Inverno. Minhas orelhas e nariz ardem, a tarde está ensolarada, mas o sol é tímido ante a violência do vento glacial, que sopra imponente, ecoando pelas ruas sua chegada, trazendo no seu âmago uma delirante sensação de solidão. As árvores das praças dançam majestosamente ao ritmo de sua bucólica melodia. Em meio às ruas vazias deparo-me com a complexidade absurda que me cerca. Já não me sinto mais só, sinto o frio.