Será que...

Se você fizer da minha, a sua verdade, nossa vida será muito mais fácil de ser vivida. Tenha certeza disso.
Se você fizer tudo para que vivamos bem, respeitando as minhas vontades, tenha certeza que a nossa vida em comum será mais fácil de ser vivida.
Será, será que se dissermos sempre sim, concordarmos com tudo, evitamos que aborrecimentos maiores façam parte de nossa vida? O não nos indispormos com ninguém torna a quem feliz? A nós, ao outro ou a ninguém? O sim é parâmetro para medir a felicidade de alguém? Ou será que é um modo tão nosso de nos preservarmos das contrariedades diárias, que perturbam o andamento de nossa vida, comprometendo nossos pensamentos, tornando-os muitas vezes um emaranhado de emoções impossíveis de serem decodificadas. Será que ao dizermos sempre sim, seremos mais amados, respeitados, ou seremos considerados como aqueles que vivem em cima do muro vendo a vida passar, sem saber de que lado ficar, balançando apenas a cabeça a cada pergunta feita, cuja resposta sabemos, mas por razões que julgamos tão nossas, preferimos dar a esperada resposta, concordando com nosso interlocutor?
Tudo parece tão simples de ser resolvido, mas existem certas palavras, que cruzam nossos caminhos e que nos fazem pensar e chegar a lugar algum. O mas, o se eu fosse você, o é... , o será que o melhor... e tantas outras, que juntas ou não, nos levam a ter que nos explicarmos ou nos calarmos por sermos assim ou assado.
Cada um, ao perguntar algo a alguém, se acha mais certo que o outro e tenta, por meio de palavras, gestuais, olhares, expressões faciais, demonstrar a verdade que quer ouvir, através de suas tantas perguntas, que pretende sejam as respostas a serem dadas.
Mas acontece que se esquece que o mesmo acontece com todas as pessoas. É a verdade que existe ou que se pensa existir em cada um de nós e que é tão nossa. E cobra do outro o sim que habita em si e ai de quem não o der. Ai de quem não concordar. Ou não?
"O conselho te guardará e a prudência te preservará" Pr. 2,11
Heloisa?2011
























E onde ficamos nós?