SINOPSE DO CASE: O Caso da Macondo

Publicado em 02 de março de 2016 por ALDEIR SOUSA GOMES

SINOPSE DO CASE: O Caso da Macondo¹

Aldeir Sousa Gomes²

  Pablo Zarthur Caffé da Cunha Rebouças³

1 DESCRICAO DO CASO 

O case se trata de uma indústria de comércio de madeiras chamada macondo, que está localizada na região de floresta amazônica entre o Maranhão e Pará, sua atividade é a extração de madeiras de suas terras e a industrialização na forma de compensados laminados cuja a produção é toda comercializada no mercado interno. A intensificação e endurecimento da legislação ambiental e a grande e pulverizada concorrência, tem imputado no desempenho financeiro da empresa nos últimos anos. Seu nível de endividamento cresceu bastante causando inadimplência junto as instituições de créditos.

A empresa possui grandes extensões de terras cujas matas tropicais abundam. Existem 2 unidades industriais, uma está parada por conta da matriz tecnológica que não permite que a mesma tenha preços competitivos e muito menos investir em qualidade dada a baixa diferenciação do produto compensado de madeira. A outra unidade fabril precisa de investimentos de cerca de R$ 10.000.000,00 para mudar a matriz de produção de madeira compensada para piso lamelado de compensado que tem grande procura no mercado internacional num horizonte de 45 dias.

Analisa da empresa tem a seguinte situação: Dívida de R$ 100.000.000,00 sendo que 50% está vencida e inadimplida e o restante vence em 60 dias; Taxa média de juros de 3,5% ao mês. Valor da avaliação da fábrica de compensados com as atividades paralisadas: R$ 60.000.000,00 Valor da terra nua: R$ 400.000.000,00. Valor de avaliação das reservas florestais não certificadas: R$ 500.000.000,00, Disponibilidade atual de caixa: R$ 50.000.000. A empresa contratou a Aracataca Consultores Financeiros que diante das demonstrações contábeis e financeira, deverá propor a melhor e mais rápida e mais segura solução para a recuperação das finanças da empresa.

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1 Case apresentado à Finanças Corporativa da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.

2 Aluno do 6° Período, do Curso de Administração.

3 Professor, orientador.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO

2.1 Descrições das Decisões Possíveis

  • Medidas adotadas para minimizar as pressões sobre o passivo.
  1. Negociar a dívida.
  2. Certificar madeira de reflorestamento.
  3. Investir R$ 10.000.000,00 para mudar a matriz de produção.
  4. Fazer uma fábrica de móveis.
  5. 5.      Investir em mudas de plantas.
  6. Atrair investidores.
  • Alavancar recursos para resolver as demandas eminentes de fluxo de caixa e harmonizar com a continuidade sustentável economicamente da empresa.
  • Como utilizar as disponibilidades existentes para propor captação de recursos que possibilitem a reinserção da empresa no mercado de forma competitiva?
  • De que forma o aspecto ambiental é um parceiro ou uma ameaça para a continuidade da empresa?
  • Como o fator ambiental pode servir de alavancador de recursos?

2.2 Argumentos Capazes de Fundamentar cada Decisão

Medidas adotadas para minimizar as pressões sobre o passivo.

  • ·         NEGOCIAR DIVIDAS

É preciso chamar os credores e fornecedores para propor uma renegociação adequada à realidade da empresa atualmente. A empresa deve procurar o mais rápido possível as instituições financeiras para renegociar suas dívidas, cuidado para não virar uma bola de neve, evitando restrições que podem deixar a empresa com restrições cadastrais ou com falta de credibilidade no mercado. Procure condições de pagamentos adequadas. 
A dívida é de Curto Prazo em R$ 100.000.000,00 sendo que 50% está vencida e inadimplida e o restante vence em 60 dias; Taxa média de juros de 3,5% ao mês, sendo de R$ 50.000.000,00 de inadimplência o orçamento é tão grande e vence em curto prazo é necessário recorrer ao banco, o primeiro passo para sair do sufoco é renegociar as dívidas. Cuidado na hora de renegociar as dívidas o banco lhe oferece outras formas de créditos disponíveis – até aquelas com juros mais altas, como cheque especial e o cartão de crédito. Para começar a colocar a empresa em ordem, o primeiro passo é renegociar as dívidas, estendendo-as ao longo prazo o maior possível.

 

  • CERTIFICAR MADEIRA DE REFLORESTAMENTO

A empresa macondo deve certificar sua floresta para garantir que sua procedência seja oriunda de um manejo correto. Isso permitirá que o comprador escolha um produto de qualidade com valor agregado, o que será também uma oportunidade de aumentar suas vendas e o produtor ganhe um alto valor agregado, pois as empresas e o consumidor estão mais exigentes quanto a procedência do produto, as madeiras certificadas são produtos que não agridem o meio ambiente e contribuem para o desenvolvimento social e econômico das florestas.

O plano de manejo para certificar determina que em uma área de um hectare podem ser retiradas de duas a três árvores a cada ciclo de 25 a 30 anos, a madeira certificada é feita a partir de levantamento de árvores de um determinado espaço e requer a aprovação de um órgão oficial, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) ou algum órgão da esfera competente. Sendo neste caso uma instituição credenciada pelo Conselho de Manejo Florestal audita a certificação.

Hoje a FSC é o selo mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e de todos os continentes. A certificação tem um diferencial competitivo, pois ao comprar os produtos com o selo Forest Stewardship Council (FSC) em português Conselho de Manejo Florestal, o consumidor final tem a certeza de estar estimulando praticas legais e éticas, que ajudam a conservar a floresta, respeitam os trabalhadores e as comunidades locais e os pagamentos de impostos.

INVESTIR R$ 10.000.000,00 PARA MUDAR A MATRIZ DE PRODUÇÃO DE MADEIRA COMPENSADA PARA PISO LAMELADO

A empresa macondo, tem R$ 50.000.000,00, disponível em seu caixa, a empresa deve investir R$ 10 milhões para mudar a produção de compensados para pisos laminado. Com a matriz atualizada a empresa ganha um folego para produzir e aumentar suas receitas.

INVESTIR EM MUDAS DE PLANTAS

Estima-se que o Brasil tenha 35 milhões de hectares a ser restaurada – replantada ou induzida à recuperação e esse preço pode chegar a R$ 350 bilhões é um mercado novo, que já nasce com muitos gargalos: existem poucas sementes disponível, é raro viveiros de mudas nativas regularizada no país. Investir nesta área pode ser um bom negócio e gera muito lucro com o comercio de madeiras nobres, a extração de óleo. Floresta é um investimento de longo prazo e baixo risco, ela é comparada a um fundo de investimento, a floresta é um ativo mais desejado pelo só fundo dos E.U.A e Europa.

CONSTRUIR UM VIVEIRO

“Vale lembrar que o viveiro é um dos setores essenciais dentro do processo produtivo, por conta da importância da qualidade das mudas.”

ABRIR O CAPITAL

Abrir o capital da empresa para captar recursos, assim a empresa poderá trabalhar com o dinheiro dos seus acionistas, para capitar mais recursos para poder construir um grande estoque de madeira, sendo esse estoque estará plantada madeira viva, o plano é distribuir para outras regiões do país que garantirão a preservação de sua genética e a sua propagação.

FAZER UMA FÁBRICA DE MÓVEIS.

2.3 Descrição dos Critérios e Valores (Explícitos e/ou Implícitos) Contidos em cada Decisão Possível

De que forma o aspecto ambiental é um parceiro ou uma ameaça para a continuidade da empresa.

ASPECTO AMBIENTAL É UM FORTE PARCEIRO PARA AS ORGANIZAÇÕES COMO:

Credibilidade da Empresa para com os consumidores e outras instituições/entidades relacionadas aos aspectos sociais e econômicos.

Atendimento às novas exigências de mercado para exporta para outros países é quase obrigatória um selo de certificação, hoje não há oferta suficiente para atendê-la os mercados se movimentam em busca de madeiras certificadas esta é a realidade.

Acesso a novos mercados a certificação abre as portas para o mercado que necessidades de um produto diferenciado hoje existem empresas que têm como única finalidade a venda de matéria prima certificada para as indústrias do setor de madeira.

Diferenciação de produto há uma valorização no mercado a certificação vem se tornando um forte instrumento do mercado de madeiras.

QUANDO O ASPECTO AMBIENTAL É UMA AMEAÇA

A ameaça do aspecto ambiental é que, em geral o produtor certificado fica submetido às exigências contratuais, nem sempre vantajosas para o produtor. Outro ponto é que a época de corte fica condicionada ao cronograma estabelecido pela empresa, diminui o poder de decisão do produtor para realizar a colheita de acordo com sua necessidade. Esse fator é muito importante, por que a rotação é de longo prazo e dependendo da necessidade da empresa fomentadora, pode ultrapassar a idade de corte.

Como o fator ambiental pode servir de alavancador de recursos?

A empresa pode alavancar recursos na venda de madeira certificada, ela é um bom negócio, e existe muita procura, tanto internamente quanto externamente, para se exportar a madeira é quase obrigatório trabalhar com certificação, já que vários países estão proibindo a importação das não certificadas. Além disso, as empresas importadoras preferem este tipo de mercadoria para não correrem risco de eventuais processos por exportação de madeira ilegal. Outro fator importante é que o produto certificado se valorizar e chegar a custar cerca de 30% a mais do que estão dispostos a pagar por conta da certificação.

PLANTAR A TECA

Plantar uma extensa floresta de Teca, madeira nobre mais valorizada do que o mogno da Amazônia, pois ela tem um alto valor de mercado, suas toras chegam a custar U$$ 3 mil o metro cúbico e a sua rentabilidade é em torno de U$$ 460 mil por hectare, a meta a ser atingida é de 3,6 mil hectares plantados da Teca, o que representa um faturamento de R$ 3 bilhões. A empresa macondo deve investir na Teca devido a sua rentabilidade, o preço do mogno, na mesma idade não chega a U$$ 500 o metro cúbico, no Eucalipto o rendimento é 60% menor, Além disso, a Teca não tem praga e seu manejo é simples.

A empresa macondo tem motivos de sobra para investir na plantação da Teca, com a empresa certificada e as exigências mais rigorosas quanto à procedência e a pressão para redução do corte de madeira nativas, o corte da Teca valoriza ainda mais, a procura é grande por esse tico de madeira principalmente pelos estaleiros que se utilizam dessa madeira para fabricar lanchas e barcos devido a sua beleza e durabilidade

ATUAR EM TODOS ELOS DA CADEIA PRODUTIVA

Vou implantar uma fábrica de móveis, com design próprio para o vendedor final, assim teremos outra cartada para lucrar com a empresa e tirar ela do vermelho. Iremos fabricar móveis de luxo, esse mercado tem crescido no mundo.

Nos principais países que produzem madeira no caso da Indonésia, esse corte está proibido e nos países da Ásia, a madeira demora o dobro de tempo para chegar ao ponto de corte se comparado ao Brasil.

ATRAIR INVESTIDORES

Atrair investidores para financiar o plantio da Teca, o processo será bem simples com o financiamento dos investidores aumentarem a produção de madeira, ela atinge um ponto de corte de 25 anos, a produção da árvore exige que a cada 5 anos sege feita uma colheita, então o rendimento já começa a partir dos primeiros cinco anos de produção, teremos mercado e sua rentabilidade estipulada será de 15% no primeiro ano, 20% no segundo, e a partir do terceiro ano 25%, o negócio com os investidores será simples, vamos entra com a terra e conhecimento técnico, a grande vantagem é que somos o dono da terra e o responsável pelo plantio, mas a produção será do investidor. A estimativa do retorno é de 20% ao ano.

A vantagem é que o investidor não vai arcar com o custo da terra e nem com o plantio, a empresa entrará com a terra o o conhecimento técnico ele será somente o dono da produção.

CONSTRUIREMOS UMA BRIGADA DE INCÊNDIO

Criaremos uma brigada de incêndio e equipes treinadas para garantir todo o manejo da produção, não adianta ter uma fortuna em árvores e não cuidar desse patrimônio, criarem também seguro agrícola, em caso de desastres ambientas.

REFERENCIAS

  • VIANA, V. M., et. al. Certificação Florestal. São Paulo. Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. 2002. (Cadernos da reserva de Mata Atlântica: Series de política pública 23)
  • Acesso no dia 18 de outubro de outubro às 23:45  -hhttp://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,ERT332272-18282,00.html