Geralmente, a vida aparenta uma batalha interminável entre diferentes partes do nosso ser, onde desejamos coisas distintas.
Cada uma desses "pequenos eu" tem um papel a desempenhar em nossas vidas.
Vamos entender em uma pequena análise simples. 
Em um certo momento você é "mãe", no momento seguinte assume a posição de "dona de casa", um pouco depois se torna "ginasta"  em uma aula de aeróbica,  durante o almoço vira " amiga " de um ente querido, enquanto isso seu marido se transformou em um executivo ao sair de casa e a noite quando se encontram voltam a ser " uma família", momentos depois se tornam "amantes", e ao dormir se tornam um ser único e "sozinho"
Vivemos a vida exatamente assim, passando de um personagem ao outro sem se dá conta.
Vamos comparar nossa personalidade a "uma orquestra", o regente é o "eu" que entra em contato o compositor,  que é o "eu transpessoal", que nos da informações de como deve ser executada a melodia da nossa vida, passando também para o subconsciente as informações de desempenho individual de cada subpersonalidade, onde sentimos satisfações ou frustrações.
Temos ainda dentro dessas subpersonalidades  "a perigosa", "a passional", "a mandona", " a dra sabe tudo ", " a infantil ", "a possessiva", " a carente", "a vítima", e muitas outras que intimamente conhecemos muito bem. 
Quando pensamos nessas subpersonalidades detectamos as que fazem parte do nosso "eu central",  aquelas que fazem parte do dia a dia,  outras são  oprimidas, encontram no "eu médio", entre o consciente e o inconsciente,  sabemos  da sua existência,  mas tentamos esquecer,  evitar que ela apareça,  como base do "ego", temos ainda subpersonalidades  do subconsciente,  que podem representar o que não queremos mostrar para ninguém,  como "impulsos sexuais proibidos", " fúria ", inveja ", são as que nos ameaçam e que podem nos  fazer  perder a razão em determinado momento de estresse.
Algumas pessoas estão constantemente acompanhadas dessas subpersonalidades onde elas se tornam base do certo e do errado, onde muitas vezes são oprimidas e projetada em outras pessoas. 
A psicanálise tem como objetivo expandir nossa consciência para entender e ser capaz de controlar esses três níveis,  desconectando algumas informações.
Um exemplo clássico onde a psicanálise entra para desconectar uma informação frustrante e adicionar a realidade,  é dentro do papel da mãe dedicada e que derrepente vê que o filho cresceu e esta pronto para sair de casa,  ela esta tão presa no papel de mãe que essa separação se torna motivo de imensa tristeza,  ela só mudará de papel quando desconectar da tristeza e aceitar uma nova fase da maternidade de forma saudável e equilibrada.
Outro caso muito comum em que a psicanálise tem um papel fundamental na subpersonalidade é do homem que trabalha durante toda sua vida, tem ainda grande identificação interior com o trabalho que exerce, como  parte da sua personalidade, derrepente ele se aposenta, daí  não sabe o que fazer direito com o seu tempo livre, muito menos com sua recente "liberdade profissional", esse homem se sente perdido,  as vezes se surpreende por ainda retornar de alguma forma ao local de trabalho,  derrepente a aposentadoria tão desejada já não é tão atraente intimamente. 
Na psicanálise esse homem vai aprender a cultivar novos interesses que substitui essa subpersonalidade,  substituindo  por um "eu novo".
A psicanálise nos proporciona descobrir personagens que interpretamos, para harmonizar esses "eu interno", essas "sub personalidades diferentes", aprendendo a definir e avaliar a origem  da necessidade de cada personagem, ensina a  detectar intimamente certas situações,   ajudando a descartar outras, desenvolvendo a capacidade de escolher o que realmente desejamos, em outras palavras nos ensina a dominar todos os integrantes da nossa "orquestra interior".
Agora se sinta deitado em um "divã",  tente se analisar dentro das suas subpersonalidades, veja o seu eu interno, escute a sua "orquestra interior", pense nas suas características mais forte,  descubra qual a real necessidade de mudar essa sinfonia.