No Acre, fica cada vez mais evidente que o desenvolvimento insustentável só existe através da industrialização do corpo (sexo) e da proliferação da teologia da prosperidade, onde nefastos homens (intitulados Pastores) enganam uma população não esclarecida e sedenta por uma vida de riqueza, no meio deste balaio de gato, a única serventia dada a Deus é para atender os caprichos das pessoas que querem ficar ricas da noite para o dia. Não precisamos andar muito para encontrarmos um templo religioso disposto a acolher mais um perdedor e sofredor, existem slogan e tudo mais, como manda o figurino, para bem da verdade, a fé é um comércio lucrativo, onde predestinados Pastores vendem a prosperidade mundana, costumo chamar isso de Teologia da Prosperidade, a salvação fico em segundo plano, o que importa mesmo é a prosperidade, porque pobre é o Diabo.

Outro comércio lucrativo e bem mais atraente aos profanos é a exploração sexual. O Acre tem uma vida noturna bastante agitada, existem inúmeros bares (tanto na periferia da capital quanto no interior) onde o único produto oferecido ali é o sexo por um punhado de dinheiro, não precisamos andar muito para encontrarmos sexo farto e de qualidade, tem para todos os gostos, é um comércio que gera centenas de empregos, diretos e indiretos.

É lastimável, principalmente em um Estado pobre e miserável (que não produz nem banana), estou convicto de que estas são as duas únicas formas de industrialização que temos, o que antes era moda, agora é uma forma de ganhar dinheiro, e o Acre vai se desenvolvendo de forma insustentável. Estamos vivendo o auge da política do pão e circo. A população está ficando cada vez mais sufocada pela falta de liberdade, é obrigada a ser feliz, por imposição de uma aristocracia vaidosa, que não reconhece seus próprios erros, vivemos dias negros, uma verdadeira derrocada da democracia em pleno século XXI.

Neste mundo dos prazeres e da glorificação do lucro, tudo é lançado ao jogo do faz de conta, outrora, nem mesmo o parlamento deixou de atender os caprichos da prosperidade, parece mais um templo religiosos (nada contra os templos religiosos), os nossos parlamentares só sabem pregar e bajular, estão lá porque usaram os fieis como espírito-de-rebanho, venderam seu voto em troca de uma simples pregação, e o Estado deixou de ser laico, o parlamento perdeu sua autonomia, não congrega mais a diversidade cultural e ideológica que são sinônimos de um país mestiço e democrático, tudo é feito em nome do pai (opsss), tudo é feito em nome da governabilidade e da ditadura da felicidade.