SINOPSE DO CASE: Maranhão pode tornar-se exportador de carne¹

Aldeir Sousa Gomes²

  Bernardo Batalha ³

1 DESCRICAO DO CASO

O Maranhão pode se tornar livre para exportar carne e ampliar a exportação de um produto de melhor valor agregado e assim atrair industrias frigorificas como a empresa Friboi, maior frigorifico do mundo e já opera no município de Açailândia o que significa segundo o governo, uma forte demonstração da confiança de investidores. Estando o Maranhão livre da febre aftosa com vacinação, abriu espaço para negociar gado com outros estados produtores de carne a um custo menor para o rebanho maranhense.

A partir dessa certificação o setor produtivo da região Tocantina acredita em maior incremento da pecuária no Maranhão em função da abertura de novos mercados, tanto interno quanto externo, para produtos locais. O estado atualmente tem quatro plantas: Fribal, imperatriz e Santa Inês; JBS – Friboi, em Açailândia e Friboi em Timon, se vierem outros grupos de investidores para o Estado gerará mais concorrência o que é bom para toda cadeia, no entanto o tamanho do rebanho não é atrativo para ter um grande incremento na área indústria, isso pode ocorrer nos próximos anos caso a questão ambiental sege resolvida.

Uma quinta planta indústria seria necessário pelo menos 12 milhões de cabeças de gado, apenas a JBS Friboi abate 12 mil cabeças por mês e pretende atingir todo o mercado brasileiro e internacional em especial África, Oriente Médio, Ásia. A estratégia do governo é concluir metas traçadas pelo Mapa que faz parte do plano de ação elaborado na última auditoria federal.

A Emap, empresa que gerencia o Itaqui, informou por meio da assessoria de impressa que o porto já foi visitado pelo Asa Alimentos sobre a viabilidade da exportação de frango em contêiner para o Oriente Médio, mas atualmente a infraestrura do Itaqui é limitada ao máximo 20 vezes. O Itaqui, possui um grande potencial, não somente por ser um Estado que possui um rebanho, mas principalmente, por suas ferrovias com regiões de imenso potencial e unidades frigorificas importantes.

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1 Case apresentado à Logística e Operação da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.

2 Aluno do 6° Período, do Curso de Administração.

3 Professor, orientador.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO

2.1 Descrições das Decisões Possíveis

Qual seria o melhor processo produtivo em questão com ênfase no escoamento da produção através do porto de Itaqui.

Como deve ser fundamentado o fluxo logístico recomendado na primeira análise.

Caso seja traçado o fluxo logístico, quais condições adicionais poderiam ser recomendadas aos contratantes.

2.2 Argumentos Capazes de Fundamentar cada Decisão

O Brasil é um grande exportador de carne, foram escoados pelos portos nacionais mais de 5,1 milhões de toneladas desse produto, no entanto essa cadeia de carne bovina é pouco estudando do ponto de vista logístico, essas vantagens de ser grande exportador pode ser diluída por razões de grande distancias que precisam ser percorridas para se exportar o produto e das ineficiências nos terminais brasileiros, quando a carne é abatida no interior do Maranhão ela começa a perder a qualidade por causa da sua perecibilidade ela deve ser transportada em contêineres que utilizadas como meios de conservação, refrigeração ou congelamento ocasionando assim maiores custos para a movimentação.

Aumentando o custo de frete, outro fator que impacta no custo logístico é o tempo entre a saída da planta frigorifica até o destino. As alternativas de transporte de carnes se resumem, basicamente, ao transporte rodoviário até o porto do Itaqui e de lá para a exportação através de transportes marítimos, o transporte rodoviário de carne bovina é feito de duas formas: (1) ele é acondicionado em caixas e depois é transportado de carretas frigorificas, e (2) em contêineres refrigerados.

Esse tipo de produto provavelmente, continuará sendo escoado via modal rodoviário e para os mesmos portos em que é escoado atualmente. As empresas frigoríficas, para se precaver contra possíveis problemas de qualidade, alocam sua produção para as unidades mais próximas de portos. Para que os terminais portuários apresentem maior viabilidade econômica para exportação de carne, seria necessário que a capacidade e a eficiência de movimentação serem observadas esses fatores estão relacionados basicamente a equipamentos, profundidade de canal de acesso berço de atração, presença e armazéns refrigerados e facilidade de acesso.

Sendo assim, o mercado de carne brasileiro mostra - se extenso, a produção de carne bovina brasileira é principalmente voltada para o mercado interno, este volume é devido a condições favoráveis de produção brasileira, o país possui frente aos principais países concorrente ele se destaca devido a sua enorme área para cultivos as condições climáticas favoráveis a produção pecuária.

O Modal Ferroviário no Corredor Centro-Norte

As ferrovias são de grande importância para escoar a produção, por ser um transporte rápido e levar grandes quantidades de produtos, o trecho de 226 quilômetros já concluído que liga o estreito de Açailândia no Maranhão se conecta a estrada de ferro Carajás até o porto do Itaqui, em São Luís.

Futuramente os trechos da ferrovia Norte-Sul estiverem construídos ligará as áreas produtoras do Centro-Oeste com os portos do Norte-Nordeste, utilizando intensamente a multimodalidade possível na região (rodovias – ferrovias). Desse modo, os custos logísticos cairão colocando o país em uma plataforma exportadora competitiva, o modal ferroviário que liga Carajás ao porto do Itaqui tem uma extensão de aproximadamente 892 quilômetros de extensão sendo facilmente aproveitada para o escoamento de carne bovina com maior rapidez.

O Estado do Maranhão tem uma tarefa muito importante no papel de escoador de produção gerada pelo agronegócio nas suas áreas de influência do corredor Centro Norte que tenha destino a exportação ou o atendimento ao mercado interno através da cabotagem, sendo o Porto mais bem estruturado da região, apto a operar com diversas cargas, esse porto é o destino da Estrada de Ferro Carajás, uma das mais bem equipadas ferrovias do país.

2.3 Descrição dos Critérios e Valores (Explícitos e/ou Implícitos) Contidos em cada Decisão Possível

TRANSPORTE RODOVIAÁRIO

Esse tipo de transporte de mercadorias por rodovias está mais associado à implantação de indústrias automobilistas durante as décadas de 60 e 70, esse comportamento também se observou em nível mundial, iniciando da década de 50, devido aos custos de combustíveis serem mais baixos.

Segundo Nazário (2000), o modal rodoviário apresenta custos fixos baixos e custo variável médio. Sua preferência também está em função da maior disponibilidade, velocidade, frequência e flexibilidade comparativamente a outros modais. Além disso, segundo Oliveira e Caixeta-Filho (2001), ele tem a capacidade de ajustar-se mais facilmente às variações na demanda e permite que empresas individuais entrem e saiam da atividade facilmente, ajustando seu investimento às exigências do mercado consumidor.

Essa vantagem vem se acabando pela falta de investimentos em infraestrutura no país e pelo crescimento das necessidades desse transporte e devido ao aumento dos acidentes e roubos de cargas, que geram prejuízos para muitos setores e aumentam os custos para todo o sistema de transporte rodoviário. Além de não ser o mais adequado para grandes distancias também tem a manutenção

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

VANTAGENS

É mais ágil e mais flexível no acesso a cargas, permite integra regiões, mesmos as mais longes, como no interior do Estado, principalmente quando não existe outros modais de transporte disponível, a sua simplicidade de funcionamento do transporte rodoviários é o ponto forte, pois não existe dificuldade e está sempre disponível para atendimentos urgentes.

Mais segurança devido a menos manuseio de cargas, já que o caminhão é lacrado no local de carregamento e aberto no local de entrega; Rápido em curtas distancias;

DESVANTAGENS

Frete mais altos que outro modais; Menor capacidade de carga; Custo de Infraestrutura elevado; Congestionamentos, inclusive aumentando o consumo de combustíveis.

CUSTOS

Custos fixos mais baixo dos modais de transporte; Custos de infraestruturas elevados; Manutenção de equipamentos;

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

É aquele realizado por locomotivas e vagões, sobre um par de trilhos.

Transporte de cargas tem custos fixos elevados e custos variáveis relativamente baixos o custo de manutenção é baixo e além disso não necessita de restauração, em relação ao custo, por ser movido a energia elétrica ou diesel o custo de transporte ferroviário é menor, só perde para o hidroviário além disso permite, o transporte de grandes quantidades e variedades de produtos, nesse tipo de modal não existe congestionamento. Só é viável em casos em que existem grandes quantidades de cargas a ser transportada a longas distancias.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIARIO

VANTAGENS

Econômico para médias e longas distancias; Meio de transporte seguro; Rápido, não tem congestionamento; Grande capacidade de carga;

DESVANTAGENS

Itinerários fixos; Grandes riscos de roubos; Necessidade de outros modais de transporte para alcançar o destino final; Riscos no manuseio nos transportes.

CUSTOS

Custos fixos elevados; Custos variáveis baixos; Custo total de operação é fixo

 

REFERÊNCIAS

  • CAIXETA-FILHO, J. V. Particularidades das Modalidades de Transporte. In: CAIXETA-FILHO J.V.; GAMEIRO, A. H. (Orgs.). Transporte e logística em sistemas agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2001. p. 136 -168.        
  • NAZÁRIO, Paulo. Administração do Transporte. In: FLEURY, P.F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K.(Orgs.) Logística Empresarial: a Perspectiva Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.