Pelas ruas escuto o som da calamidade
Caminho e não chego a lugar algum
Tentando fugir da tormenta entorno meu rum
E continuo minha busca por alguma vivacidade

Uma quadra para cima... me perdendo pela cidade
Uma quadra para baixo... embriago-me de rum
Um perdedor passa por mim rumo a lugar nenhum
Um excluído junta-se a mim por caridade

Sobre a vida conseguimos alguma sentença
Labutamos, nos arruinamos e desfalecemos
Bebo um pouco mais e ameaço descer outra ladeira

O cara ao lado me diz que acha bom ter alguma crença
Eu prefiro pensar que todos nós enlouquecemos
Despeço-me e continuo a caminhar, sem eira nem beira