No taciturno silêncio da natureza

canta um rouxinol

no encanto das folhas caidas.

 

Há um céu de espinhos

de onde bebem os anónimos

sonhos das estações primaveris.

 

Já cantei ao castiçal mais alto

que no mundo se pode conter.

Um rumor de silêncio

na eloquência que resplandece

o absoluto sofrimento

dos dias estacionários.

 

Num canto, canto a flor que seduz

Uma canção de roseira brava.

A tua existência ardeu maduramente

a colher que invoca o derradeiro espírito

da assimetria no meu génio interior.