SERENATA DE SILÊNCIOS

Lindos braços que afagam
O hálito da madrugada
Sorrisos enfeitiçados de saudade
No berço do horizonte se declinam
E de lágrimas e orvalho aos montes
Uma rosa solitária se consome
Na sua vã filosofia.

Reflexos das estrelas nas águas
Que na serenata do silêncio surge
Germina os trovões dentro do peito
Da alma que secretamente sorri
Enfeitada de lembranças do passado
No âmago do lar de um passarinho
Na pequena janela da alegria.

Estrelas, sorrisos aos mil
Sentinela da manhã, fria