Sobre o Cyrano de Bergerac

Por Leôncio de Aguiar Vasconcellos Filho | 03/08/2025 | História

Muitas vezes, os dados que nos chegam sobre figuras históricas, que há séculos viveram, são insuficientes. Por isso, são montados espetáculos para a discussão teatral, sendo a relativa ao Cyrano de Bergerac realizada em 1897. Tendo nascido em 1619 na França e falecido em 1655 no mesmo país, eis o que, até hoje, se sabe sobre o excepcional cidadão, guerreiro e duelista.

Hector Cyrano de Bergerac foi um era francês e tinha o dom da palavra, capaz de encantar quaisquer moças por quem estivesse apaixonado, em meio à poesia, à prosa e a outras provas vocais do eventual amor entre ambos. Mas isso não seria o suficiente para Bergerac encontrar o amor em Roxanne, uma moça romântica, aristocrática e um tanto pedante: afinal, Bergerac possuía a incomum característica física de ter um nariz longo demais, que o fazia feio demais para conquistá-la.

Sabendo que Cristian, um rapaz desajeitado e que também a cortejava, era humanamente nulo nas palavras, decidiu ajudá-lo e escrever suas encantadoras palavras a fim de que Cristian as utilizasse como se fossem suas, e, desta forma, conquistasse Roxanne. Esta era uma forma de, ocultamente, ambos conquistá-las sem rivalidade e duelo Mas, também, havia um poderoso e influente Conde que a cobiçava, e que conseguiu com que mandassem Cristian ao cerco de Arras, ocorrido nas guerras religiosas da França da época. Roxanne chorou a perda de seu amor Cristian. Mais tarde, o próprio Cyrano de Bergerac foi mandado a lutar. E, quando caiu ensanguentado no colo de Roxanne, confessou serem dele as palavras de Cristian, lamentando ela, ao saber, a perda de dois amores.

Claro que foi dito conto explorado pelo cinema. Num filme da década de 1950 e noutro de 1987, este último de nome “Roxane” e com Steve Martin no papel principal, não de Bergerac, mas de um análogo nas mesmas circunstâncias, que, de forma idêntica, ajuda um amigo tímido a ter o dom da comunicação a fim de conquistar Roxane. Enfim, são eternos os contos como os do Cyrano de Bergerac.