À Débora, à Gisele, à Vanessa.

A vida segue rigorosamente, é vontade de domínio.

Mas quando uma senhorita responde, tudo fica insólito.

A vontade torna-se desejo e o desejo deseja dominar.

O amor cativa, não domina! O amor deseja amar.

A vida segue como rio... Mas o rio não é rio, é água. O rio é!

No rio a senhorita é esperada, quando ela chega, é presença.

Ela chega e trás seu perfume e sua beleza. O rio leva o perfume...

Mas deixa a beleza. O presente é a própria presença.

A presença dela se impõe, não domina, mas requisita.

O rio nunca chega e nunca vai embora. Ele sempre é rio.

A senhorita não estava e passava a ser presença. Ela nunca é.

O rio nunca é porque ele não pode dizer que é e não é!

A senhorita muda o curso das águas, não o rio. Ele está no rio...

Mas se ela desagua em mim; eu oceano!

JACOT STEIN