SOL
Nazaré, 14-03-1969

Sol do raio cego, mostra-me tua cor natural.
Queime com tua força, aqueles que fazem mal.
Sol do raio negro, quem vive a te manchar?
Dá-me uma ocupação. É poder te contemplar.
Sol do raio triste, quem te deu tanta grandeza?
Nada mais aqui existe. Só a incerteza.

Sol do raio vermelho,
Mostra-me o caminho.
Aqui não há mais espelho.
Quero viver em teu ninho.