. Tantos porquês...

Porque procurar tantos por quês de tudo e não se ater às evidências?
Por que querer saber como tudo aconteceu e o que levou alguém a agir de modo tão violento, mostrando quão vulneráveis estamos e somos? Tantas suposições que não levam a nada, que não fazem com que tudo volte a ser como era antes.
Conjecturas. Diz que diz que. Será que teria sido diferente se... Foi a família ou a sociedade, a culpada por esse comportamento insano, monomaníaco? Esse alguém, que não pode ser chamado homem... Como se o homem fosse portador de todas as virtudes.
Porque a preocupação em mostrar todos os detalhes sórdidos da desgraça acontecida e que ganharam o mundo?
Porque promovê-la a tal ponto que daí possa surgir seguidores à procura da fama a qualquer preço? Mesmo que não participem em vida dessa glória inglória.
A venda de jornais, revistas, programas televisivos, o entrevistar os pequenos que estavam presentes na hora da atrocidade, as conversas que a todos torna juízes de tal barbárie, onde vidas foram ceifadas, famílias destruídas... Já está na hora de aquietar-se.
O alarde em torno de uma determinada situação faz com que se viva em uma prisão a
céu aberto. Todos se tornam prisioneiros da situação que se apresenta de modo irreversível.
Que medidas sejam tomadas. Que o acontecido não torne os homens indiferentes à desgraça, ao perigo que os cerca, mas que não se faça dele o assunto principal por dias a fio.
"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, dai-nos a paz!"