escolares: o sujeito e sua família e a própria escola em suas múltiplas facetas para se definir a sequência diagnóstica bem como as técnicas a serem utilizadas.

Queixa da escola:

Segundo a entrevista realizada com a professora D. e a assistente social L., estas nos informaram que C. é um menino bastante tímido e calado, conforme a fala da professora ela afirma o seguinte:

“Em termos de aprendizagem C. tem muita dificuldade, pois ele não faz as atividades de casa, quando eu e ela passamos a tarefa na sala ele diz que não sabe fazer, depois de muito insistir, ele tenta fazer chegando algumas vezes até chorar...”

Queixa da mãe:

Segundo a queixa apresentada pela genitora do cliente, o filho não quer fazer as atividades que a professora passa para casa, isto me deixa muito nervosa e preocupada. Todas as vezes que eu o mandei ele fazer os deveres, me respondeu que não sabia. Diante desta atitude, procurei a professora para resolver o impasse.

Em realidade, C. nunca se interessou pelos estudos, e se estressa na hora de fazer as atividades tem dificuldade na escrita.

Período da avaliação e número de sessões:

Início: 26/03/2012

Término: 22/06/2012

Número de sessões: 12 sessões

Instrumentos utilizados:

Entramos em contato com a Sra. V., para agendamento da entrevista inicial e assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) para uma possível intervenção diagnóstica com o seu filho C.J.O. O menor havia sido encaminhado pela Instituição, pois, o mesmo vem apresentando dificuldade em relação à escrita não tem interesse em fazer as tarefas e sempre diz que não sabe fazer as atividades escolares.

A mãe de C. concordou com a avaliação e marcamos uma entrevista inicial para tratarmos desse assunto. Nesta entrevista inicial o objetivo é realizar o enquadramento.

ENQUADRAR significa a possibilidade de pensar/ sentir /agir um contrato, de organizar um combinado, para podermos ter claro é possível cumpri-lo ou não e para podermos avaliar o porquê das possibilidades e das impossibilidades. Estamos a falar de um contrato psicopedagógico – escrito ou não. (PINEL; COLODETE, p.6,2011).

Foram realizadas as observações na escola e verificamos que C. realmente tem um comportamento conforme a professora D. havia mencionado na entrevista inicial, mostrando-se tímido e sempre dizendo que não sabe fazer as tarefas.

Em seguida foram utilizadas várias técnicas entre elas: CEV (Contato de estabelecimento Vincular), onde foi realizada uma sessão lúdica com o objetivo de observar como o cliente cria, constrói. A atividade lúdica dá subsídios sobre o esquema que organizam e integram o conhecimento num nível representativo. Por isso no diagnóstico do problema de aprendizagem na infância, a observação do jogo do paciente é de grande interesse. (Paín, 1985, p. 51). Por meio da hora do jogo pode-se analisar a modalidade de aprendizagem do sujeito de , onde também estarão envolvidos aspectos conscientes e inconscientes com relação à aprendizagem. É através do jogo que a criança representa o mundo em que vive e a forma com que se relaciona com ele. Em seguida foi realizada a EOCA (Entrevista Operatória Centrada na aprendizagem), a qual consiste em solicitar ao cliente que mostrasse o que ele sabia fazer, pois através dela o psicopedagogo se acerca sem juízos prévios analisa, e compreende o sujeito em situações de aprendizagem. A atividade lúdica dá subsídios sobre os esquemas que organizam e integram o conhecimento num nível representativo. Por isso                         “no diagnóstico do problema de aprendizagem na infância, a observação do jogo do paciente é de grande interesse. Por meio da hora do jogo pode-se analisar a modalidade de aprendizagem do sujeito de onde também estarão envolvidos aspectos conscientes e inconscientes da relação à aprendizagem. É através do jogo que a criança representa o mundo em que vive e a forma com que se relaciona com ele.

Depois da EOCA foram realizadas as provas projetivas e operatórias. É importante ressaltar que a realização das provas projetivas e operatórias tem como objetivo analisar o grau sócio – cognitivo – afetivo - motor do cliente C.. Foram utilizadas as Técnicas Projetivas de Visca. (Par Educativo Desenho em Episódios, Família Educativa). Estas provas têm como objetivo geral investigar a rede de vínculos em que o sujeito pode estabelecer em três domínios: o escolar, a família e consigo mesmo. Para Paín (1985)                      o que podemos avaliar através do desenho é a capacidade do pensamento construir uma organização coerente e harmoniosa e elaborar a emoção.

As Provas Operatórias (seriação e conservação de massa) tem como objetivo investigar o nível de pensamento do sujeito, realizando um estudo predominantemente quantitativo. ( Visca, p. 11, 1995). Sua investigação nos permitem investigar o nível cognitivo em que a criança se encontra em relação a sua idade cronológica. Esta  defasagem cognitiva pode ser a causa de suas dificuldades de aprendizagem, pois será difícil da criança entender um conteúdo que está acima de sua capacidade cognitiva.

Em seguida foi realizada a Anamnese, a qual é uma das peças fundamentais deste quebra-cabeça, que é o diagnóstico. Através dela são relatadas as informações do passado e presente do cliente juntamente com as variáveis existente em seu meio. Observaremos a visão da família sobre a história da criança, seus preconceitos, expectativas, afetos, conhecimentos e tudo aquilo que é depositado sobre o sujeito. Segundo Weiss, o objetivo da Anamnese é “colher dados significativos sobre a história da vida do paciente” (2003, p.61).

O último conjunto de provas foi aplicado após a Anamnese: as Provas Pedagógicas tem a finalidade de pesquisar o que o cliente tem, o que o cliente já assimilou e acomodou , e definir o nível pedagógico para verificar a adequação ao nível que se encontra, em todas as linhas de pensamento, avaliando a leitura e a matemática.

Na Entrevista Devolutiva comunicamos verbalmente aos envolvidos no processo diagnóstico, as conclusões a que chegamos durante as análises das sessões. Este é o momento que o psicopedagogo relata ao cliente, aos seus pais e ao grupo familiar, e por último a Escola, os resultados obtidos nos trabalhos realizados no diagnóstico.

3 AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA


Segundo Weiss (2004) os aspectos cognitivos estariam ligados basicamente ao desenvolvimento e funcionamento das estruturas cognitivas em seus diferentes domínios, inclusive também nessa área, tais como: a memória, atenção, etc.

Numa visão piagentiana o desenvolvimento cognitivo é sim um processo de construção que se dá entre o organismo e o meio. Se esse organismo apresenta problemas desde o nascimento, o processo de construção do sujeito sofrerá alterações no seu ritmo.

É importante ressaltar que para realização destas avaliações é importante analisar o grau sócio – cognitivo – afetivo motor do cliente.

Assim, foram utilizadas provas para avaliar estas três Dimensões Cognitiva, Afetiva- Social e Pedagógica. A seguir serão apresentadas de maneira condensada as sessões que ocorreram e os dados que esclareceram as seguintes áreas de avaliação diagnóstica.

3.1 DIMENSÃO COGNITIVA

A dimensão cognitiva está relacionada ao desenvolvimento das estruturas cognoscitivas do sujeito aplicadas, em diferentes situações. No domínio desta dimensão estão: memória, a atenção, a percepção e outros fatores que usualmente são classificados como intelectuais. Para Ramos e Pagotti (2008, p. 7)

[...] competência cognitiva é um dos fatores ressaltados no mundo acadêmico, e implica memorizar, comparar, associar, classificar, interpretar, hipotetizar, julgar, enfim, compreender os fenômenos. O professor na medida em que prepara os alunos para o mundo acadêmico, deveria estimular essa competência.

A fim de diagnosticar a natureza das estruturas de pensamento do sujeito foram utilizadas as provas piagetianas para investigação do comportamento operatório concreto: seriação, conservação das quantidades discretas. Foram escolhidas estas duas provas, para evitar uma possível contaminação das respostas por parte do sujeito. Estas provas revelam uma capacidade de seriar correspondente ao nível da criança. C., não soube seriar, ordenar em forma crescente ou decrescente os objetos, pois ele não entende o que lhe é solicitado a fazer. Conforme Visca (2008, p.33), a criança deste nível tem ausência de seriação, fracassa nas suas tentativas de ordenar, não entende a proposta e coloca os bastões em qualquer ordem, justapondo-os .Conforme foto abaixo:

FOTO - SERIAÇÃO

Em relação à conservação de massa observamos que C. não tem noção de tamanho e diferenciação se enquadrando conforme Visca (1991) no nível 1 não conservador, pois não conserva em nenhuma das modificações e não responde bem às contra – argumentações. Conforme foto:

 FOTO - CONSERVAÇÃO

De acordo com Piaget (1964) novos níveis de conhecimentos estão sendo indefinidamente construídos através das interações do  sujeito com o  meio.

Estudando simultaneamente os fundamentos da lógica e a formação da inteligência da criança, Piaget conclui que a aquisição dos conhecimentos se faz segundo dois processos complementares: a acomodação e assimilação.

Piaget (1996) expõe as ideias de assimilação e da acomodação e deixa claro que da mesma forma como não há assimilação sem acomodação anterior ou atual, também não existem acomodação sem assimilação. Esta declaração significa que o meio não provoca simplesmente o registro de impressões ou a formação de cópias, mas desencadeia ajustamentos ativos por parte do sujeito.

Em relação a C. não há assimilação consequentemente ele não acomoda.

3.2 DIMENSÃO AFETIVA

A emoção permite a organização de um primeiro modo de consciência dos estados condição primeira das relações interindividuais, podemos dizer que ela está também na origem da atividade representativa , logo, da vida intelectual. (Galvão, apud Arantes, 2003, p. 74).

Portanto, é provável que as dificuldades apresentadas possam decorrer de algumas carências afetivas na relação familiar, pois através da prova projetiva Desenho da Família Educativa, a criança revelou que se sente um ser sem significado na família.  

A realização destas provas objetivaram analisar o grau afetivo de C.. Foram utilizados os seguintes mecanismos e/ou recursos: provas projetivas, desenho livre, Hora do Jogo.

3.2.1. A EOCA tem como  objetivo investigar o modelo de aprendizagem do sujeito. Diante do comportamento de C. frente à EOCA, evidencia-se que é uma criança que só responde quando é estimulado, caso contrário se mantém quieto, pois não tem iniciativa de manipular os objetos que estavam ao seu dispor, bem como não interagiu com a equipe. O cliente mais uma vez demonstrou a através da sua pintura a sua insignificância. Conforme foto abaixo.

           FOTO - EOCA

3.2.2. A hora do jogo que tem como objetivo possibilitar a compreensão do funcionamento dos processos cognitivos, afetivos, sociais, corporais e sua ligação com o psicopedagogo. Nesta prova, C. não teve iniciativa demonstrando não ter autonomia, não verbaliza, se recusa a fazer as atividades dizendo que não sabia fazer, conforme a Anamnese, isso ocorre devido a sua baixa autoestima, pois C. não aprende em virtude da sua significância no seio desta família, dificultando inconscientemente a construção do conhecimento. Conforme foto abaixo:

FOTO – HORA DO JOGO

3.2.3. As Provas Projetivas são instrumentos utilizados com finalidade de proporcionar um meio concreto para que as crianças projetem conteúdos que estão presente em seu inconsciente. O objetivo é identificar a modalidade de aprendizagem do paciente e é isto que difere as provas projetivas utilizadas pelos psicopedagogos dos usados por psicólogos e psiquiatras, pois objetivam investigar a personalidade do paciente.

Observamos que através da aplicação da Prova Par Educativo, o relacionamento entre o aprendente e o ensinante não está claro, ele não sabe discernir no vínculo da aprendizagem quem ensina e quem aprende. Demonstrando que ele pode se sentir desvalorizado, conforme desenho abaixo:

Durante a aplicação da técnica Família Educativa, percebemos que C. demonstrou  mais uma vez, que nesta família ele não representa nenhum significado no seu processo de ensino e aprendizagem., conforme desenho abaixo:

Já no Desenho em Episódios, demonstrou não ter noção de tempo, espaço e continuidade. Conforme a Anamnese , esses fatores demonstraram a imaturidade de C. e a falta de autonomia, de concentração que influenciaram diretamente em sua aprendizagem, conforme desenho abaixo:

Com a realização da técnica Sessão Livre, observamos que C. apresentou uma pessoa totalmente diferente das técnicas aplicadas anteriormente, demonstrando-o um indivíduo criativo, conforme desenhos abaixo:

3.2.4. Na entrevista de Anamnese foi esclarecido que C. tem um vínculo de dependência muito forte com a mãe, pois ela ainda amamenta. Ela disse que C. não tem limites, ainda dorme na cama do casal; afirmou que ele se da bem com todos da família, exceto com ela, pois nos informou que o tempo todo o protege e realiza os seus desejos.

3.3 DIMENSÃO PEDAGÓGICA

A dimensão pedagógica está relacionada ao conteúdo, metodologia, dinâmica de sala de aula, técnicas educacionais e avaliações aos qual o sujeito é submetido no seu processo de aprendizagem sistemática.

Para Weiss (2004) esses aspectos contribuem muitas vezes para o aparecimento de uma formação reativa aos objetos da aprendizagem escolar. Nesses conjuntos de fatores estão incluídas as questões ligadas à metodologia de ensino, a avaliação, a dosagem de informações, à estrutura de turmas, que influindo na qualidade do ensino interfere na aprendizagem ou seja ficam diminuindo, assim as condições externas de acesso do aluno ao conhecimento via escola.  A autora acima menciona que:

[...] uma boa escola deveria ser estimulante para o aprender, por essa razão a função básica dos profissionais da área de educação deveria melhorar as condições de ensino.

A prova de linguagem tem como objetivo analisar o que o cliente aprendeu e definir o nível pedagógico cognitivo que se encontra para verificar se a adequação na série que cursa está condizente com seu nível de aprendizagem. Observamos que C. não conhece as letras, porém, sabe identificar as figuras. Conforme foto abaixo:

            

  FOTO - PROVA PEDAGÓGICA – LINGUAGUEM

Esta identificação foi dada através do conhecimento prévio do cliente com a figura casa. Porém, para que aconteça esta integração por parte da criança, é necessária que ele construa no decorrer do seu conhecimento a sua integração  da escrita  com a leitura. Isto não aconteceu com C. Logo, não houve o seu correspondente, no caso a escrita (conhecimento das letras).

De acordo com a Psicogênese da leitura e escrita, ele se enquadra no nível 1 (hipótese pré – silábica), pois ele não estabelece vínculo entre a fala e a escrita, supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usam desenhos, garatujas e rabiscos para escrever; supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três (hipóteses da quantidade mínima de caracteres; hipótese da variedade de caracteres). Nesta etapa é descobrir qual é o significado dos sinais escritos.

As provas de conhecimento matemático tem o objetivo de avaliar o desenvolvimento do raciocínio matemático. De acordo com a atividade proposta para C. observamos que ele sabe identificar os números, decodificando, porém, não ele não sabe identificar a quantidade que o número representa. Conforme Anamnese a mãe informou que C. não tem limites isto pode está relacionado com as regras e dificuldade em segui-las. Como a criança não consegue lidar com o erro já que toda vez que C. estava fazendo alguma atividade parava e pegava algum brinquedo, ou falava que não sabia fazer ou não queria fazer a atividade, mostrando grande dificuldade em lidar com a frustração. Também detectamos a falta de confiança em si próprio, a carência afetiva, a falta de concentração nas atividades. Segue foto abaixo da atividade de matemática:

            

                     FATO – PROVA PEDAGÓGICA – MATEMÁTICA

Conforme os dados da observação na escola e entrevista com a professora D. e a assistente social L., foram confirmadas as queixas em relação a C. através do seu comportamento na sala/ escola. Verificamos que o material utilizado pela professora é condizente com a idade de C.

Assim, C. precisa sempre de estímulos adequados, não só nas atividades, como também de elogios, para que ele possa ter um desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.

4 A DEVOLUTIVA E O ENCAMINHAMENTO

Esse é o momento que marca o encerramento do processo diagnóstico. É um encontro entre o sujeito, terapeuta e família visando relatar os resultados do diagnóstico, analisando todos os aspectos da situação, apresentados seguido de uma síntese integradora e um encaminhamento. Esta é uma etapa do diagnóstico muito esperado pela família e pelo sujeito e que deve ser conduzida de forma que haja a participação de todos, procurando eliminar as dúvidas ou pelos menos discuti-las exaustivamente afastando rótulos e fantasmas que geralmente estão presentes em um processo diagnóstico.

Segundo Weiss, no caso da criança, é preciso fazer a devolução utilizando-se de uma linguagem adequada e compreensível para sua idade para que não fique parecendo que há segredos entre o terapeuta e os pais, ou que o terapeuta os traiu (1992, p.130).

À criança:

Na devolutiva para C. foi utilizada uma linguagem condizente e apropriada à sua idade cronológica.

Falamos para ele que aquele seria o nosso último encontro naquela sala e que durante os nossos encontros, percebemos algumas coisas às quais falaríamos para ele, pois ele é uma criança que tem muito potencial, porém, para que esse potencial se desenvolvesse seria necessárias algumas mudanças, queríamos ajudá-lo a crescer. Ele precisava tomar iniciativa diante das circunstâncias. Estava na hora dele crescer, tínhamos conversado com a mãe dele, V., para que mudasse de atitude para com ele como, por exemplo: não dar de mamar mais para ele, dar comida não apenas lanche tirá-lo da cama dos pais, ele ouviu de cabeça baixa e com o dedo balançava com sinal negativo.

Á mãe:

Foi esclarecido que o atendimento psicopedagógico tem como objetivo principal o desenvolvimento de estratégias que permitem verificar o potencial de aprendizagem, observar melhor o comportamento de C., visto que a queixa inicial girava em torno da falta de interesse de C. em fazer as tarefas e sua dificuldade na escrita e sua dificuldade de concentração que se revela na inquietude diante das tarefas, e na falta de limite.

Analisando os dados recolhidos, podemos dizer que a questão maior é de caráter emocional afetivo. E diante dessa situação são fundamentais algumas mudanças de atitudes dela, pois, C. apesar de ter quatro anos apresenta atitudes de criança com idade inferior. Essa situação pode ser revertida para que ele apresente um comportamento compatível com a sua idade. Em primeiro lugar a questão da amamentação não é boa para ambos, pois, ela precisa ensiná-lo a ser mais independente. Nessa questão da alimentação, o fato de mamar, colocar na cama na condição de bebê C. não é. Esse vínculo precisa ser interrompido. Deverá ser feita uma reeducação alimentar. Em segundo lugar a dormida, é necessário tirá-lo da cama dos pais, colocarem limites em C., incluindo (horário de comer, dormir, as atividades) e proibir em qualquer situação que a imagem dele seja diminuída. Não será fácil, porém, ela deve pedir ajuda ao esposo A., para que ele se envolva nesse processo, dê mais atenção a C. ajudando-o nas tarefas, nas brincadeiras, sendo mais presente.

Por fim, finalizamos dizendo que a crescimento dele depende da mudança de comportamento e o auxílio de todos da família, pois, C. é capaz. Ela se comprometeu a mudar de comportamento.

À escola:

Desde o início do atendimento de C. foram feitos alguns contatos com a professora D. e a assistente social L. e estas sempre nos receberam muito bem.

É importante destacar que esta integração / interação muito contribuiu positivamente para juntos tentarmos amenizar o problema da dificuldade de C. e consequentemente para o seu progresso nesta aprendizagem.

A devolutiva foi feita na escola para a assistente social L. e a professora D. Iniciamos dizendo que C. apresentou bons resultados nos vários instrumentos de avaliação utilizados. Sua dificuldade de aprendizagem está associada a uma questão familiar. Porém, a família já foi orientada e a mãe se comprometeu a mudar de comportamento. Ainda assim, reforçamos que é de suma importância o trabalho da escola junto à família. A escola pode ajudar a C. da seguinte forma: estimulando-o, mostrando que ele é capaz de aprender e fazer; elogiá-lo sempre que necessário; fazê-lo cumprir os horários da tarefa, tratando-o igual aos colegas; levando-o sempre a acreditar que ele é inteligente; procurando propor a atividades lúdicas, e por fim encaminhando-o para o atendimento psicossocial.

Diante do exposto, é importante salientar que o ensino deve ser facilitador no processo de desenvolvimento para propor problemas que o individuo possa compreender, e a partir da resolução destes, o indivíduo conseguirá atingir níveis gradualmente mais elevados de desenvolvimento e que o ajudarão nas aprendizagens mais complexas.

  5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência da realização do presente estudo nos proporcionou um novo olhar acerca do processo de ensino e aprendizagem. Repensar relação ensinante e aprendente foi o maior ganho que obtivemos.

A partir da realidade do cliente C. a quem atribuímos à gratidão no exercício deste estudo, pudemos constatar a importância do trabalho psicopedagógico.

Entretanto esta compreensão não será suficiente no sentido de dar conta de todos os conflitos existentes na dinâmica do ensinar e o aprender, tendo em vista que tal compreensão também trouxe a tona nossos limites enquanto seres humanos e profissionais.

Contudo, consideramos oportuna a experiência uma vez que forneceu subsídios para esta reflexão, a qual vem nos conduzindo por caminhos inovadores uma vez que impulsiona à busca de conhecimentos adicionais em prol de uma prática profissional mais coerente que esteja atenta aos sintomas apresentados pelo cliente.

Não obstante haja a consciência de que não será possível solucionar inteiramente as possíveis causas dos problemas apresentados pelos alunos, todavia, a percepção dos mesmos já é um passo dado na direção senão da “cura”, mas de alternativas para amenizá-los.

Nesta expectativa, cremos que a afetividade servirá como um bom recurso amenizador das tensões inerentes ao processo ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

Visca, Jorge – Psicopedagogia: novas contribuições; organização e tradução Andréa Morais, Maria Isabel Guimarães – Rio de Janeiro: Nova Fronben (1991, p.52).

Weiss, Maria Lúcia L. – Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas e aprendizagem escolar, Rio de Janeiro, 8ª Edição. Rio de janeiro, (2001, p.47).

Ramos, M.T.O. e Pagotti, A.W. Avaliando o pensamento operatório em futuro professores, (2008, p.7).

Paín, Sara – Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas, (1985, p.51).

Visca, Jorge – Técnicas Projetivas Psicopedagógicas. Buenos Aires, Argentina, Ag. Serv. G., (1995, p.11).

Weiss, Maria Lúcia L. – Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar, 13 Edição, revisada e ampliada, Rio de janeiro, (2003, p.61).

Weiss, Maria Lúcia L. – Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar, Rio de Janeiro, DP&A, (2004, p.77)

Ramos, M.T.O. e Pagotti, A.W.  Avaliando o pensamento operatório em futuro professores: Campinas, SP, (2008, p.7)

Visca, Jorge – Técnicas projetivas psicopedagógicas  e pauta gráficas para sua interpretação (2008, p.33).

Piaget, Jean – Seis Estudos de Psicologia. Rio de janeiro, (1964, p.176).

Piaget, Jean, em Biologia e Conhecimento, Petrópolis: Editora Vozes, (1996, p.7).

Galvão, I. Henry Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, (Coleção  Eduardo e Conhecimento), (2003, p.74).

Weiss, Maria Lúcia L. - Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar, Rio de Janeiro, (2004, p.72).

Weiss, Maria Lúcia L. – Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar, Rio de Janeiro, (1992, p.130).

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a autorizar a participação do menor _______________________________ no Estágio de Psicopedagogia Clínica oferecido pela Faculdade Amadeus, autorizando seu filho a participar da pesquisa na qualidade de cliente atendido pelos estagiários do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, visando o esclarecimento do problema de aprendizagem identificado pela instituição C.M.A.L que fez o encaminhamento da criança através da Assistente Social L.C.O.

JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos leva a estudar o problema de aprendizagem escolar consiste em identificar as causas que levam a criança ao fracasso escolar e indicar possíveis formas de intervenção clínica e institucional para o enfrentamento do problema. A pesquisa se justifica pelo fato de sabermos que é dever da instituição acadêmica colocar os saberes produzidos a disposição da comunidade contribuindo para um mundo melhor e mais justo.

O(s) procedimento(s) de coleta de material serão realizados em 12 sessões que durarão em torno de cinquenta minutos. As sessões serão realizadas no período de abril a junho de 2012 seguindo o cronograma anexado a este termo. Os pais ou responsáveis pelo menor autorizam além de sua participação também o seu deslocamento da C.M.A.L na Rua Frei Paulo nr 682 – Bairro São José – Aracaju/SE para a Faculdade Amadeus localizada na Rua Estância nr 937 – Centro – Aracaju/SE na companhia de um dos estagiários que também assinam este termo, para que ela possa ser atendida no consultório e, em seguida ao atendimento, levada para a instituição de origem.  Esses deslocamentos também serão autorizados pela instituição Casa Maternal Amélia Leite que fará a liberação da criança mediante a apresentação deste Termo autorizado pelo representante legal da criança. 

DESCONFORTOS E RISCOS E BENEFÍCIOS: Existe um desconforto e risco mínimo para a criança que vai se submeter à coleta do material e que consiste numa certa resistência em falar sobre algo que a incomoda e faz sofrer. O processo de resistência em atendimentos psicoterapêuticos é normal e esperado e os pais ou responsáveis deverão conversar com os estagiários caso ocorra alguma manifestação desta natureza durante o processo de avaliação diagnóstica.

No entanto, ultrapassado o período de resistência inicial a criança estabelecerá com o estagiário um vínculo de confiança que lhe proporcionará o alívio dos sintomas e sua elaboração terapêutica durante os atendimentos psicopedagógicos. 

FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: Durante o processo de avaliação diagnóstica o estagiário compromete-se a dar todos os esclarecimentos necessários aos pais e responsáveis pelo menor. Após o término do diagnóstico o estagiário compromete-se a informar aos pais todos os dados levantados explicando-lhes as implicações destes aspectos no processo de aprendizagem do menor bem como fornecer as orientações para a instituição Casa Maternal Amélia Leite que encaminhou o menor.

GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você será esclarecido (a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar através da leitura que os estagiários farão deste termo consistindo este momento de autorização não apenas na assinatura do TCLE, mas especialmente num momento de diálogo e esclarecimentos perante as testemunhas que também assinam este documento. Você é livre para recusar-se a participar de qualquer procedimento, retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios.

Os estagiários irão tratar a sua identidade e a identidade da criança com padrões profissionais de sigilo. Os resultados das sessões serão comunicados para você, juntamente com as produções e falas bem como tudo que for dito pelo menor em atendimento; são dados que permanecerão confidenciais como determina o código de ética profissional. O nome da criança ou o material que indique a sua participação não será liberado. Você e a criança não serão identificadas (as) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.

Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será assinado em quatro vias, devendo ficar uma via com a Instituição Casa Maternal Amélia Leite, uma via com a Instituição de Ensino Faculdade Amadeus, uma via com os estagiários da pesquisa e outra via com a professora que supervisiona este estágio. Uma cópia deste consentimento livre e esclarecido será arquivada e outra será fornecida a você.

CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para você e não será disponibilizada nenhuma compensação financeira adicional.

DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA CRIANÇA:

Eu, _______________________________________ fui informado (a) dos objetivos da pesquisa acima mencionados neste documento, que totaliza 04 (quatro) páginas e de maneira clara e detalhada pude esclarecer minhas dúvidas perante as testemunhas que também assinam este documento. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim o desejar. Os (as) pesquisadores (as)

_______________________________________________________________

(estagiário 1)

_______________________________________________________________

(estagiário 2) 

_______________________________________________________________

(estagiário 3)

_______________________________________________________________

(estagiário 4) 

certificaram-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais.

Em caso de dúvidas poderei entrar em contato com os estagiários através dos seguintes números telefônicos:

Nome completo do estagiário 1 – telefone

Nome completo do estagiário 2 – telefone

Nome completo do estagiário 3 – telefone

Nome completo do estagiário 4 – telefone

ou ainda com  a Secretária dos Cursos de Pós- Graduação – Jamile Leillane Nunes Soares Lisboa através do telefone 2105-2039 ou pessoalmente na Rua Estância nr 937 – Centro – Aracaju/SE. Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler (ou o termo foi lido para mim caso não possa fazê-lo) e todas as minhas dúvidas foram esclarecidas.

                 Nome

Assinatura da Mãe ou Responsável pela criança

Data

                 Nome                        Assinatura do Estagiário 1                 Data

Nome

Assinatura do Estagiário 2

Data

Nome

Assinatura do Estagiário 3

Data

Nome

Assinatura do Estagiário 4

Data

Nome

Assinatura da Assistente Social da C.M.A. L

Data

Nome

Assinatura do Representante legal da C.M.A.L

Data

Nome

Assinatura do Representante legal da Faculdade Amadeus

Data

         ANEXO B – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Nr da sessão

ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA

C/H

(atendimento)

Data/período

1ª aula: 24/03 – preparação para Enquadre, CEV e EOCA

10H

01

Entrevista Inicial (análise da queixa, enquadramento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido)

50 minutos

26 à 30/03

E 02 à 13/04

02

Sessão Inicial coma criança _ CEV (contato de estabelecimento vincular recomendado fazer uma sessão lúdica)

50 minutos

03

EOCA (Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem)

50 minutos

1ª SUPERVISÃO: 14/04 (SUPERVISÃO DAS TÉCNICAS APLICADAS)

Aula no dia 15/04 (Preparação teórico-prática para as provas projetivas)

20H

AULA: 05/05 – PREPARAÇÃO TEÓRICO-PRATICA PARA AS PROVAS OPERATÓRIAS

10H

04

Aplicação de Provas Projetivas (Par Educativo)

50 minutos

CONCLUIR NA SEMANA DE 28/05 a 01/06

05

Aplicação de Provas Projetivas (desenho em episódios)

50 minutos

06

Aplicação de Provas Projetivas (Família Educativa)

50 minutos

2ª SUPERVISÃO: 30/05 – QUARTA-FEIRA (TÉCNICAS PROJETIVAS)

05H

AULA: 02/06 (PREPARAÇÃO PARA ANAMNESE E PROVAS PEDAGÓGICAS. ORIENTAÇÕES PARA A DEVOLUTIVA)

10H

06/06 – QUARTA-FEIRA (ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO FINAL - TCC)

05H

07

Provas Operatórias (seriação)

50 minutos

04/06 à 08/06

08

Provas Operatórias (conservação de massa)

50 minutos

09

Anamnese 1

50 minutos

11 à 15/06

10

Anamnese 2

50 minutos

3ª SUPERVISÃO: 15/06 – SEXTA-FEIRA (TÉCNICAS OPERATÓRIAS)

05H

11

Provas Pedagógicas

50 minutos

18 à 22/06

12

Devolutiva

50 minutos

4ª SUPERVISÃO: 20/06 – QUARTA-FEIRA (PROVAS PEDAGÓGICAS)

05H

APÓS ESTA DATA SERÃO LANÇADAS AS NOTAS DA DISCIPLINA PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA

23/07/2012 – DATA LIMITE FINAL PARA ENTREGA DOS TCC’S PARA CORREÇÃO E LANÇAMENTO DAS NOTAS DA DISCIPLINA TCC.

APÊNDICE A – FICHA DE PLANEJAMENTO – CEV (CONTATO DE ESTABELECIMENTO VINCULAR)

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data: 03/04/12     Sessão: 01

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara / Paulo/ Adinelma

Temática: CEV (Contato de Estabelecimento Vincular)

Objetivo: Apresentar a sala à criança, iniciar o estabelecimento de um vínculo.

Estratégias: Apresentar os recursos que estavam presentes em sala e deixar a criança livre para explorar os recursos, o ambiente físico e a equipe.

Recursos: Brinquedos de montar, carinho, avião, bonecos e emborrachados de letras e números.

APÊNCIDE B – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – CEV

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data: 03/04/12 Sessão: 01

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: CEV

Descrição do atendimento

C. chegou retraído, verbalizou que não queria ficar, mas depois que conheceu a sala se acalmou. Demorou em começar a explorar os recursos e quando tomou a iniciativa, ficou brincando com os brinquedos que estavam perto dele. Após algum tempo ele viu uma caixa e foi até ela descobriu outros brinquedos como o trem e ficou brincando timidamente o resto da sessão. Verbalizou muito pouco. Manipulou os objetos apenas olhando e muitas vezes não experimentando seu funcionamento

APÊNDICE C - FICHA DE ANÁLISE DA SESSÃO-CEV

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 01

Temática: CEV

Escola: C.M A.L

Informe avaliativo

Durante o processo avaliativo C. mostrou-se retraído, não verbalizando e querendo não permanecer em sala. Mostrou pouco interesse nas atividades, não demonstrando iniciativa. Foi difícil estabelecer um vínculo com a criança, pois ela não manipulou os objetos ficando apenas olhando o que tinha na sala.

APÊNDICE D – FICHA DE PLANEJAMENTO – EOCA

Nome: C.J. S     idade: 04 anos

Data: 10/04/12 Sessão: 02

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: EOCA (Entrevista Operatória Centrada na Aprendizagem)

Objetivo: Observar como a criança constrói e cria a partir dos recursos que são disponibilizados naquele momento. E observar como este procura o processo de aprendizagem.

Estratégias: Os recursos foram apresentados a C. e a partir daí foi pedido que ele fizesse o que ele soubesse.

Recursos: Brinquedos, lápis, papel, tinta guache, pincel, massa de modelar, lápis de cor, cera, cola, tesoura.

FICHA E – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – EOCA

Nome: Caíque José da Santa idade: 04 anos

Data: 10/04/12 Sessão: 02

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: EOCA

Descrição do atendimento

C. chegou tímido e calado. Respondeu apenas o que foi perguntado, sentou na cadeira. Foi apresentado o material que estava na mesa, (lápis, papel, tinta guache, pincel, massa de modelar, lápis de cor, cera, cola e tesoura), lentamente ele começou a explorar o material fixando-se no papel e nos lápis de cera. Começou a rabiscar e a pintar sem verbalizar. Depois pele pegou a massa de modelar e ficou com a azul na mão direita enquanto continuava pintando. As formas rabiscadas não tem forma de desenho, apenas borrões, utilizou a tinta p/ fazer um dinossauro segundo ele. Logo após pediu para ir embora.

APENDICE F - FICHA DE AVALIAÇÃO – EOCA

Nome: C.J.O                idade: 04 anos

Data de Nascimento :13/03/2004       Sessão: 02

Temática: EOCA

Escola: C.M. AL

Informe Avaliativo

Durante a sessão C. mostrou-se retraído, calado e só respondia o que era perguntado. Diante do material apresentado não teve iniciativa em manipulá-los. Apenas lentamente ele pegou o papel e o lápis de cera e começou a rabiscar sempre calado. Logo após pegou um pincel e começou a pintar um papel, quando perguntamos o que era aquele desenho ele disse que era um dinossauro

ANEXO G – FICHA DE PLANEJAMENTO – SESSÃO LÚDICA

Nome: C.J. S                idade: 04 anos

Data: 12/04/12 Sessão: 03

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: Sessão Lúdica

Objetivo: Continuação da observação do processo de aprendizagem.

Estratégias: Os recursos foram apresentados e a criança foi deixada livre para explorá-los.

Recursos: Brinquedos, lápis, papel, tinta, massa de modelar, emborrachado.

APÊNDICE H – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – LÚDICA

Nome: C.J. S   idade: 04 anos

Data: 10/04/12 Sessão: 03

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Tema :Sessão Lúdica

Descrição do atendimento:

C. chegou tímido e calado, sentou no emborrachado e ficou a sessão toda explorando os brinquedos que estavam perto dele, como avião e o cachorro de pelúcia e ficava fazendo contorno nas letras do emborrachado. Depois de 25 min ele pegou o jogo engenheiro de montar e começou a explorá-lo, comparando o que criava com a figura da caixa, não conseguiu fazer igual, mas não demonstrava nenhuma frustração por isso. Quando a sessão acabou ele guardou apenas o jogo e quis ir embora.

APÊNDICE I – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – LÚDICA

Nome: C.J. S  idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 03

Temática: Sessão Lúdica

Escola: C.M.A.L

Informe Avaliativo:

Nesta sessão C. sentou-se no emborrachado de letras, e novamente, calado e introspectivo começou a manipular os brinquedos que se encontravam dispostos no emborrachado eram estes: ursinho de pelúcia, as próprias letras do emborrachado. Ao mesmo tempo em que ficava olhando para a equipe e para os outros objetos que estavam na sala. Passados 30 minutos C. continuava sem verbalizar nada, pegou o jogo de engenheiro e começou a brincar, a mostrar e a explorar. Tentou imitar a figura que estava na caixa, mas não conseguiu e não demonstrou nenhuma frustração com isso. Ainda continuou sendo difícil estabelecer um vínculo com a criança.

APÊNDICE J – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO

Nome: C.J. S       idade: 04 anos

Data: 19/04/12 Sessão: 04

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: Provas Projetivas – Par Educativo

Objetivo: Obter informações a respeito do vínculo em relação à aprendizagem, como foi internalizado por ele o processo de aprender e como percebe aquele que ensina e o que aprende.

Estratégias: Aplicação da técnica do desenho Par Educativo, referente ao que aprende e ao que ensina.

Recursos: Papel chances A4 , 01 lápis grafite preto e uma borracha.

APÊNDICE L - FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data: 19/04/12 Sessão: 04

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Tema: Provas Projetivas – Par Educativo

Descrição do atendimento

Colocamos em cima da mesa, a disposição de C. 01 folha de papel A4 branca, 01 lápis grafite preto e 01 borracha. Solicitamos que ele desenhasse dois personagens: um que ensina outro que aprende. Ele desenhou um sapo e o homem, sem especificar quem ensina e quem aprende. Disse que o sapo tinha (02 anos) e o homem (5 anos). Não soube dar nomes aos personagens, nem título. Com relação ao tamanho dos dois desenhos, estão razoavelmente proporcionais, sendo o que caracteriza o homem de tamanho grande e o sapo menor. Durante a sessão ele mostrou-se retraído e impaciente, o tempo todo queria ir embora.

APÊNDICE M - FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PAR EDUCATIVO

Nome: C.J.S   idade: 04 anos

Data de Nascimento :13/03/2004 Sessão: 04

Temática: Provas Projetivas – Par Educativo

Escola: C.M.A.L

Informe Avaliativo

Nesta sessão foi aplicada a Provas Projetivas – Par Educativo, a qual visa obter informação a respeito do vínculo estabelecido em relação à aprendizagem e como este processo de aprender foi internalizado. Durante a aplicação desta técnica C. mostrou-se retraído e impaciente verbalizando todo o tempo que queria ir embora. Em relação à técnica C. desenhou um sapo e um homem, ele disse que o sapo tinha 2 anos e o homem 5 anos. Não soube dar nomes aos personagens, nem título. Acreditamos que este desenho é significativo, pois, percebemos que C. pode ter se projetado na figura do sapo, sendo um ser insignificante, que não aprende e não tendo uma definição de quem é o ensinante.

APÊNDICE N– FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA

Nome: C.J.S   idade: 04 anos

Data: 29/05/12 Sessão: 05

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: Prova Projetiva – Família Educativa

Objetivos: Aplicar a técnica da família educativa a qual visa investigar o vínculo de aprendizagem com a família em geral e com os integrantes.

Estratégias : Pedimos para que C. desenhasse uma família e depois perguntamos quem era e o que faziam.

Recursos: Papel chamex A4 , 01 lápis grafite preto e uma borracha

APÊNDICE O  – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA

Nome: C.J.S  idade: 04 anos

Data: 29/05/12 Sessão: 05

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Tema: Prova Projetiva – Família Educativa

Descrição do atendimento

C. chega novamente calado, de cabeça baixa, entra na sala e pega um aviãozinho e um carrinho e logo começa a brincar. Foi entregue a ele afolha de papel A4, 01 lápis e 01 borracha, foi falado a consigna. Ele rapidamente pegou o lápis e começou a rabiscar de cabeça baixa e calado. Não interage com a equipe. Ao terminar, ele apenas disse que no desenho tem um sapo de 05 anos e um boneco de 03anos. Repete que não sabe mais o que dizer, depois de algum tempo disse que o sapo está fazendo xixi.

APÊNDICE P - FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – FAMÍLIA EDUCATIVA

Nome: C.J.S  idade: 04 anos

Data de Nascimento :13/03/2004 Sessão: 05

Temática: Prova Projetiva – Família Educativa

Escola: C.M.A.L

Informe Avaliativo

Nesta sessão foi aplicada a Prova Projetiva – Família Educativa que visa investigar o vínculo de aprendizagem com a família em geral e com os integrantes da família em geral e com os integrantes da família. No início desta sessão, C. novamente fica de cabeça baixa, calado e introspectivo. Ele pegou um avião e um carinho e começou a brincar. Durante a aplicação da técnica, C. rabiscou no papel e com a cabeça baixa e calado não interagindo com a equipe. Ao término, produziu um sapo de 5 anos e um boneco de 3 anos, dizendo que não sabia mais o que dizer, nem o que criar. Um tempo depois disse que o sapo estava fazendo xixi. Diante do que foi exposto nesta sessão, percebemos que C. demonstra mais uma vez que ele se sente sem significado na família e que esta mesma família não possui nenhum significado no seu processo de aprendizagem.

APÊNDICE Q – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO - DESENHO EM EPISÓDIOS

Nome: C.J. S   idade: 04 anos

Data: 29/05/12 Sessão: 06

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Temática: Prova Projetiva – Desenho em Episódios

Objetivos: C. realize os desenhos em episódios, para saber se ele tem noção de tempo, espaço de continuidade.

Estratégias: Foi pedido que C. desenhasse um dia na vida de um menino de folga, desde a hora que acordava até a hora que ia dormir.

Recursos: Papel chamex A4 , 01 lápis grafite preto e uma borracha.

APÊNDICE R – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – DESENHO EM EPISODIOS

Nome: C.J. S   idade: 04 anos

Data: 29/05/12 Sessão: 06

Entrevistadora: Pâmela

Observação/Descrição: Cynara/Paulo/Adinelma

Tema: Prova Projetiva – Desenho em Episódios

Descrição do atendimento

C. olha para a equipe enquanto é explicado a consigna. Entregamos 01 folha A4, 01 lápis, 01 borracha. Porém ele foi logo dizendo que não quer fazer. Estimulamos a fazer o desenho, porém, ele se recusou dizendo que não queria fazer e queria ir embora. Não desenhou nada.

APÊNDICE S – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – DESENHO EM EPISÓDIOS

Nome: C.J.S     idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 06

Temática: Desenho em Episódios

Escola: C.M.A.L

Informe Avaliativo

Nesta sessão foi aplicada a Prova Projetiva – Desenho em Episódios, que visa obter informações sobre a noção de tempo, espaço e continuidade que a criança possui. Durante a aplicação desta técnica, C. se recusou a desenhar justificando que não sabia e não queria fazer, chegando a falar de forma agressiva e a dizer que queria voltar para a sala. Percebemos que mesmo ele sendo estimulado C. se coloca no lugar do que não aprende, demonstrando também que precisa de limites. Não demonstra ter nenhuma noção de tempo e espaço. Não desenhou nada

APÊNDICE T – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – SESSÃO LIVRE

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data: 31/05/12 Sessão: 07

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Sessão Livre

Objetivos: Obter informações sobre o criativo do cliente, no tocante aos processos cognitivos, afetivos e sociais e sua relação com o modelo de aprendizagem.

Estratégias: Deixar C. livre para brincar a vontade.

Recursos: Papel chamex A4, lápis de cor, tintas, pincel, massa de modelar, brinquedos e animais.

APÊNDICE U – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – SESSÃO LIVRE

Nome:C:.J.S        idade: 04 anos

Data: 31/05/12 Sessão: 07

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Tema: Sessão Livre

Descrição do atendimento:

Iniciamos dizendo que ele estava livre para pegar o que quisesse, e que ele ficasse a vontade. Pela primeira vez ele demonstrou iniciativa, pegou um jogo do xadrez e começou a manipular as peças. Em seguida, desistiu do jogo, pegou uns animais que estava no chão e colocou-os sobre a mesa, organizou em fileira e alinhou, depois colocou para trás. Foi perguntado o nomes dos animais e ele soube responder todos exceto: o leopardo, e a girafa. Em seguida, voltou a pegar novamente o tabuleiro que estava em cima da caixa e manuseou as peças. Depois pegou uma caixa que estava no chão, abriu-a retirou diversos objetos sendo estes: tinta de diversas cores, pincel disse que queria pintar, demos uma folha em branco e ele começou a desenhar. Perguntamos como se chamava o desenho ele disse que era um lobo, depois fez outro desenho disse que era um pica-pau, perguntamos o que ele gosta de comer ele disse que ele gostava de comer peixe e camarão, falou também que o pica-pau não tinha asa e não voa. Continuou desenhando perguntamos o que era o desenho ele disse um dinossauro. Logo após pegou a massa de modelar que estava na caixa e começou a manusear fazendo um boneco, perguntamos como se chamava o boneco ele disse que era um policial. Não queria ir embora

APÊNDICE V – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – SESSÃO LIVRE

Nome: C.J. S   idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão:07

Temática: Sessão livre

Escola: C.M.A. L

Informe Avaliativo

Nesta sessão C. foi deixado inicialmente livre para que ele se sentisse estimulado, livre para escolher com o que queria brincar. Nesta sessão ele chegou animado, disposto e falando o que era perguntado. Demonstrou iniciativa pegando o material que estava disposto no chão. Pegou um jogo e na interação com este percebemos que C. sabe nomear as cores e animais. Teve iniciativa novamente de pegar a caixa de materiais e disse que queria pintar e pegou a tinta e o pincel. Fez uma pintura a qual deu o nome de lobo, depois fez outra pintura e deu o nome de pica-pau, disse que o pica-pau não tem asa nem voa. Depois fez outra pintura e disse que era um dinossauro. Mudou de material pegando a massa de modelar e fez um boneco que chamou de policial. Mostrou-se tranquilo e comunicativo. Percebemos que diante de uma estimulação livre C. corresponde ao que é solicitado.

APÊNDICE X  – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – SERIAÇÃO

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data: 04/06/12 Sessão: 08

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Provas Operatórias - Seriação

Objetivos: Determinar o nível de pensamento de C., sendo esta uma análise quantitativa e reconhecer as diferenças funcionais, realizando um estudo predominante qualitativo.

Estratégias: Foi apresentado a C. canudos de vários tamanhos para que pudesse

Recursos: Canudos de vários tamanhos.

APÊNDICE A-A – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – SERIAÇÃO

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data: 04/06/12 Sessão: 08

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Tema: Provas Operatórias – Seriação

Descrição do atendimento

Iniciamos a sessão dizendo que ele estava livre para pegar o jogo que quisesse, ficasse a vontade. Ele foi logo pegando o tabuleiro do xadrez, sendo que esse jogo de um lado é xadrez do outro lado é outro jogo e ele sempre se dirigia e esse lado, pegou às peças coloridas, pedimos que ele colocasse as peças correspondente as cores ele assimilou corretamente todas as cores. Logo após falei que ele iria fazer uma atividade passei a consigna, apresentei os palitos em ordem decrescente e perguntei  se ele sabia qual era o menos e o maior, ele disse que não sabia, misturou os palitos e disse que não queria fazer mais. Logo após foi até a estante e pegou o jogo Lince (jogo da memória) colocou sobre a mesa começou mexer e colocou de volta na estante. Pediu tinta e pincel, usou várias cores e fez um desenho, quando perguntei , disse que era um lobo mal.

APÊNDICE B-B – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS - SERIAÇÃO

Nome: C.J. S    idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 08

Temática: Prova Operatória - Seriação

Escola: C.M.A.L

Informe Avaliativo

A sessão foi iniciada com um tempo livre para que C. explorasse seu potencial criativo. Na aplicação desta técnica C. demonstrou que não conhece a diferença de tamanho e de seriação. Isso fez com que ele dissesse que não sabia e que não queria continuar a atividade . Logo após pegou vários jogos, mas não deu continuidade a nenhum. Depois pediu para pintar com tinta e pintou um lobo. Percebemos que C. não tem noção de tamanho e seriação, inquieto ele pede para encerrar a atividade. Ele é classificado em ausência de seriação, nível 1 o sujeito fracassa nas suas tentativas de ordenar.

APÊNDICE C-C – FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS CONSERVAÇÃO EM MASSA

Nome: C.J.S          idade: 04 anos

Data: 10/06/12    Sessão: 09

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Provas Operatórias – Conservação em Massa

Objetivo: Determinar o nível de pensamento de C., sendo esta uma análise quantitativa e reconhecer as diferenças funcionais, realizando um estudo predominante qualitativo.

Estratégias: Apresentamos a massa de modelar a C. e pedimos que ele fizesse duas bolas de tamanho igual.

Recursos: Massa de modelar.

APÊNDICE D-D – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – CONSERVAÇÃO EM MASSA

Nome: C.J.S     idade: 04 anos

Data: 10/04/12 Sessão: 09

Entrevistador: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Tema: Provas Operatórias – Conservação em Massa

Descrição do atendimento

Foi dado liberdade para C. ficasse a vontade, ele novamente pegou o tabuleiro as peças coloridas, depois de algum tempo colocou de volta no chão. Em seguida expliquemos como seria a técnica de conservação de massas. Foi solicitado que ele escolhesse duas cores, ele escolheu azul e verde, começou a modelar com as mãos. Pedimos para que ele fizesse duas bolas iguais, ele não utilizou toda a massa apenas uma parte dela. Em seguida perguntamos se as bolinhas tinham o mesmo tamanho ele disse que não sabia. Foi até a estante e pegou o jogo da memória

APÊNDICE E-E – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS OPERATÓRIAS – CONSERVAÇÃO EM MASSA

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 08

Temática: Provas Operatórias - Conservação de Massa

Escola: C.M.A. L

Informe Avaliativo

A sessão foi iniciada com um tempo livre para que C. explorasse seu potencial criativo. Neste processo, ele demonstrou iniciativa pegando um jogo, manuseou suas peças e depois desistiu. Em seguida foi aplicada a técnica de conservação de massa com o objetivo de conhecer o funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito, ele não soube falar se tinha a mesma quantidade, na aplicação desta técnica percebemos que C. não tem noção de tamanho e diferenciação, ele se classifica no nível 1 – não conserva dor, ele não estabelece a igualdade inicial.

APÊNDICE F-F - FICHA DE PLANEJAMENTO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – LINGUAGEM (LEITURA – ESCRITA)

Nome: C.J. S    idade: 04 anos

Data: 14/06/12 sessão: 10

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Provas Pedagógicas – Linguagem

Objetivos: Analisar o que C. já aprendeu e definir o nível pedagógico, cognitivo que se encontra para verificar se a adequação na série que cursa se está condizente com seu nível de aprendizagem.

Estratégias: Foi apresentado a C. numa folha de A4 na parte de cima uma figura e em baixo o nome da figura, pedimos que identificasse primeiro a figura e depois a primeira letra do nome.

Recursos: Desenhos: casa, bola, lápis, menino, nome da figura.

APÊNDICE G-G – FICHA DE DESCRIÇÃO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – LINGUAGEM (LEITURA – ESCRITA)

Nome: C.J. S        idade: 04 anos

Data: 14/06/12 sessão: 10

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Tema: Provas Pedagógicas- Linguagem

Descrição do atendimento

Iniciamos a sessão dando a C. liberdade como nas sessões anteriores, para que ele pudesse explorar o seu potencial criativo. Ele dirigiu-se à estante pegou diversos objetos e começou a manusear, mas logo desistiu de todos. Iniciamos a técnica, mostrando a ele que no papel A4 no lado de cima havia uma figura e embaixo o nome correspondente a figura para ele primeiro a figura, logo após falar a primeira letra da palavra que correspondia à figura, iniciamos com a casa ele soube identificar a figura e não soube identificar a letra c, o segundo desenho era um menino ele soube identificar a figura e a letra m ele disse que era u, o terceiro desenho ele soube identificar a figura que era uma bola, porém ele disse que era c, já em relação ao ultimo desenho ele acertou que era um lápis, porém o l ele disse que era u.

APÊNDICE H-H – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVA PEDAGÓGICA – LINGUAGEM (LEITURA – ESCRITA)

Nome: C.J.S idade: 04 anos

Data de Nascimento :13/03/2004 Sessão: 10

Temática: Provas Pedagógicas – Linguagem

Escola: C.M.A. L

Informe Avaliativo

Iniciamos a sessão dando a C. liberdade como nas sessões anteriores, para que ele pudesse explorar o seu potencial criativo. Ele dirigiu-se à estante pegou diversos objetos e começou a manusear, mas logo desistiu de todos. Iniciamos a técnica, mostrando a ele que no papel A4 no lado de cima havia uma figura e embaixo o nome correspondente a figura, sendo que ele deveria identificar primeiro a figura, logo após falar a primeira letra da palavra que correspondia à figura, iniciamos com a casa ele soube identificar a figura e não soube identificar a letra c, o segundo desenho era um menino ele soube identificar a figura e a letra m ele disse que era u, o terceiro desenho ele soube identificar a figura que era uma bola porém, ele disse que era c, já em relação ao ultimo desenho ele acertou que era um lápis porém o l ele disse que era u. Percebemos que C. não tem o conhecimento necessário das letras, sílabas e fonemas.

APÊNDICE I-I – MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM)

B                 O          L             A

APÊNDICE J-J - MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM)

C A S    A

APÊNDICE  L-L – MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM)

L     Á     P   I    S

APÊNDICE M-M – MATERIAL UTILIZADO PARA REALIZAÇÃO DA PROVA PEDAGÓGICA (LINGUAGEM)

M  E N  I  N   O

APÊNDICE N-N – PLANEJAMENTO DA SESSÃO – RACIOCÍNIO LÓGICO –(MATEMÁTICA)

Nome: C.J. S               idade: 04 anos

Data: 14/06/12              sessão: 10

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Provas Pedagógicas - (Raciocínio Lógico)

Objetivo: Avaliar o desenvolvimento do raciocínio matemático.

Estratégias: Foi apresentado a C. os números de 1 a cinco, e foi pedido para que identificasse cada número logo após colocasse a quantidade de palitos de fósforos abaixo do número que correspondesse.

Recursos: Números de 1 a 5 , palitos de fósforos.

APÊNDICE O-O  – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – RACIOCÍNIO LÓGICO (MATEMÁTICA)

Nome: C.J. O        idade: 04 anos

Data: 14/06/12 sessão: 10

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Tema: Provas Pedagógicas (Raciocínio Lógico)

Descrição Atendimento

Iniciamos a técnica apresentando os números de 01 a 05 em forma de dominó, fora da ordem. Perguntei se ele sabia, ele falou a  numeração toda  corretamente. Pedimos para que colocasse os números em ordem ele colocou todos na ordem, porém, colocou o número 2 de cabeça para baixo. Pegamos alguns palitos de fósforos e pedimos para ele colocar a quantidade de palitos em baixo do número ele somente acertou os números 01 e 2. Disse que não queria mais fazer a atividade. Foi novamente à estante, pegou a caixa de jogo Lince (jogo da memória), e começou a brincar, pedi para ele colocar nas figuras correspondentes, localizando ele acertou todas as figuras.

APÊNDICE P-P  – FICHA DE AVALIAÇÃO DE SESSÃO – PROVAS PEDAGÓGICAS – RACIOCÍNIO LÓGICO (MATEMÁTICA)

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 10

Temática: Provas Pedagógicas (Raciocínio Lógico)

Escola: C.M.A. L

                                                                                                                             

Informe Avaliativo

A sessão foi iniciada com o tempo livre para que C. explorasse o seu potencial criativo. Ele pegou alguns jogos, mas não deu continuidade. Iniciamos a técnica apresentando números de 1 a 5 em forma de dominó. C. soube identificar os números, mas não soube identificar a quantidade de palitos correspondente aos números. Ele quis desistir da atividade dizendo que não queria fazer mais. Foi pegar o jogo da memória e soube assimilar as figuras do jogo. Percebemos que C. sabe decodificar o símbolo número, porém ele não sabe identificar a quantidade que ele representa.

APÊNDICE Q-Q – FICHA DE PLANEJAMENTO DA ANAMNESE

Nome: C.J.S Idade: 04 anos

Data: 14/06/12 sessão: 11

Tema: Anamnese

Objetivos: Buscar a história do cliente, o qual consiste na obtenção das informações de maneira direta, através de uma entrevista, já que ela possibilita a integração de passado, presente e futuro do paciente, colhendo dados significativos, através do qual obtemos dados para levantamento de hipóteses.

Estratégias: Aplicação de um questionário, o qual utilizou para realizar a entrevista.

Recursos: Questionários .

APÊNDICE R-R  – FICHA DE DESCRIÇÃO DA ANAMNESE

Nome: C.J.S  Idade: 04 anos

Data: 14/06/12  

Entrevistadora: Cynara

Observação/Descrição: Pâmela/Paulo/Adinelma

Temática: Anamnese

Descrição da entrevista Anamnese

Fomos até a residência de C. e entrevistamos a mãe dele a Sra. V.S. A qual nos recebeu bem nos deixando a vontade e. Ela tem 41 anos, estudou o 1° grau e é auxiliar de cozinha, disse que o pai dele o Sr. A. C. M. M tem 45 anos estudou o 1° grau e é pintor e C. não tem problemas com o pai, basta ele olhar para C. e ele já fica quieto. Informou que C. tem dois irmãos por parte de pai que moram com eles C. com 10 anos e C.A com 12 anos, moram todos na mesma residência. De acordo com a Sra. V. ela pensou em abortar quando descobriu que estava grávida, porém, desistiu. Teve uma gravidez normal, mas, teve uma raiva muito grande aos nove meses a qual ocasionou a dor do parto, falou que C. nasceu de parto normal e rápido. Informou que C. mama no peito até hoje. Disse que ele não tem horário para comer, mastiga bem, porém, come depressa assistindo TV, só come junto com a família no final de semana. Informa que C. andou com aos nove meses, aprendeu andar sozinho e caia muito, não demonstrava

ano e três meses, suas primeiras palavras foram: papai, mamãe e Carol. Informa que C. trocava as letras e falava muito errado. Tem asma e já foram internado várias vezes, disse que C. gosta de brinquedos, computador, assistir TV e jogar bola. Informa também que C. se relaciona bem com os irmãos e o pai, porém com ela é muito bruto. A maneira é de castigar é trancando ele no quarto, quando isso o acontece não grita e não quer que chegue perto dele. A mãe disse que protege demais ele e não sabe que ele tem ódio dela. Disse que ele é apegado ao irmão C.A. Informa que quem o ajuda a fazer as tarefas são os irmãos e ela quando tem tempo. Ele apresenta um comportamento tímido na escola e em casa não é desinibido o que ele gosta de fazer é assistir pica-pau, ficar na piscina de plástico em casa sozinho no quintal, passear no parque. Desde 06 meses ele frequenta a creche, pois, ela precisou trabalhar, ela o tirou de lá, pois, ele chorava muito quando chegava lá. Colocou na creche atual e ele não chora, gosta de ir para lá, acha a creche boa, tem abertura para diálogo. Ela relata que a família não tem problema atualmente.

Finaliza suas palavras dizendo que ele não obedece a ela, é bruto, responde, não tem limite, porém, ela o protege muito.

APÊNDICE S-S  – FICHA DE AVALIAÇÃO DA ANAMNESE

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 11

Temática: CEV

Escola: C.M A.L

Informe Avaliativo

Buscamos através da entrevista, encontrar a história do cliente, a qual consiste na obtenção das informações de maneira direta, já que possibilita a integração de passado, presente e futuro da paciente, colhendo dados significativos, através do qual obtivemos informações importantes para o levantamento das hipóteses. Fomos até a residência do cliente e entrevistamos a mãe a Sra. V. Ela respondeu todas as perguntas referentes à dados pessoais, a história de vida, a fala, o sono, história clínica, história da família nuclear, estimulação, situações negativas vivenciadas pela criança, a história da família ampliada, história escolar. Através da junção de todos esses dados adquiridos e a junção da queixa pudemos fazer um diagnóstico do caso.

APÊNDICE T-T  – FICHA DE PLANEJAMENTO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA

 Nome: C.J.S        Idade: 04 anos

Data: 19/06/12 Sessão: 12

Entrevistador: Pâmela

Descrição/Observação: Cynara/Paulo/Adinelma

Tema: Devolutiva

Objetivos: Dar retorno aos pais, paciente e a escola. Apresentar os resultados da avaliação psicopedagógica, é uma análise dos fatores referentes aos modos de adquirir o conhecimento do sujeito e da família.

Estratégias: Fomos até a casa da criança falamos com a mãe. Depois fomos à creche conversamos com a criança na sala psicopedagógica  e por fim nos reunimos com a assistente social L. e a professora D.

Recursos: Conversa formal, verbal.

APÊNDICE U-U  – FICHA DE DESCRIÇÃO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA

Nome: C.J. S  Idade: 04 anos

Data: 19/06/12

Entrevistadora: Pâmela

Descrição/Observação: Cynara/Paulo/Adi Nelma

Tema: Devolutiva

Descrição do atendimento

Mãe:

Fomos até a residência de C. e quem nos recebeu foi mãe V. a qual já estava nos aguardando. Iniciamos falando que o objetivo de estarmos ali era dar um retorno para a família sobre todas as sessões e o que foi detectado de C. Falamos que o principal objetivo do atendimento psicopedagógico é o desenvolvimento de estratégia que permite verificar o potencial de aprendizagem de C. Perguntamos como ele estava, e ela disse que essa semana foi levar alguns exames de dele, e o médico disse que o colesterol dele está muito alto e que ela tem que mudar a alimentação. Falamos que estávamos ali para ajudá-la. E que conforme levantamento de dados durante o atendimento foram identificados algumas coisas sobre C. que ela deveria mudar. Verificou-se que apesar dele ter 4 anos, ele apresenta um comportamento de uma criança de 2 anos. Porém sua situação pode ser revertida para que ele apresente um comportamento de sua idade real. Em relação à amamentação não é bom para ambos, pois quem mama é bebê e ele não é mais, esse vínculo tem que ser rompido, pois ele precisa crescer e está prejudicando, pois ele fica dependente, ela concordou, apesar de afirmar que gosta de amamentar. Falamos que ela precisa ensiná-lo a ser mais independente nessa questão da alimentação. Sobre a raiva que ela falou que ele tem por ela, falamos que é porque ela o protege muito e  o deixa fazer o que tem vontade, assim não tem limites. Colocamos que precisa haver algumas mudanças de comportamento dela e de toda a família, para que as coisas possam mudar tais como: haver uma reeducação alimentar já que ele só como lanches, tirá-lo da cama do casal, pedir ajuda ao pai, pois não será fácil, estimulá-lo, pois ele é capaz, não deixar que os irmãos chame C. de burro, o pai ser mais presente nas atividades e lazer com C. e colocar limites nele . Ela aceitou o que falamos, concordou e demonstrou que entendeu, se mostrou disposta a mudar de comportamento. Enquanto conversávamos com ela, a filha mais velha que escutava a conversa no quarto se aproximou de disse que o que falávamos era verdade, pois eles agiam assim. Diante do nosso diálogo, ela se comprometeu a mudar, falamos que não seria fácil, porém se ela quisesse e tivesse iniciativa haveria a mudança.

Criança:

Ele chegou alegre e empolgado, disse que queria brincar, quando entrou foi direto para o teatrinho do fantoche, coisa que ele nunca fez nas sessões anteriores. Foi para trás das cortinas e pegou um boneco, interagi com outro e perguntei quem era aquele boneco ele disse que era o pai, o boneco era masculino. Falei para ele que iríamos conversar com ele, pois aquele seria o nosso ultimo encontro naquela sala, ele sentou-se. A colega começou a conversar. Ele baixou a cabeça sem olhar para ela. Iniciou sua fala dizendo que durante esses encontros que tivemos com ele percebemos algumas coisas que iríamos falar, pois queremos você cresça e desenvolva o seu potencial. Você precisa crescer, conversamos com a sua mãe e sugerimos que ela fizesse algumas mudanças, para que você cresça e fique um rapazinho, já está na hora de você crescer, nesse momento ele se virou e deu as costas, continuou sentado e fez o sinal de não balançando o dedo, a colega continuou falando que sugeriu para a mãe dele algumas mudanças tais como: ela não dar mais de mamar, pois ele não é mais criança, comer o que os garotos da idade dele come comida na hora certa, ele balançou o dedo novamente, colocou as mãos no rosto sinalizando que estava inquieto, ele iria dormir na cama dele sozinho, não iria dormir mais com os pais, balançou novamente o dedo. Concluímos dizendo que ele é inteligente e capaz, pedimos para ele repetir: EU SOU INTELEGENTE, ele não repetiu.

Creche:

A devolutiva foi feita para a professora D. e a assistente social L. Iniciamos dizendo que C. apresentou bons resultados do início do atendimento até agora. A sua dificuldade na aprendizagem é de origem familiar ,porém, a família já foi orientada especificamente sua mãe, a mudar de comportamento, e ela se dispôs a mudar de postura e atitudes. Destacamos que esta integração contribuiu positivamente para ajudar, tentarmos amenizar o problema da dificuldade de C. Faz-se necessário um auxílio da creche, pois é um trabalho realizado entre a creche e a família. Sendo que a creche pode ajudar da seguinte forma: estimular C. mostrando que ele é capaz é inteligente, toda vez que ele disser que não sabe mostrar o contrário, elogiá-lo sempre que necessário, fazê-lo cumprir os horários da tarefa tratando-o igual aos outros colegas, procurar fazer atividades de lúdicas e por fim encaminhando-o  para um atendimento psicossocial.

APÊNDICE V-V  – FICHA DE AVALIAÇÃO DA SESSÃO – DEVOLUTIVA

Nome: C.J. S      idade: 04 anos

Data de Nascimento: 13/03/2004 Sessão: 12

Temática: CEV

Escola: C.M A.L

Informe Avaliativo

Através da devolutiva demos retorno à mãe, ao paciente e a escola. Apresentamos os resultados da avaliação psicopedagógica, colocamos para eles os fatores relevantes aos modos de adquirirem o conhecimento do sujeito e da família, primeiro fomos até a casa da criança onde falamos com a mãe. Depois fomos à creche conversamos com a assistente social L. e a professora D. À criança falamos para ela que é hora dela crescer deixar alguns comportamentos e acreditar que ela é capaz, tem potencial. À mãe lembramos para ela a queixa dela em relação à aprendizagem de C., falamos do vínculo de dependência dela junto que precisa ser rompido para que ele possa ser independente, colocamos que ela precisava momento, pois é um trabalho da família principalmente ela e o esposo, ela se dispôs e se comprometeu a mudar de comportamento. Já na creche apresentamos os resultados das avaliações, falamos que a dificuldade de aprendizagem de C. é de origem familiar, porém, a família já tinha sido orientada a mudar de postura, sugerimos para elas algumas formas pedagógicas e afetivas de como lidar com a criança.