RESUMO

A Síndrome de Burnout apresenta-se hoje, como um dos grandes problemas psicossociais que estão a afetar profissionais de diversas áreas. Esta realidade tem gerado grande interesse e preocupação não só da comunidade científica internacional, mas também de entidades governamentais, empresariais, educacionais e sindicais no Brasil, devido à severidade das consequências, tanto individuais quanto organizacionais, apresentadas pela Síndrome, especialmente como fator de interferência nas relações interpessoais do professor. Nestes estudos, buscamos através de autores que falem sobre as causas, sintomatologia e prevenções da SB em professores no ambiente de trabalho, levando em conta as três variáveis da síndrome de burnout, como: 1- Exaustão Emocional; 2- Despersonalização; 3- Baixa Realização Profissional. A síndrome de Burnout estar relacionado a um tipo de estresse que mantem maior contato direto e constante com outras pessoas. É quase impossível não passar por momentos de estresse no âmbito profissional, por isso aprender a gerenciá-lo é um passo importante para que não se transforme em algo mais sério, como a síndrome de Burnout.

Palavras Chave: Síndrome de Burnout, Causas, sintomatologia, prevenção e Ambiente de trabalho.

INTRODUÇÃO

SB dá-se a partir de uma excessiva e prolongada exposição às situações de estresse no ambiente de trabalho (fadiga crônica). O Burnout é considerado um problema no mundo profissional da atualidade, pois apresenta consequências, tanto para o indivíduo quanto para a organização na qual estão inseridos, e para os usuários de seus serviços devido à queda na qualidade dos serviços prestados. Independentemente do tipo de profissão exercida, o trabalho tende a ocupar uma parcela considerável do tempo de cada indivíduo, o que nem sempre leva a realização pessoal, podendo gerar problemas desde insatisfação até exaustão. Profissões de caráter assistencial, como médicos, professores, militares, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros, tendem a desenvolver algum tipo de transtorno mental ou emocional relacionado ao trabalho e uma das consequências de se desempenhar essas tarefas seria a possibilidade de desenvolver Síndrome de Burnout (SB). De acordo com Maslach, Schaufeli e Leiter (2001), Burnout é um fenômeno psicossocial que surge como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho, sendo entendido como um processo e constituído por três variáveis: a primeira, exaustão emocional, é caracterizada pela falta ou carência de energia e um sentimento de esgotamento emocional; a segunda, despersonalização, é definida como a falta de sensibilidade e a dureza ao responder às pessoas que são receptoras de seu serviço; e, por último, a baixa realização profissional, que se refere a uma diminuição do sentimento de competência em relação ao trabalho com pessoas. (Apud CARLOTTO, 2010 p, 78). 3 A nível laboral, vários estudos têm demonstrado que as condições em que se desempenha um posto de trabalho, a oportunidade de controle, a adequação entre as exigências do cargo e as capacidades da pessoa que o desempenha, as relações interpessoais, a remuneração e a segurança física, entre outros, são fatores de relevo para o bem estar psicológico dos trabalhadores e para a sua saúde mental. A saúde mental do educador deve consistir em uma relação equilibrada dentro e fora do setor de trabalho, para que esse profissional não venha ter desgaste cognitivo e emocional. A síndrome de burnout se caracteriza pelo estresse crônico, vivenciado por profissionais que lidam de forma intensa e constante com as dificuldades e problemas alheios, nas diversas situações de atendimento. A síndrome se efetiva e se estabelece no estágio mais avançado do estresse notado primeiramente pelos colegas de trabalho, depois pelas pessoas atendidas pelo profissional e, em seu estado mais avançado, pela própria pessoa quando então decide buscar ajuda profissional especializada. Inicia-se com desânimo e a desmotivação com o trabalho e podem culminar em doenças psicossomáticas, levando o profissional a faltas frequentes, afastamentos temporários das funções até a aposentadoria por invalidez. (CHAFIC 2008, p.3). Segundo Benevides-Pereira (2010), torna-se fundamental o conhecimento desta síndrome e de especial importância não só para a classe de profissionais em que há maior risco de incidência, mas principalmente para aqueles que desenvolvem suas atividades em área de segurança do trabalho, médicos, e mais especificamente psiquiatras e psicólogos. Conhecer a síndrome é pôr em prática estratégias de prevenção; e intervenção faz-se imprescindível, sobretudo no mundo atual, aonde as exigências por produtividade, qualidade, lucratividade, associadas à recessão, vem gerando maior competividade e consequentemente, problemas psicossociais. (p.16). A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o 4 portador de burnout mede a autoestima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão; o paciente nesta busca sofre, além de problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e exaustão. [...]