Entender a complexidade do funcionamento da língua ou até mesmo relacioná-la uma com as outras é uma atividade que exige esforço, dedicação, fontes de pesquisas confiáveis e sobretudo um grande desejo de refletir sobre essa que é uma das maneiras mais abstrusas, interessantes e naturais que os seres humanos utilizam para comunicarem-se uns aos outros diariamente. Diante disso o presente artigo da área linguística do componente curricular História da Língua Portuguesa, visa, sucintamente abordar aspectos da situação linguística do português falado no continente africano e relacioná-lo de maneira lacônica com o português falado no Brasil, proporcionando um olhar reflexivo a respeito das diferenças e semelhanças que as englobam. A Angola, assim como como Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde entre alguns outros, fazem parte do continente africano em que a língua oficial é o português. A língua portuguesa é uma das línguas mais faladas no mundo, logo, imaginamos a imensidão que há de pessoas falantes do português e sobretudo, o quão a língua portuguesa é rica em caraterísticas que se diferenciam de um lugar ao outro, seja na forma escrita ou falada, a exemplo dos três referidos países supracitados. O Cenário que envolve o português no continente africano é muito marcante, visto a necessidade de voltar ao contexto histórico, pois todos países e continentes possuem história, assim como todas as línguas. No continente africano a língua portuguesa foi “introduzida” de determinada maneira semelhante com o Brasil: a partir da colonização por Portugal deixando com certeza muitos resquícios em todas as terras colonizadas Segundo Araújo (2013), na colonização, um dos principais objetivos dos colonizadores eram controlar a comunicação, que se dava especialmente por meio da língua. Após a colonização os países de Angola e Moçambique se destacaram por ter mantido a língua portuguesa como a língua mais falada. Entretanto, a presença de diversas outras línguas as quais eram nativas se mantiveram nos referidos lugares. Em países do continente africano que têm o português como língua oficial, é predominante a similaridade com o português de Portugal, pela fala e algumas modalidades na escrita. A utilização da língua dos colonizadores com o passar dos anos sofreu grandes mudanças causadas pela influência, assim,sugiram novas línguas a partir desta “mistura”, como o Criolo, por exemplo. Todavia, as línguas que são faladas em escolas, telejornais, em 3 empresas, estabelecimentos governamentais, etc., é que a define como oficial ou não no país, diante dos referidos assuntos é de instigar como as formas linguísticas acontecem, entendendo que além de haver uma língua considerada oficial, é possível a existência de uma conexão multilinguística em diversos seguimentos da sociedade africana. De acordo com Petter (2008) além de toda a estruturação presente nas línguas faladas no continente africano, a autora explica que há a presença marcante das “variedades regionais”, isto é, maneiras não convencionais (padrão) sobre o uso de uma língua, porém, estas são utilizadas por poucos falantes de algumas localidades consideradas pequenas, as formas de comunicar-se em lugares mais exclusivos também é parte de relevância quando abordamos caraterísticas desse meio. É notório que o Criolo e a língua portuguesa compartilham do mesmo continente, quando abordamos as questões morfológicas, notamos que a sua estruturação é “flexiva” de acordo ao contexto que está envolvida, a exemplo disso, o português falado em Cabo Verde possui uma característica morfológica moderadamente mais simples, como no Brasil, que também possui características mais simples que o próprio português de Portugal este que por sua vez se expressa de forma mais abstruso. [...]