SOU UM JOVEM DESESPERADO

Sou um jovem com uma vida não protegida financeiramente. Aos meus 9 anos já gozava os direitos naturais. Foi um momento em que tive um atraso significante na vida tecnológica e da civilização. Nas caladas de noites dançando batuques (IKOMA) acompanhada pelas famosas violas feitas de paú e fio groso (MAKITA). Para além desta dança, existiam outras danças como: THEPETHE, NIHITXILIHA, EKATANA, NAKULA, EDHAHURA e LILA. Essas danças eram feitas para recordar os antepassados daquela aldeia. O som de rádio auscultava-se simplesmente nas casas dos nobres da minha zona. O governo recordou aquela aldeia em pôr escola em 1997, onde frequentaram muitos alunos de diversas idades e sexos. Antes da construção da escola, estudávamos no alpendre (Mutheco) do mwene Quêta. Consequentemente mudamos para o armazém de calamidade. Com  a construção da escola, abriu-nos olhos que estavam cegos em reparar a floresta densa das margens do rio Rurumuana. Aos 10 anos já iniciava a frequentar miseravelmente a vida estudantil, nesta altura sapato era difícil em imaginar, o ruído de carro aterrorizava a população da minha zona. Muitos jovens da minha zona dedicavam-se em alcorão! Apesar do instrutor de alcorão daquela comunidade ser meu tio, nunca aceitei em me ingressar naquele ensino de lua e de estrela (alcorão), aminha alma dirigia-me no estudo, onde comecei a ser rival do meu tio visto que não obedecia as suas obrigações! Na 4ᵃ classe fui selecto como chefe geral da escola, mas com tanta humilhação na parte dos meus colegas, visto que tinha altura de incompatível! As minhas grandiosas notas das avaliações eram odiadas pelos meus colegas da turma! Onde elaboraram umas falacias sofismaticas que diziam:” eu passo de classe porque meu pai repara bicicletas dos professores”. Mas nunca vacilava nas preparações dos conteúdos, minhas leituras fazia nas extremidades da pequena machamba dos meus pais. No ano seguinte ganhei uma represália e mudei da escola devido as expressões que tanto magoava a minha livre e natural consciência. A 5ᵃ classe fiz numa escola que distanciava com a outra cerca de 45km, fui e acomodei-me! Mas à categoria da penúria sempre vinha ao meu lado! O calção de barras brancas e camisa cor verde, foram únicos vestes que me salvaram naquele ano.A escola primária de comeia era composta por 9 alunos dos quais 2 transferidos e 7 naturais, e no fim do ano dispensamos 3 alunos, dentre 2 transferidos e 1 natural. Quando chegou a informação da dispensa os meus colegas da aldeia onde cresci, ganharam prémios de vergonha nos seus rostos. O meu pai fazia assistência platónica, só que naquele período era fácil porque o custo de matrícula era somente 5 Mts ou uma tigela de milho ou então 1tigela feijão cute. Mas sempre o espírito de continuar estudar sempre residia no meu coração. As pessoas de má fé induzindo meu pai para deixar de dar assistência rumo a culminação da minha vida estudantil. Porem, meu pai com o seu insignificante valor sempre dava com toda vontade. Ele era pescador de pequena escala, caçador sem arma de fogo e produtor de machamba de pequena extensão, usando instrumentos rudimentares. O lamentável é que quando cheguei a tocar a Onda do nível secundário é quando meu pai perde força de capinar, caçar e pescar! Quando pensava do nível que tive e com a idade que tinha, produzia nuvem de tristeza no meu coração, pluviosidade de lágrima no meu rosto pulverizava a minha manta, tornando órfã de sonos. Passei casando escuridão da minha pobre palhota! No amanhecer, lavrando os documentos de peditórios aos meus tios que trabalham, não me atendiam de forma satisfatória, isto é, pedir dinheiro para comprar material escolar, eles davam roupa da última mão! A desobediência dos meus tios das minhas necessidades, dava a intensa culpa aos meus pais por não terem estudado no tempo deles!

Mas ainda não encontrando motivo de largar a minha vida estudantil passei progredindo com ajuda dos irmãos, irmãs, tios, mamas que adquiria em plena ampla viagem!
Quando terminei a 12ᵃ classe, fiquei 4 meses desamparado do uniforme escolar. O número de amigos estava cada vez mais esgotando, criando assim erosão de amizades. Passei a criar novas amizades com as escritas, onde encontrei uma passagem de ISAC NEWTON Que diz:” cheguei onde cheguei porque alavanquei-me com os velhos gigantes”. Com este pensamento cheguei de entrar num sistema de escravatura clandestina, onde a desvalorização da raça negra ainda é visível, trabalho forçado com ornato atinente imaginável, à injúria e à calúnia era o melhor prato do meu empregador! Com aquele espírito do neocolonialismo que esta enraizando naquele aparelho do quintal, criei uma visão pessimista, onde conclui que: “Não há Independência num país pobre, país de egoísmo, de nepotismo e de corrupção”. Tentei- me insistir com aquele maligno trabalho, mas minha consciência continuava pesada contra aquela dita Independência. Voluntariamente integrei-me numa guerra independente onde passei a recuperar mais uma vez o coleguismo perdido. Uma guerra de 4 anos de duração, marchando 6km por dia, usando instrumentos como: Cadernos, Proto folhos, Canetas, consciência livre e apto. No nosso quartel de guerra, tem um armazém que fomos obrigados a chamar de Biblioteca. Cujo comandantes daquela perícia guerra disseram perante o nosso juramento que “para chegar a Vitória desta guerra precisa duma visita constante da biblioteca, até torna-la da nossa residência”. Nesta guerra, passei adquirindo mais novas amizades! Tratando-se duma guerra, existe os irmãos falsos que tem intenção de levar as minhas exéquias ao inferno dos vivos.

Por LINO HORACIO ALFANE

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